Edward Cullen
Respirei fundo e fui até a porta trancando-a, eu tinha pegado uma das chaves com a secretária da minha mãe pra nos dá o máximo de privacidade e por medo dela querer fugir, já tinha acontecido uma vez e eu não podia dar chance ao erro.
Voltei a cama e tirei meu sapato, ela olhava fixamente para um ponto na parede. Eu não sabia se eu conseguiria trazer ela de volta, quando ela ficava nesse estado catatônico nem mesmo medicamentos fortes resolviam e éramos totalmente contra eletrochoques. Me deitei na cama e puxei ela pros meus braços. Ela se manteve ainda imóvel.
—Está tudo bem. —Prometi, mesmo que eu não tivesse certeza do que ela se lembraria. Já sentia minhas lágrimas enchendo meus olhos. —Vai ficar tudo bem.
Comecei a cantar uma canção de ninar pra ela, aquele momento me levou pro passado quando ela permaneceu três meses assim. Nada foi capaz de fazer ela reagir, saber que nosso filho tinha morrido foi doloroso demais pra ela e a mente dela se protegeu deixando-a completamente fora do ar.
[...]
Já tinha se passado horas e o dia já estava amanhecendo eu enxuguei meus olhos sabendo que seria difícil sair e falar pros pais dela que ela ainda não tinha “acordado” e que teríamos que passar por tudo aquilo de novo. Mas eu não podia esconder isso deles.
Puxei a mão dela pra mim e beijei, parei observando que a aliança ainda estava ali. Olhei pra minha própria mão vendo que igual ela a minha aliança ainda estava no mesmo lugar e mesmo que, quando, nos dois assinássemos os papeis do divorcio ela iria permanecer ali assim como o amor que eu tinha por ela.
Quando o Charlie me ligou informando do que tinha ocorrido eu larguei tudo e vim pra cá, e seria pra sempre assim, quando e se ela precisasse de mim eu estaria ali. Peguei meu celular que estava por ali, eu tinha tirado do bolso em algum momento da noite, e mandei uma mensagem pro meu pai pedindo pra ele me substituir na empresa. Eu sabia que aquela era minha ultima chance e mesmo nem tendo cabeça para trabalho eu precisava priorizar e fazer o que eu não tinha feito no passado. Esquecer tudo e focar só nela não era mais uma alternativa, a empresa tinha se recuperado completamente, mas a crise ainda era recente e eu não podia falhar novamente. Ele visualizou com rapidez e respondeu que iria, ele também perguntou sobre como a Isabella estava e que seria uma opção uma visita. Respondi que não, muita gente ali não faria nada bem a ela, mas pedi pra ele falar com a minha mãe pra que ela viesse consolar a Renée. Mandei também uma mensagem pra minha secretária pedindo ela pra mandar um resumo de tudo pro meu pai e avisando que ele assumiria meus compromissos hoje.
Acariciei o rosto dela e depositei um beijo na testa antes de começar a tirar ela do meu peito, não tinha muito que fazer, precisaríamos conversar com o médico pra vê o que fazer agora. Senti os dedos dela se apertarem na minha blusa me mantendo ali. Não consegui conter minhas lágrimas vendo que tinha reagido.
—Amor. —Chamei testando-a, eu não fazia ideia de como ela acordaria.
—Edward. —Ela levantou a cabeça me encarando com um sorriso no rosto. —Cadê nosso filho? —Fechei meus olhos sabendo que o rompante viria logo.
—Ele morreu. Você se lembra? —Perguntei. Trazer meu filho para o cenário principal dos meus pensamentos era uma coisa que me causava dor que era difícil lidar, era algo físico, por mais que eu soubesse que a morte tinha sido o melhor pra ele, pra Bella e pra todos os outros, era difícil convencer meu coração a entender isso.
Ela balançou a cabeça negando e alguns poucos segundos e ela pareceu se lembrar ela começou a se debater eu segurei ela nos meus braços tentando manter ela firme, sabia que se a deixasse solta ela acabaria se machucando. Ela era forte demais e naquela posição sobre aquela cama era difícil e eu tinha medo de machucar ela sem querer. As unhas dela cravaram no meu braço com força controlei o gemido de dor, mas não soltei, eu conseguiria lidar com a dor aquilo duraria pouco e o cansaço faria ela se acalmar eu só precisaria aquentar mais um pouco. Ela se virou um pouco como se fosse me abraçar e facilitou aperta os braços em torno dela, senti os dentes dela se fecharem no meu ombro com força. A dor era mil vezes pior do que as unhas dela na minha pele, mas eu não podia ceder. Pior do que a dor era a forma que ela implorava para que eu a soltasse, implorava pra que eu dissesse que aquilo era mentira, que nosso filho estava bem. Foram longos minutos lidando com a dor dela e depois vieram as acusações, nesse momento eu simplesmente busquei não escutar nada do que ela dizia, aquilo só me machucaria e eu já estava fodido o bastante pra receber mais merda.
[...]
Eu podia sentir ela se acalmando, eu já tinha feito aquilo tantas vezes que eu conseguia saber o exato momento em que o cansaço vencia. O coração desacelerando, a respiração acompanhando o ritmo, ela conseguindo diminuindo a força e a rejeição ao meu toque. Assim como ela eu diminuía a força em que eu a segurava sabia que mesmo que quisesse ela não teria energia.
—Me desculpa. —Pedi. Como minha psicóloga tinha aconselhado várias vezes assumir o que eu tinha feito e me perdoar era só o que me daria sossego, mas eu jamais conseguiria me perdoar sem que ela me perdoasse primeiro. —Me perdoe. Eu te amo tanto. Preciso que você me perdoe.
Ela me apertou com força e chorou em silencio nos meus braços. Se tivesse uma única maneira de conseguir tirar aquele sofrimento dela eu faria, eu daria tudo que eu tinha, faria de tudo pra que ela não sofresse daquele jeito e a pior parte era saber que eu era o principal culpado de muita ou toda dor que ela sentia. Parei de pensar, aquele caminho era complicado demais e eu não queria ir por ali, eu precisava ficar bem por ela.
[...]
—Edward por que minha mãe gritou comigo? —A voz dela estava chorosa. Ouvi o som da voz dela depois de todo aquele tempo era revigorante. —Eu quero muito saber. O que vocês estão escondendo de mim? —Respirei fundo e me preparei pra mentir pra ela, me doía mais era necessário. —Não minta pra mim. —Ela pediu olhando dentro dos meus olhos como se soubesse o que eu iria fazer.—Eu exijo que você me conte a verdade. —Ela se sentou e se virou pra mim, estranhamente ela parecia completamente consciente e eu até usaria a palavra bem. —Se você não me falar eu vou perguntar ao meu pai e ele vai me dizer, mas eu quero ouvir de você, eu preciso entender por que eu não aquento mais dói muito e dói mais ainda saber que você estão me escondendo coisas. Não me poupe e me conte o que eu não estou sabendo.
Eu não conseguia resistir aqueles olhos. Ela respirou fundo se preparando como se soubesse que eu já tinha decidido, ela me conhecia tão bem.
—O que você lembra de quando o Antony estava internado? —Perguntei. Meu filho, pensar nele trouxe lagrimas aos meus olhos que eu não contive, eu não conseguiria reviver aquilo tudo sem derramar nenhuma lágrima.
—Não sei. A gente ficava muito tempo aqui, mas você saia para ir ao trabalho e em um dia você diminui a aparição e quase não vinha mais teve um dia que você apareceu me contando sobre a ...traição e depois se afastando de nós como se sua nova família fosse a única coisa importante. Eu lembro que você só aparecia quando ela tinha consulta e ai você meio que lembrava que tinha outro filho que estava morrendo. —Balancei a cabeça negando, aquilo era pior do que eu imaginava.
—Não foi assim Isabella. Nada disso aconteceu, eu nunca fui a uma consulta com a Irina especialmente porque eu tinha medo de como você reagiria, paguei por todas as consultas, me mantive informado sobre o estado clinico do meu filho, mas eu nunca, nunca fui a uma consulta dela. —Aquilo me trazia um pouco de culpa também saber que eu escolhi um dos meus filhos, que eu faltei com a minha mulher e com meus dois filhos.
—Foi eu lembro. —Ela insistiu.
—Se for pra você não acreditar no que eu estou falando eu não quero ter essa conversa. —Perdi um pouco da paciência. —Pergunte ao seu pai eu sei que você não confia mais em mim, mas eu não estou mentindo.
—Não. Me conte tudo que eu não sei e eu vou ouvir sem falar nada. —Ela prometeu.
—No começo eu ficava aqui com você o tempo todo, o tempo todo mesmo. Eu fiquei seis meses dentro desse hospital, nos dormíamos no quarto ao lado do dele em uma cama de casal que minha mãe permitiu que nos colocássemos. Nós nos mudamos para um quarto de hospital tanto eu quando você não queríamos sair do lado dele, as chances era poucas mais existiam e nos dois não deixaríamos a peteca cair e nem desanimaríamos. Os meses foram passando e eu só saia dali pra trabalha isso quando eu ia. Nos dois fazíamos de tudo. —Contive meu choro sabendo e desejando voltar naquele tempo, onde as coisas pareciam ruins, mas eu conseguia ver um futuro além. Independente do que acontecesse eu teria ela. —Em uma noite parecia que estava tudo bem, ele ia fazer o segundo transplante de coração, um coração que conseguimos de uma forma nada legal uma forma que eu nem gosto de lembra. Por que eu fiz aquilo passando por todos os meus princípios, eu comprei um coração eu paguei pelo órgão de alguma pessoa e eu tento todos os dias me convencer de que aquele órgão foi de alguém que já estava doente e que ninguém morreu por minha causa só porque eu tinha dinheiro pra fazer aquilo. —As lágrimas escorreram pelo meu rosto sem que eu conseguisse me conter, queria muito saber como fazer aquilo parecer menos difícil. Eu tinha sido criado com princípios muito específicos e dá aquele passo tinha tirado muita coisa de mim, mas eu também jamais me perdoaria se eu deixasse meu filho morre sendo que eu tinha uma opção mesmo que essa opção fosse difícil e me fizesse passar por cima dos meus ideais. —Estávamos muito animados por que os médicos diziam que aquilo poderia realmente funcionar. A cirurgia foi ótima e só nos restava esperar e ver como ele aceitaria o órgão já que o primeiro ele tinha rejeitado, mas de novo o corpo dele não aceitou ele começou a rejeitar, aquilo foi terrível, terrível mesmo porque nos víamos ele sofre, várias paradas cardíacas, sangramentos e tudo mais. Você enlouqueceu e queria que eu comprasse um outro coração, mas eu me recusei não por que eu não queria, eu tinha feito isso uma vez poderia lidar com o peço na consciência de fazer de novo. Eu faria tudo pelo meu filho, tudo. Só que eu não tinha mais dinheiro, eu perdi o controle eu só via o meu filho e você e esqueci-me do meu trabalho eu deixei tudo na mão do meu vice e dá pior forma possível eu descobri que ele não era nem um pouco honesto ele desviou muito dinheiro da empresa e eu nem percebi. E que quando ele me pediu pra assinar uns papeis eu burro assinei, era o dia da cirurgia do Thomas eu só queria sair da empresa e ficar com você e com nosso filho. Então eu assinei sem nem me dá o trabalho de ler. Eu descobri quando meu pai apareceu na noite da cirurgia me cobrando sobre a declaração de falência que a Cullen’s e como ele não tinha sido informado, por que eu deixei ele saber através da porra de um jornal. —Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas.
—A empresa faliu? —Ela tinha a voz chorosa.
—Sim, eu fui irresponsável só que eu pensei que eu pudesse confiar no Carlos, mas ele me roubou de maneira suja. —Lembrar daquele filho da puta que tinha estudado comigo na faculdade me deixou com raiva, eu tinha sido estúpido em indicar ele pro conselho como meu vice quando eu fui nomeado presidente. —Meu pai me demitiu naquela mesma noite e teve que investi dinheiro da economia dele para não deixar que a empresa e o nome da minha família fossem pra lama. Eu descobri que ele não tinha roubado só a empresa, mas também tinha mexido nas nossas contas pessoais e que além de deixar a empresa falida ele tinha deixado nos dois também eu não tinha dinheiro nem pra manter nosso filho no hospital. —Respirei fundo lembrando de como aquilo foi humilhante. —Eu tive que pedir um empréstimo aos seus pais, eu não teria coragem de pedir aos meus, e quando você começou com essa história de que nosso menino precisava de um outro coração só que eu não tinha de onde tirar uma quantia daquela, eu estava afundado em dividas e eu não podia pedir mais dinheiro aos seus pais e os meus nem teriam pra empresta graças a minha incompetência. Eu não tinha mais o que fazer, nossos imóveis estavam a ponto de serem leiloados pra pagar as dividas e eu tive que vender a maior parte pra manter tudo controlado.
—Por que você não me falou nada? —Eu olhei pra ela respirando fundo. Era evidente que ela não sabia de nada, ela não era uma boa mentirosa e estampado no rosto dela estava um sinal claro de confusão.
—Eu tentei, mas você não queria ouvir. Quando eu disse não a sua proposta de comprar um outro coração você surtou, gritou, me xingou entre outras coisas que eu nem gosto de me lembrar. —Aquele dia, quando eu tentei explicar pra ela que outro transplante estava fora de cogitação eu conheci uma Isabella completamente nova pra mim. Uma pessoa agressiva e maldosa. —Você me acusou de querer ver ele morto. —Disse com raiva, mesmo depois de todo aquele tempo pensar que aquelas palavras saíram da boca da mulher que eu amava, mesmo depois de tudo o que tínhamos enfrentado pelo nosso filho me doeu como antes. —A parti daquele dia eu já não conseguia manter um dialogo com você. Quando eu tentava você logo me cortava dizendo que se eu não tinha mudado de ideia nada do que viesse de mim importava. —Não consegui esconder a magoa na minha voz. Aquela semana em que o mundo desmoronou em cima de mim e eu só queria ela por perto me abraçando e dizendo que ia ficar tudo bem, mas ela estava com tanta raiva de mim que nem ao menos percebeu. —As coisas pioraram muito quando descobrimos que minha mãe estava com câncer de mama. —Percebi os olhos dela se arregalarem.
—Não, isso não aconteceu a Esme está bem, ela não tem câncer. Não tem. —Ela gritou, envolvi meus braços em torno dela com medo de como ela poderia reagir diante daquela informação. —Ela não tem câncer. Não tem. —Ela começou a chorar abraçada a mim. Tentei enxugar minhas lágrimas, mas não parei se ela queria saber eu contaria tudo.
—Tinha. Hoje em dia ela já está “curada”. Nós concordamos em não te contar por que minha mãe pediu, ela dizia que você já estava fragilizada demais com a situação do Antony que não precisava de mais problemas. Ela sempre vinha ver você quando ia pra quimio ela dizia que a sua força em salvar o Antony em não desistir dele dava a ela coragem de enfrentar o que viesse. Só que você não era burra e descobriu o que estava acontecendo e eu só descobri que você sabia quando você jogou isso na minha cara. —Respirei fundo contendo minhas lágrimas ao máximo. —Um dia eu sai para uma audiência, eu estava fazendo de tudo pra tentar rever nosso dinheiro e quando eu voltei os médicos responsáveis pelo caso do Antony me convocaram pra uma reunião. Nessa reunião eles me comunicaram que ele não tinha mais sinais cerebrais e que mais cedo tinha sido feito alguns exames que comprovaram que ele tinha tido morte cerebral. Os médicos me contaram por que a pediatra não fazia ideia de como contar a você, todo mundo nesse hospital viu sua luta em manter ele vivo e ninguém queria ser o portador daquela noticia. Eles conversaram comigo sobre as possibilidades e me garantiram que o melhor seria desligar os aparelhos. Eu concordava com eles, eu sabia que era impossível alguém com morte cerebral voltar, sou filho de uma médica e antes mesmo deles dizerem eu sabia que era aquele caminho. Só que a decisão não era só minha. —Parei um pouco e olhei pra ela, grossas lágrimas escorriam pelo rosto dela, os olhos estavam vermelhos e ela soluçava baixinho. Eu não sabia se ela tinha se lembrado ou se apenas a história era comovente. —Eu falei que eu fazia questão de contar a você, os médicos do conselho pediram para uma enfermeira te chamar até o escritório e quando você chegou lá você estava com um sorriso imenso no rosto, segundo você nosso filho tinha sorrido pra você só que eu sabia que aquilo era impossível. Quando eu te contei você ficou louca, começou a gritar que eu já queria matar ele a muito tempo e que eu estava mentindo e que nosso filho precisava só de um tempo. Eu insisti dizendo que ele tinha morrido e que precisávamos aceitar. Só que você não viu bem minha insistência e gritou em alto e bom som pra quem quisesse ouvir que a minha mãe só tinha câncer porque eu era uma má pessoa e que aquela era a vingança de Deus pra mim e que ela morreria assim como eu estava tentando matar seu filho. SEU FILHO. —Parei por um segundo precisando respirar. —Eu não acreditei que você teve coragem de falar uma coisa daquelas. Mas você falou, várias e várias vezes, repetiu tanto que mesmo depois que você saiu da sala, depois de me proibir de me aproximar de você ou do nosso filho, sua voz ainda ficava ecoando na minha cabeça. Eu não conseguia nem mesmo reagi diante daquele absurdo. Minha mãe foi chamada depois do seu escândalo, obvio que como diretora do hospital –mesmo afastada- ela ficaria sabendo. Ela veio e me consolou dizendo que você só estava nervosa e que você se acalmaria e se arrependeria das coisas que me disse, eu só precisava te dar um tempo. Eu dei fiquei quase três horas na biblioteca do hospital passando meu tempo e lendo sobre morte cerebral pra vê se tinha pelo menos um outro caminho, quando toda aquela leitura me cansou eu subi pra tentar conversa com você, mas você estava irredutível. Parada em pé em frente a porta do elevador você estava ali pra garanti que eu não me aproximaria dele, você estava com medo de mim, MEDO. Gritou pra mim que eu nunca mais voltaria a me aproximar dele e que eu não mataria seu filho. —Eu respirei fundo e não parei de contar, não queria me acorvada aquele era o primeiro momento em que eu contava aquela história e nem as minhas e nem as lágrimas dela me impediriam de continuar. —Eu sai não conseguindo acreditar em nada daquilo que estava acontecendo, depois de um ano ali do seu lado cuidando do NOSSO filho você podia achar que eu estava feliz com a morte dele, mas eu só estava encarando a realidade ele tinha morrido e não havia mais nada o que ser feito. Eu fui atrás dos meus país, eu precisava sair daquele hospital e colocar minha cabeça no lugar antes de falar com você de novo, eu sou esquentado, sempre fui e naquele momento eu não estava mais raciocinando direito. Sabe qual foi a minha maior surpresa? —Perguntei em prantos, reviver aquela história era tão dolorido. —Eu fui informado por uma enfermeira que minha mãe tinha tido um ataque do coração depois de ouvir algumas outras enfermeiras comentando o que você tinha falado pra mim, ela sabia que nossa briga tinha sido feia, mas a chefe de cirurgia pediátrica não foi detalhista. Eu nem subi pra vê como ela estava, eu meio que sabia que ela também iria morre todos que eu amava estavam morrendo, meu filho, você. Porque a minha esposa, a mulher que eu amo jamais me diria nada daquilo. Eu estava com tanto medo de subir e ouvir que ela não tinha resistido que eu só sai do hospital com raiva, eu só queria me vingar de você, na minha cabeça, tomado de raiva, eu só conseguia ver como se a culpa fosse sua de toda aquela desgraça. E ali eu cometi o maior erro da minha vida. Sai, entrei no primeiro bar que eu vi e depois de beber quase meia garrafa de uísque eu me dei conta que a Irina me encarava cheia de segundas intenções do outro lado do bar ali estava minha vingança, ali estava o jeito perfeito que eu me vingaria de você.
—Eu não quero ouvir de novo sobre sua traição.
—Eu não pretendia contar de novo o que aconteceu e nem o quanto eu lamento por ter sido tão estúpido. Mas eu estava cansado, nada justifica isso e eu nunca vou conseguir me perdoar pelo que eu fiz. —Eu tinha certeza de que nem mesmo se um dia ela me perdoasse eu não conseguiria fazer, eu tinha sido um mostro com ela e nunca me perdoaria por isso. Mas aquilo não chegaria nem perto do que eu tinha feito com ela na delegacia, eu nunca imaginei que —Respirei fundo para continuar contando. —No dia seguinte eu acordei com uma boa ressaca e vi a merda que eu fiz, mas eu não tinha tempo pra pensar sobre aquilo. Voltei para o hospital, eu precisava ser homem e encarar o que tivesse acontecido. Fui ver minha mãe e graças a Deus ela estava bem, eu queria muito ver você mais eu não tinha coragem, não depois do que eu tinha feito e é foda, mas eu não conseguia esquecer as coisas que você tinha me dito eu tinha te traído e pensei que pudesse ficar “bem”. —Debochei da palavra, eu nunca mais ficaria bem. —Mas não foi isso que aconteceu, eu tentei me colocar nos seu lugar, porém era recente demais e eu não conseguia esquecer ou superar as coisas que você me disse e nem o que eu tinha feito com você, sabia que se fosse até você acabaríamos brigando então liguei para os seus pais e contei tudo o que tinha acontecido e pedi pra sua mãe vim ficar com você.
Ela me interrompeu.
—Como isso é possível? Por que eu perdi minha memória? —Ela soluçava em prantos.
—Eu vou chegar lá. —Tranqüilizei ela. —Fiquei muito tempo naquele hospital buscando saber o estado do nosso filho através dos médicos e enfermeiros, mas sem coragem pra subir eu ficava sentado na recepção esperando algum dos “conhecidos” envolvidos com ele passa para que eu soubesse o que estava acontecendo, depois de tanto tempo ficar observando de longe era difícil. Eu tentava me convencer de que ele já tinha morrido e de que era apenas um corpo lá em cima, mas mesmo que conscientemente eu soubesse disso ainda era difícil convencer meu coração e aí eu te odiava mais por está me submetendo a isso quando seria bem mais fácil se desligássemos os aparelhos enterrássemos ele. Sua mãe vinha me ver sempre e também me mantinha informado, eu queria ser forte ou covarde entenda como quiser e sair dali deixa você cuidando de um corpo sozinha, mas eu não conseguia tinha algo que me prendia ali. No terceiro dia eu tomei coragem e movido pela saudades de vocês eu subi queria vê-lo mesmo sabendo que de certa forma ele já estava morto. Quando eu sai do elevador e você me viu começou a grita e me expulsar dali, gritava coisas do tipo que eu não mataria ele, que eu nunca mais o veria, que eu não o amava, você me empurrava tentando me fazer sair dali. Me doeu mais ainda saber que mesmo depois de três dias você continuava pensando a mesma coisa, eu jurava que aquele tempo faria você abrir a cabeça e entender que aquilo era o melhor. Sua mãe me convenceu a te dar um tempo e me tirou dali.
Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas, ela piscou e os olhos transbordaram a graciosa lágrima escorreu pela bochecha já molhada pelo choro.
—Eu sinto muito.
—Não sinta. Eu sei que você só estava fazendo isso por que você o amava e não estava pronta pra deixá-lo ir. —Confessei, eu tive muito tempo de terapia e pra pensar, pra me colocar no lugar dela compreender tudo o que ela estava sentindo, me odiar por ser um idiota que naquela época foi incapaz de ver o que estava bem na sua frente, ela nunca precisou de ataques ela precisava de carinho e cuidado e eu era um monstro por não perceber isso antes. —Naquela época eu não conseguia entender eu também estava muito triste com a perca e não consegui ver o que estava na minha frente. Você não tem culpa.
—Tenho sim.
—Tem não. —Fui solidário, ela já estava machucada demais e eu realmente não acreditava que ela fez aquilo pensando em me machucar ou machucar qualquer outra pessoa. Ela só estava perdida, assim como eu. Continuei a historia sabendo que se não ficaríamos naquilo pra sempre. —Sua mãe me convenceu a te dar um tempo e que as coisas iriam se acalmar eu concordei e voltei a recepção ela me prometeu que iria continuar me dando informações. No quinto dia depois daquela briga você desceu e veio até mim, você estava calma e se sentou ao meu lado eu pensei que finalmente você conseguiu entender o meu lado, mas não você queria me pedir pra conseguir outro coração pra ele, pedir não você implorou pra que eu comprasse outro. Só que eu não tinha dinheiro e mesmo que eu tivesse não dava ele tinha morrido. —Acariciei o rosto dela. —Eu não podia condenar você a viver pra sempre naquele hospital e eu sabia que mesmo com um coração novo ele não resistiria por muito tempo. Eu tentei explicar a você o que tinha acontecido, mas você não queria me ouvir continuava achando que eu só estava inventando desculpas por que eu não queria que ele vivesse. Você saiu e me deixou sozinho depois de mais uma vez me acusar de querer matar ele. Eu já estava no meu limite então nem discuti com você e deixei você voltar sem dizer mais nada. Naquela noite sua mãe desceu de madrugada me chamando pra ver ele, você tinha dormido e eu podia ir lá ver ele se eu quisesse. E Deus como eu queria aquilo então aceite e como um criminoso eu fui lá em cima e só olhando ele naquele estado eu chorei muito, mas do que eu achei ser capaz naquela noite eu me despedi do meu filho. Sua mãe ficou lá me dando apoio e me consolando. Eu sai quando estava começando a amanhecer com medo de você acorda, ficamos nesse jogo, você ficava acordada dois, três dias cuidando pra que eu não acontecesse nada com ele e quando seu corpo não agüentava você fazia sua mãe te prometer que não deixaria nada acontecesse com ele e você dormia e eu subi pra ver ele e você passei noites te observando dormir. Eu queria te apoiar, te abraça, que você me abraçasse ou ao menos que você me entendesse que eu realmente sentia muito e que se eu conseguisse enxergar outra alternativa. Nunca entendi por que era tão importante pra mim subir e ver ele, ele estava morto e eu já tinha me despedido dele, mas toda vez que sua mãe aparecia pra me chamar eu ia, ficava lá olhando ele e chorando. Hoje eu entendo que mesmo que a parte racional soubesse que ele tinha morrido no fundo eu tinha esperança que você tivesse com razão e que ele sobreviveria por um milagre. O maior erro da minha vida é não ter entrado naquele quarto e eu mesmo ter terminado com tudo aquilo.
Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas.
—Não você não devia ter feito isso se você tivesse feito eu nunca perdoaria você.
—Isabella você nunca perdoou. —Passei a mão pelo rosto tentando me livrar daquelas lágrimas. —Um dia sua mãe me pediu pra ir na nossa casa pegar algumas coisas pra você, roupas, produtos de higiene pessoal e outras coisas que você precisava como eu já estava a semanas ali sentado naquela recepção eu fui quando eu voltei sua mãe me mandou uma mensagem dizendo que eu podia subir direto por que seu pai tinha conseguido te convencer a tomar um café na lanchonete e como ele queria falar com você sobre desligar os aparelhos vocês demorariam e eu podia ver meu filho. Eu estava olhando pelo vidro como eu sempre fazia, já que mesmo com autorização eu tinha medo de ficar lá dentro com ele – ele era tão pequenininho e frágil, quando aqueles aparelhos começaram a apitar. Aquele barulho nunca saiu da minha cabeça. —Encarei os olhos dela cheio de lágrimas e eu vi minha dor repetida nos olhos da mulher que eu amava. —Eu não sei o que deu em mim eu era a pessoa mais perto eu entrei pra ver se eu podia fazer algo enquanto os médicos não chegavam. Tenho experiência em primeiros socorros e comecei a fazer uma massagem no peito dele. —Engoli em seco respirando fundo antes de continuar. —Você chegou e me viu ali naquela situação confusa e começou a me acusar de está matando ele, machucando ele, não me importei com os tapas, ou suas palavras eu só não podia desistir dele, eu devia ter deixado, parado a massagem cardíaca, apenas deixado-o ir, mas eu continuei até que os enfermeiros e médicos chegaram. Nós dois fomos colocados pra fora e ficamos ali aguardando o que aconteceria com ele, você me olhava com tanto ódio que eu nem consigo explicar. Mas eu estava tranquilo sobre o que tinha acontecido, eu sabia que não tinha feito nada de mal pra ele que eu jamais faria uma coisa daquela sem a sua autorização. Ele não resistiu e as 18 horas e 15 minutos o óbito foi declarado. Quando a médica falou aquilo você simplesmente desmaiou. Você não acordou nos três dias seguintes e não conseguimos adiar mais o enterro e fizemos aquilo sem você.
Ele foi enterrado três dias e você só abriu os olhos duas semanas depois da morte dele, você estava internada. Todo mundo estava preocupado com você e os médicos apenas diziam que tínhamos que te dar tempo que aquela era a forma da sua mente se proteger da dor. Eu fiquei ali do seu lado durante todo o período que você estava em “coma”, tinha ciência de que quando você acordasse eu seria culpado por tudo, mas eu lidaria com seu ódio se isso te ajudasse a superar um único por cento da dor que eu sabia que você sentiria. Quando você abriu os olhos foi só isso que você fez, não falava nada, não se levantava apenas ficava deitada naquela cama hospitalar olhando pro nada. Vez ou outra chorava em silencio e não tinha muito o que fazer, os médicos diziam que devíamos esperar que você reagiria quando se sentisse pronta. Foram meses naquela situação. Um dia minha mãe veio me avisar que a Tanya tinha dado entrada, ela estava dando a luz. Eu não queria ir até ela, você estava dormindo e eu sempre ficava esperançoso que quando você acordasse talvez falasse algo, me expulsasse dali, qualquer coisa. Mas minha mãe brigou comigo, disse que ele também poderia ser meu filho e que eu pelo menos uma vez durante toda aquela gravidez devia ser pai dele e está lá. Aquelas palavras me convenceram, se ele fosse meu filho eu não podia abandona-lo então eu fui. Mandei uma mensagem pro seu pai explicando toda a situação e pedindo pra que ele ficasse com você ele me respondeu que eu podia ir tranquilo que ele já estava chegando. Só que você acordou, desceu e foi até o andar onde o Antony ficava. —Precisei de um tempo pra me acalmar, lembrar daquele momento me deixava fraco, como se eu pudesse desmontar a qualquer momento. Se eu tivesse permanecido ao lado dela ela podia ter tido outra reação ao acordar.
—E? —Insistiu com a voz tremula pelas lágrimas. —Continue Edward.
—O Thomas tinha acabado de nascer quando uma enfermeira me chamou as pressas. Ao que me foi informado você tinha acordado e descido até o andar onde ele ficava internado, quando estava vivo, e tinha surtado e ninguém conseguia se aproximar de você já que aparentemente você estava ameaçando a própria vida. Eu corri até você e quando cheguei você estava deitada no chão falando coisas desconexas e se ameaçando quando tentavam se aproximar de você. Foi a coisa mais assustadora da minha vida ver você socando a cabeça no chão. Felizmente você deixou que eu chegasse perto depois de alguma conversa e começou a chorar, foi muito pouco tempo com você consciente até que você desmaiou. Assim os médicos conseguiram te atender. —Levei a mão na testa dela percebendo a cicatriz que tinha ficado por ela te batido a cabeça antes deu conseguir me aproximar dela. —Você tinha um corte na cabeça e precisou de alguns cuidados e exames pra ver se não tinha acontecido nada mais grave. A medica tinha me garantido que você não tinha entrado em coma de novo e que tinha sido só um simples desmaio, mas foi preferível te manter dopada pelo menos pelo resto do dia. Quando você acordou já de madrugada tudo estava muito confuso na sua mente e era como se o Antony tivesse acabado de morrer, você não se lembrava da maior parte dos acontecimentos, tudo que você sabia era que eu tinha te traído e que não estava do seu lado quando ele morreu. Só que eu estava lá, queria não ter estado, mas estava. Você não quis falar comigo por causa da traição e exigiu que eu saísse do quarto. As primeiras semanas de você “consciente” foram muito complicadas. Toda vez que você acordava era com uma história diferente até que a que você se lembra hoje fixou e você a teve como verdade. Não dava pra explicar que nada daquilo realmente tinha acontecido já que você não acreditava.
—Chega eu não quero ouvir mais nada. —Ela gritou me assustando. Passou as mãos pelo rosto enxugando as lágrimas e se recompondo ao menos um pouco. —Saia eu preciso ficar sozinha eu preciso entender o que significa isso tudo que eu ouvi.
—Escute a história toda.
—Eu não preciso. —Ela afirmou me olhando nos olhos. —Eu imagino tudo o que aconteceu e eu preciso ficar sozinha pra ver o que muda agora.
—Nada muda. —Fui firme, eu jamais aceitaria que por um único segundo ela se culpasse por qualquer coisa que aconteceu. Ela apenas agiu como eu sabia que agiria, ultrapassou alguns limites, mas fazendo o que pra ela era certo.
—Muita coisa muda e eu estou muito confusa pra ter essa conversa agora então, por favor, saia e me deixe sozinha. —Ela não conseguiu segurar as lágrimas por muito tempo e uma escorreu pelo rosto dela. —Eu realmente preciso ficar sozinha.
Me levantei da cama. Não consegui evitar deixar meus olhos correrem pelo lugar conferindo se tinha algo ali que a pudesse machucar, mas não aquele lugar era preparado pra pessoas no estado dela, pessoas que ofereciam riscos a si mesma, fazia tempo que ela não fazia algo parecido, mas o histórico dela estava ali e não seria ignorado pelo hospital. Nada de janelas, coisas cortantes e a maior parte do local acolchoada. Isso junto com o fato de que era terminantemente proibido que ela ficasse sozinha.
—Eu não vou tentar me matar. —Ela disse com nojo.
—Desculpa. —Não queria jamais que ela tivesse percebido meus medos. —Posso pedir sua mãe pra ficar aqui com você? —Era difícil confessar que eu tinha medo de quando ela ficava nesse estado, consciente da verdade, se culpando.
—Não. —Percebendo que aquela resposta não me agradava ela acrescentou. —Mas pode pedir a uma enfermeira.
Apenas balancei a cabeça tendo certeza de que aquilo era melhor do que nada. Eu não podia lidar com a morte dela, no começo quando a sombra do suicídio ficava nos rondando e eu não conseguia confiar nela sozinha tinha sido um inferno. Levei muito tempo e muitas sessões com meu psicanalista pra conseguir entender que aquilo tinha passado e que a pressão de se sentir sempre vigiada não fazia bem a ela. Mesmo que fosse difícil eu torcia por ela queria muito que ela saísse dessa e arrumasse alguém capaz de fazer ela feliz, de ser o parceiro que eu não consegui mais ser. Doeria, doeria mais do que qualquer outra coisa na vida, mas ela merecia ser feliz.
—Fique bem. —Pedi antes de dá as costas pra ela.
[...]
—Como ela está? —A Renée se apresou em perguntar assim que eu sai do quarto.
—Não sei, ela aparentemente está bem, só que eu não faço ideia de quanto tempo isso pode durar. —Fui sincero.
—Eu vou ficar com ela. —Comunicou.
—Melhor não. —Impedi antes que ela ao menos desse um passo. —Ela pediu pra uma enfermeira ficar com ela. —Esclareci. —Ela me pediu pra contar o que ela não sabia e quer ficar sozinha pra digerir o que eu contei.
—Você falou tudo? —Eu sabia sobre o que o Charlie estava se referindo quando perguntou se eu contei tudo.
—Não. Ela já está sofrendo de mais e se culpando demais e não
—Obrigada.
Não disse nada. Eu não sentia como se eu necessitasse de agradecimento.
—Olá. —Virei meu corpo observando a ...
—Oi. —Cumprimentei, ela sabia tanto da nossa família que podia escrever um livro com nossos segredos e sentimentos mais secretos, aqueles que só contávamos quando tínhamos certeza haver um contrato de sigilo. Pelo que eu sabia todos nos tínhamos consultas com ela.
—Fui solicitada pra falar com ela.
—Não sei se esse é o melhor momento. —Ela parecia bem na hora que eu sai e eu sabia que ela não gostava de psicólogos, psiquiatras e nem nada do tipo.
—Não existe um bom momento, precisamos lidar com o que temos agora. —Eu odiava quando ela parecia está me analisando. —Eu vou entrar. —Não foi um pedido, mas eu senti meus sogros, ou ex-sogros, me encarando como se fosse obvio que eu decidiria ali. O que não me agradava nem um pouco, era horrível ter que tomar decisões que eu não tinha certeza se realmente cabiam a mim.
—Só pegue leve com ela eu dei muita coisa pra ela pensar. —pedi. A médica assentiu e entrou no quarto, eu cancelei meus planos de ir até minha mãe e me sentei sabendo que quando a doutora saísse eu provavelmente teria que voltar lá pra dentro para tentar acalmá-la.
Notas Finais/Avisos
Mais de um mês ausente e eu não vou me desculpar por isso, sei que devia ter voltado antes. A história já está completa e era só vim aqui publicar, mas eu estou numa merda tão grande que até respirar anda sendo difícil e toda vez que eu publico eu preciso me preparar psicologicamente pra ser atacada (só que com o psicológico fudido é meio difícil conseguir energia pra isso). Espero que vocês gostem desse capitulo! ♥
Esse capitulo está bem grande (quase sete mil palavras) e se vocês não gostarem de capítulos grandes assim só falar que eu divido antes de publicar.
♥ É ai? Muita coisa pra pensar né... Espero que dê pra preencher algumas lacunas, mas ainda tem muito pra vir.
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Meu Deus do ceu quantas coisas esses dois já sofreram. Quando vemos esses momentos assim que entendemos que não dá pra culpar ele por que ele também sofreu demais.
ResponderExcluirÉ aquela coisa cada um reage de uma forma.
ExcluirEle traiu e bateu nela sua escrota não tem nada que ser entendido. Ele merece ser queimado e fatiado igual essa autora de merda por ficar publicando essa história coco.
ResponderExcluirPessimo dia pra ter olhos.
ResponderExcluirEspero que esses tempos ruins passem logo esses dois precisam ser felizes. Amo essa história e fico muito feliz que ela tenha voltado. <3
ResponderExcluirMesmo com tudo eu também a amo essa história. Pretendo não sumir mais, pelo menos não por tanto tempo assim.
ExcluirCaralho que tiro de capitulo.
ResponderExcluirQue bom que gostou.
ExcluirUma história que consegue tocar o leitor.
ResponderExcluirLi dezessete capítulos em um prazo quase sobre humano e fiquei aguardando o próximo como se minha vida dependesse disso.
Uma história bem escrita, que transborda sentimentos e emoções. Impossível ler sem não se ver em uma bad.
Uma leitura que faz com que queixamos se realmente somos autores ou estamos apenas rabiscando.
AGORA O LIVRO VEM.
ResponderExcluirSupere isso.
ExcluirQuer fazer uma parceria de escrita?
ResponderExcluirMande sua proposta pelo meu e-mail.
ExcluirMuito bom esse Capítulo, esclarece muitas coisas e agora quero saber todo o resto. Por exemplo quem é essa psicóloga que foi falar com ela? É alguém cohhecida?
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