As filhas da minha noiva


Capítulos: 11 | Concluída: Não
Classificação: +16 | Avisos: Sexo, Linguagem Imprópria
Categoria: Twilight/Crepúsculo | Genero: Comédia,Romance
Publicada: 13/11/2014| Atualizada: 03/03/2020 às 20:15.

Sinopse: Eu juro que quando ela me disse que já era mãe, sei lá imaginei que fosse uma criança, que eu me livraria assim que eu casasse com ela. Mas nunca, nem nos meus piores pesadelos, eu poderia imaginar que eram 4 crianças, ou melhor quatro pestes que estavam dispostas a fazer tudo para acabar comigo.

Disclaimers - Avisos

• Personagens originalmente pertencem a Stephenie Meyer, mas enredo e alguns dos personagens e modificações em personagens originais são de minha autoria;
• Capa feita com imagens retiradas da internet, creditos de edição na imagem;
• Comentários são meus incentivos;
• Sem cronograma de postagens;
• Estória Original. Não copie, se inspire ou reproduza sem minha devida autorização. Plagio é crime!

As filhas da minha noiva - Capítulo 01

Edward Cullen

Encarei meu irmão esperando que ele finalmente me dissesse o que eu devia fazer, ele tinha tido um filho devia saber como lidar com crianças.

—Edward esse seu medo de crianças é completamente irracional. —Não era medo, eu apenas conseguia ver o que todas aquelas pessoas enfeitiçadas não viam. Crianças era seres muito não sociais e o mais certo seria colocar elas em um lugar, tipo um colégio interno ou uma prisão, e só tirar quando eles já fossem adultos ou pelo menos adolescentes. —Olha seu sobrinho como é a coisa mais fofa desse mundo. —Encarei o bebe de dois anos no chão, cercado de brinquedos. A casa do meu irmão tinha sido resumida em brinquedos espalhados por todo o canto, não existia um único cômodo no qual você pudesse transitar sem se deparar com algo do pequeno serzinho que apenas estava começando a andar e já causava um completo estrago.

—Não é medo. —Desviei meus olhos do bebê antes que eu começasse a fazer uma cara feia e meu irmão voltasse a me expulsar da casa dele. Tinha acontecido apenas uma vez, eu olhei para o bebe que soltava uma coisa nojenta pela boca e eu tinha sido expulso pela esposa dele e ele ate que eu aprendesse a não olhar daquele jeito para o bebê. —Eu só não entendendo o porquê esse pequeno... —Optei por não expor o pequeno apelido que eu tinha dado ao bebe, meu irmão era muito mais forte do que eu e eu não queria levar um soco só porque estava sendo sincero. —não é ...adestrado primeiro antes de ter contato com a sociedade. —Eu escolhi cada palavra com extremo cuidado morrendo de medo que meu irmão realmente me batesse, ele não era agressivo, mas eu tinha testemunhado como as pessoas mudavam pro causa dessas mini pessoas.

—Você acabou de dizer que deveríamos adestrar meu filho? —Respirei fundo tentando limpar minha cabeça para conseguir uma resposta que não o ofendesse.

—Essa é uma palavra que se adapta bem e eu não quis comparar ele com nenhum tipo de animal. —Não queria mesmo, os animais era coisas incríveis e que rápidamente aprendiam o que lhe eram ensinado, os cachorros então. Agora tenta dizer não a um bebe ele simplesmente ignorar seu comando e continua fazendo o que quer e quando mesmo assim você o contraria ele começa a chorar.

—Eu não acredito que você realmente disse isso. —Ele ainda parecia surpreso com minha escolha de palavras e eu estava cada vez mais convencido que ele não conseguiria me ajudar a resolver meu problema.

—Entenda que seria muito mais fácil se fosse do meu jeito, eles só voltariam a ter contato com as pessoas quando tivessem preparados pra tal coisa.

Ele gargalhou atraindo os olhos da criança pro pai.

—Você só pode ter algum grave problema e eu não sei como a Isabella ainda não percebeu que você é um completo maluco quando se trata de crianças.

Bufei ele realmente não seria de utilidade nenhuma.

—Eu não sou maluco sou realista, você que foi contaminado com isso. —Apontei pro menino no chão. —Ele vomita, faz xixi e baba nas pessoas. E ainda tem gente que acha bonitinho. Não fala, não anda e fica chorando por tudo. Você tem que limpar a bunda dele e ficar trocando a fralda a cada mijada (nem isso ele sabe fazer sozinho). E quando cresce e aprende a se comunicar não tem nenhum decoro e apenas fala o que pensa. Seria bem menos trabalhoso deixar que pessoas especializadas pudessem cuidar disso até que eles se tornem pessoas de verdade.

Ele voltou a ri de forma estrondosa e sua esposa surgiu na sala para ver o que estava acontecendo, assim que passou pela porta e viu que eu ainda estava ali fez uma cara feia e me ignorou por completo se voltando ao marido. Antes de engravidar ela gostava de mim, mas agora que tinha um filho ela parecia verdadeiramente me odiar.

—Se ele começar a chorar você vai resolver isso. —Viu mais problemas.

—Ursinha você precisa ouvir as coisas que o Edward está falando é uma perola atrás da outra. —Por que mesmo confiamos nas pessoas? Ele claramente não estava entendendo nada do que eu estava dizendo, bem tinha tido um filho obviamente tinha algum problema.

—Passo seu irmão tem algum problema muito serio. —Ótimo agora eles iriam ficar falando de mim como se eu não estivesse sentando bem ali. —Ele precisa de um tratamento, talvez seus pais devessem ter mandado ele quando bebe para uma das escolas que ele tanto é a favor talvez ele tivesse aprendido a conviver em sociedade e não falar tanta bobeira. —Revirei os olhos, claro que de alguma forma ela estaria ouvindo nossa conversa ela era a maior fofoqueira que eu conhecia.

—Estou indo embora. —Me levantei não estando disposto a ficar ali sendo ofendido, eu totalmente sabia viver em sociedade e era completamente diferente daquela coisa no meio da sala, era até uma ofensa ela querer me comparar. Mesmo que eu também não entendesse como meus pais puderam ter três filhos, eles era pessoas muito inteligentes para tal coisa e ainda mais minha mãe eu tinha abandonado sua carreira como design de interiores para se dedicar totalmente a nossa criação quando eles podiam apenas ter nos colocado em uma escola interna e todos os problemas estariam resolvidos.

—Não, fica. Desculpa eu quero te ajudar. —Passei a mão pelo cabelo não sabendo se ele estava falando sério ou apenas querendo me zoar mais um pouco. —Me conta direito o que aconteceu e que história é essa da Isabella ter quatro filhas.

Eu me sentei no sofá pronto para contar toda a história e de como eu tinha sido surpreendido com a história hoje na hora do almoço.

[...]

—Baby vamos ficar aqui por apenas mais uma hora. —Pedi, meus lábios desceram pelas costas dela em linha reta sabendo que aquele lugar deixava ela ainda mais excitada.

—Eu preciso ir, tenho que passar na escola das meninas para resolver um problema com a transferência. —Afastei meus lábios do corpo dela não gostando nada daquele caminho, odiava quando ela falava da filha principalmente quando estávamos na cama completamente sem roupa e podíamos está aproveitando melhor aquele momento.

—Sua filha sempre te dando trabalho se você a colocasse em uma escola interna seria mais fácil. —Ela se virou e me encarou e seu rosto estava em uma linda expressão brava. Sabia que ela não gostava quando eu sugeria que ela devia colocar a menina em uma escola interna, porém aquela era a melhor opção. Ela poderia trabalhar sem preocupação, almoçar sem ser interrompida e sem ter que correr para lugar nenhum e trepar até quando se sentisse satisfeita sem que o telefone tocasse porque aconteceu alguma porcaria na escola da garota.

—Eu não vou colocar minhas filhas em um colégio interno. —Agora a cara dela não parecia tão bonita assim, ela não estava bravinha ela estava com raiva realmente. —E pare de usar o singular são as minhaS filhaS. —Ela me corrigiu e eu encarei ela não entendendo, ela me disse que era mãe e eu pela idade dela eu apenas pensei que se tratava de uma criança, mas ela falando agora fazia sentido ela sempre usava o plural.

—Perai quantas crianças você tem? —Não resisti eu precisava saber? Sempre que ela começava a falar sobre esse assunto eu apenas fingia ouvir e concordava sem nem está escutando, tinha tido uma vez que eu até coloquei um fone no ouvido para fugir do que quer que ela tivesse falando comigo sobre aquelas crianças e sempre que eu conseguia eu mudava de assunto.

Ela se levantou da cama jogando o lençol em cima de mim e pegou suas roupas não chão com raiva, muita raiva. Eu conseguia sentir a raiva dela.

—Não acredito nisso, estamos a dois meses juntos e você não sabe o mais importante sobre mim. —Como ela podia considerar seres nojentos como aquele como o mais importante dela. Ela era inteligente, bonita, educada, engraçada e melhor ainda nos dávamos super bem na cama e fora dela. —O que você faz enquanto eu estou falando? Enfia o ouvido no cú? Alguma vez você prestou atenção em mim ou apenas estava comigo pelo sexo? —Não sabia o que responder. Eu estava surpreso pelo linguajar dela, ela nunca falava palavrão. Um ou outro na cama, mas o momento pedia. Eu a escutava em tudo, menos quando era relacionado a maternidade, nisso eu preferia não escutar pra não ter que ser sincero na resposta e mostra o quanto eu desaprovava e achava a atitude dela de ser mãe estúpida.

—Eu gosto de você droga e é claro que eu escuto o que você fala apenas... —Deixei a frase morrer no ar, não queria deixar ela ainda mais chateada. —Eu só não sei uma única coisa comparado a todo o resto. —Ela mordeu o lábio com força e a atitude dela era algo assustador, ela parecia a ponto de me bater.

—Não é uma coisa é a coisa. Ontem você estava falando em casamento. —Me lembrou. —Como você acha que vai ser? Eu vou me casar com você e as minhas filhas? Você sabe que se eu tivesse aceitado esse pedido precipitado você teria que conviver com elas né?

—Nos poderíamos dar um jeito. —Eu só via um único jeito, mas não era assunto para aquele momento.

—Eu realmente não sei onde eu estava com a cabeça em ceder a você. —Encarei ela sem acreditar que depois de tudo que tínhamos passado ela apenas iria desistir. —Eu avisei a você bem lá no começo que minha bagagem era grande e você me garantiu que podia lidar com isso, mas é obvio que não pode. Tenho quatro filhas que são a coisa mais importante da minha vida e mesmo namorando por dois meses ainda sim você nunca nem ao menos fez questão de conhecê-las todas as vezes que eu ofereci você apenas fugiu eu sou muito burra de não ter percebido o que estava bem na minha frente. Obrigada pelo sexo incrível Edward espero que você consiga alguém pra dar um jeito, nas suas condições porquê comigo não vai dar certo. —Antes que ela chegasse a porta eu me levantei da cama e peguei ela pelo braço, não iria aceitar um ponto final assim, principalmente por que eu não tinha feito nada demais ela devia conversar comigo e não me dispensar assim.

—Não faz isso a gente pode realmente dar um jeito nisso. —Ela só precisaria aceitar que o melhor pra ela seria aquelas crianças bem longe.

—Edward que jeito? —Ela me encarou, seus olhos marrons quase preto brilhavam mais do que o normal pela quantidade de líquido sabia que ela estava a ponto de chorar e entendia completamente porquê eu me sentia da mesma maneira. —Elas são a razão do meu viver e você claramente não está pronto para lidar com quatro crianças então vamos apenas acabar com isso podemos ser amigos e até transar de vez enquanto, mas não podemos namorar e muito menos ficar fazendo planos de casamento enquanto você nem ao menos conhece elas.

Ela puxou o braço se afastando do meu toque. Colocou a bolsa sobre o ombro e abriu a porta do meu quarto. Eu apenas não podia deixar ela ir.

—Eu posso lidar com isso. —Quase gritei, queria ter certeza de que ela me ouviria. —Eu posso almoçar na sua casa no próximo domingo e conhecer elaS. —O s quase não saiu, eu ainda não estava conseguindo entender, mas ela não gostava quando eu usava o singular e tinha deixado bem claro. Não eu não podia, eu não gostava de crianças, eu odiava aquelas coisas e se elas me atacassem eu nem saberia como reagir. Só ali no meio do meu quarto completamente nu as palavras dela fizeram algum efeito e o numero quatro brilhou em um tom neon na minha mente, ela disse “quatro crianças”. Como assim quatro? Ela tinha quatro filhos?

—Você está falando sério? —Ela me encarou cheia de expectativas e mesmo em pânico diante da informação recém compreendida eu apenas concordei não conseguia decepcionar ela não enquanto ela me olhava com os olhos cheios de esperança. Eu faria algo, eu daria um jeito, mas naquele momento aquela era minha única alternativa. —Eu te amo. —Ela se jogou nos meus braços e me beijo. Eu estava tão atordoado que eu nem ao menos consegui retribuir o beijo e ela pareceu nem notar isso. Me deu um sorriso e saiu dizendo algo sobre está ansiosa pra domingo, que iríamos conversar melhor, mas que ela precisava ir e que eu iria adorar as meninas, , mas eu nem fui capaz de fazer mais nada, de ter nenhuma reação.

—Então toda vez que ela começava a falar sobre as filhas você ignorava? —Quem perguntou foi a minha cunhada.

—Eu não consigo ouvir sobre o que a garota aprontou na escola como se fosse algo legal ou fofinho então pra não deixar ela irritada eu apenas preferi concordar e não ouvir, ela fica bem animada quando fala da garota. —Realmente ela tinha muita história sobre e se tornava muito falante. Eu preferia apenas observar como os olhos dela brilhavam enquanto ela falava ou quanto ela mexia no cabelo e como as bochechas coravam quando ela flagrava o meu olhar.

—Meu deus você é realmente retardado e deve mesmo parar de usar o singular já que ela tem mais de um filho. O que você sabe dessas crianças? —Se a Rosalie resolvesse me ajudar seria ainda melhor do que o Emmett, ela era mulher e devia me dar conselhos melhor.

Revirei os olhos e forcei a minha mente a voltar as conversas que eu habilmente ignorava, mas nada me vinha.

—Eu acho que são todas meninas. —Nem certeza eu tinha e ninguém poderia me culpar eu ainda não sabia o que fazer com a informação de que eram quatro crianças, mas ela sempre falava meninas e isso me levava a quase ter a certeza.

—Você acha? Desisto tomara que a Isabella perceba o idiota que você é e te dispense. —Ela gostava de me ofender, eu nunca tinha feito nada com ela com a única exceção daquele dia que eu olhei enojado para o filho dela, mas era compreensível o garoto estava se babando todo e pensando bem nem tinha sido nada com ela apenas com a pequena coisinha. Ela se levantou e saiu da sala voltando pra onde ela tinha saído.

—Relaxa eu vou te ajudar a superar esse medo e pra isso precisamos de uma prova de que você realmente está disposta a tudo. —Ele se levantou e eu entendi rápido o que ele queria quando ele pegou o bebê do chão e o virou pra mim.

—Nem vem. —Me afastei quase correndo. Morrendo de medo de que ele colocasse aquilo perto de mim, sabia que não iria me machucar ou qualquer outra coisa do tipo, mas mesmo assim eu passava completamente.

—Edward apenas pegue o por alguns minutos para que eu tenha certeza de que você não vai dá pra trás quando a primeira criança aparecer e eu juro que vou te ajudar e você vai se sair muito bem.

Que escolha eu tinha, eu precisava de ajuda e ele era o único que iria realmente me estender à mão. Se eu falasse sobre isso com a minha mãe ela ficaria rindo de mim, meu pai era capaz de me ajudar e depois contar toda a experiência a Isabella e eu não precisava que ela descobrisse sobre meu pequeno problema. Considerei por um segundo, o que ela tinha me oferecido era bom, eu ainda teria a amizade dela e sexo de vez enquanto, mas mesmo assim eu sabia que sempre iria faltar algo. Eu queria ela como minha mulher e se eu teria que passar por simples crianças eu faria.

Estendi a mão para o pequeno bebê e o sorriso do Emmett mostrava que ele estava se divertindo demais com aquilo, apenas ignorei e continuei me concentrando nos passos dele até mim e o quanto mais perto aquela pequena coisinha se aproximava de mim. Engoli em seco apenas querendo fazer logo aquilo. Pelo menos dessa vez a boca dele parecia limpa e ele não colocava nada pra fora. Passei minhas mãos por baixo dos pequenos braços dele e segurei ali tentando ser firme sem apertar demais e machucá-lo. O Emmett se afastou e eu segurei o menino ainda mantendo ele o máximo que meus braços permitiam longe de mim. Era mais pesado do que eu achei que pudesse ser, o que me deixou ainda mais confuso sobre o porquê as pessoas ficavam disputando para pegar ele no colo depois de alguns minutos os quilos dele com certeza começaria a incomodar.

—Pronto pegue ele de volta. —Disse no primeiro balança de pernas que o menino deu, ele me olhava com atenção como se esperasse algo. Desviei meus olhos encarando meu irmão que ria no canto e eu percebi que a Rosalie tinha voltado a sala e agora segurava o celular me gravando. — Isso não é nada engraçado. – Os dois gargalharam contrariando o que eu tinha acabado de dizer. O menino abriu a boca e enfiou toda a mão dentro da boca. —Que nojo, não faz isso. – Pedi e estava a ponto de largar ele no chão se ele aproximasse aquela mão suja de mim. —Eu odeio crianças. – Nem me importei de confessar aquilo não era nenhuma surpresa pra eles. —É serio pegue logo ele. —Quase gritei. O bebê fez um bico e começou a chorar e eu fiquei ainda mais nervoso.

—Me dê meu filho aqui? —O Emmett se aproximou e eu deixei o bebê nos braços dele de qualquer forma.

—Vocês são ridículos. —Não quis saber de mais nada e passei por ele e pela esposa dele que mexia no celular provavelmente compartilhando na família meu mico. —Muito obrigada por nada. —Nem me dei o trabalho de escutar quando o Emmett me gritou e muito menos quando eu ouvi passos me seguindo.

—Espera aí. —Ele pegou meu braço assim que eu alcancei a porta da entrada.

—Eu estava falando sério você passou no teste e eu vou te ajudar. —Encarei ele tentando identificar algum traço de uma nova brincadeira. —Te prometo o Matt vai até ficar lá em cima com a Rosalie. Respirei fundo derrotado, não tinha muito o que ser feito eu realmente gostava da Isabella e queria ao menos tentar e precisava da ajuda dele. Contrariado segui ele de volta a sala de estar.

[Cont...]

Notas do capítulo

Esse Edward é bem maluco né... Isso por que ele ainda não encontrou as "ferinhas". Nessa história eu quero seguir por um caminho mais leve e divertido. Óbvio que eu não podia deixar de fora aquela pitada de drama, mas na maior parte eu quero fazer vocês rirem.
Comentem é muito importante pra mim saber o que vocês estão achando e ajuda a não desanimar.
Será um capítulo por semana e já aviso que essa é uma história curtinha.

Capítulo não betado.
19/04/2019

As filhas da minha noiva - Capítulo 02

Edward Cullen

Encarei a porta na minha frente tentando me convencer do por que eu está ali, eu amava a Isabella, mas será que valia a pena enfrentar aquilo tudo? Eu estava entrando naquilo com a convicção de que depois de casados eu conseguiria dispensar as crianças para uma escola interna em que só precisaríamos ver uma vez ao ano e mesmo que o Emmett não achava que ela fosse topar isso, eu preferia pensar ao contrário. Sabia que tinha um poder de convencimento e iria usar ele o máximo que eu conseguisse para convencer ela.

Meus olhos voltavam a porta do apartamento dela buscando coragem para apertar a campanhinha, não é que eu tivesse medo daquelas crianças na verdade eu tinha pavor de qualquer ser que tivesse menos de quinze anos. Crianças eram seres barulhentos, sujos e que necessitavam de alguém pra tudo. Por mim eu simplesmente criaria um espaço e colocaria esses seres até que eles pudessem finalmente conviver com a sociedade.

Olhei pra mim mesmo através de um longo espelho que estava ali, qual é? Eu era Edward Cullen e não iria ficar com medo de crianças. Repetindo pra mim mesmo que eu conseguiria fazer aquilo e torcendo pra que a Isabella tivesse conseguido adestrar bem aquelas criaturas para que elas não me atacassem eu toquei a campanhinha.

Um, dois, três, quatro, cinco e a porta foi aberta por um minúsculo ser, ela não alcançava nem a minha cintura.

—Quem é você? —Ela perguntou mantendo a porta semi-aberta, ela balançou seus cachinhos vermelhos pra mim.

—Meu nome é Edward, sua mãe está? —Perguntei. Não doeu nada falar com ela, viu até ali estava sendo fácil.

De dentro do apartamento eu ouvi alguém andando a passos duros e a voz da Isabella soou alto.

—Jujuba eu já não falei pra você não abrir a porta. —Gritos, eu nunca tinha visto em dois meses de namoro a Isabella gritar e era só colocar crianças na equação que a mulher calma que eu conhecia se transformava. —Oi Edward. —A encarei e toda a minha preocupação sumiu, pelo menos durante aqueles segundo. Em que ela me dava um sorriso envergonhado, os olhos brilhavam de expectativa e eu quis que aquele dia funcionasse apenas para não ter a possibilidade de decepcionar ela. —Entra? —Ela abriu a porta me dando espaço. Séria fácil, somente algumas horas e ela ia ficar feliz e eu ficaria livre dessa função pelos próximos meses até que ela me obrigasse a isso de novo. Dei um passo pra dentro do apartamento, o lugar era muito bonito e claro. Em nada se comparava a um ambiente feito para crianças e até onde meus olhos alcançavam tudo parecia está arrumado. Eu esperava menos.

—Edward essa é minha filha Julia. Julia esse é o amigo da mamãe que vai jantar com a gente hoje. —Ela explicou pra garotinha que me olhava, o semblante dela estava fechado e ela me avaliava com rigidez. Não era o tipo de olhar que eu esperei para uma criança. Quantos anos ela tinha a final?

—Olá. —Minha voz tremeu enquanto eu me obriguei a cumprimentar ela.

Antes de qualquer outra coisa meus olhos foram atraídos diretamente para uma menininha que estava a uns vinte passos do hall de entrada, ela se escondia na curva que separava o hall do outro ambiente e me encarava com evidente curiosidade. Ela era diferente da primeira garota, essa que estava distante tinha a pele tão branca quanto a Isabella, mas os cabelos eram em um tom muito claro de loiro, quase branco. O que conectava ela com a outra menininha eram os olhos azuis, extremamente claros. Ela devia ter um metro e dez ou menos e aparentava está muito assustada.

—Venha Valentina conhecer o amigo da mamãe. —Viu rebaixado para amigo. Isso sim doía.

Ela caminhou até mim como se aquela situação fosse tão ruim pra ela quanto era pra mim.

—Oi. —A voz de sinos me atingiu. Ela falou baixinho que se não fosse minha excelente audição eu nem teria conseguido ouvir.

—Oi. —Cumprimentei de volta. Eu estava muito sem graça e os olhares da primeira menininha ainda queimavam em mim deixando bem claro que minha presença não era bem vinda.

—Jujuba vá até o Jacob e peça pra ele prender seus cabelos. —A segunda menininha se virou e saiu da sala de forma tão silenciosa quanto surgiu.

—Mas mamãe.

A Isabella olhou pra ela com uma cara que até chegou a me dar medo.

—Nada de mamãe Julia, vá agora. —A menininha saiu batendo o pé e resmungando seguindo a outra menina. Assim que ela sumiu da nossa vista a Isabella virou pra mim com uma cara de culpada. —Me desculpa por isso. Ela pode ser meio rabugenta no começo, mas é um amor de menina e faz isso pra ter atenção.

—Tudo bem. —Não estava nada bem àquilo só estava me ajudando aumentar ainda mais minha lista dos pros para colocar elas em uma escola interna. Não resisti e me aproximei dela beijando os lábios dela. A ultima vez tinha sido ontem depois do expediente quando eu dei uma carona a ela e agora eu precisa de bem mais do que um selinho de despedida. Minha língua adentrou a boca dela e ela me puxou pra mais perto aceitando a invasão antes de virar o rosto afastando a boca da minha.

—Temos crianças em casa. —Ela me lembrou e se afastou se recompondo. —Vem, vamos se sentar na sala. Segui-a pelo curto corredor que compunha o hall e chegamos a sala que eu julguei se de estar.

O apartamento dela era condizente com o salário altíssimo que meu pai pagava. Só a sala de estar demonstrava todo o requinte e luxo do ambiente.

—Quando que é a multa rescisória do seu contrato? —Brinquei, eu ainda não acreditava no salário que meu pai pagava a ela.

—Deixe de ser bebê chorão Edward e aceite que meu salário é duas vezes maior do que o seu. —Ela me provocou e sim o salário dela era realmente duas vezes a mais do que o valor do meu, duas vezes mais do que o salário de qualquer funcionário do ramo, ninguém ganhava como ela.

Meu pai conheceu o trabalho dela em uma de suas viagens a Londres. Ele simplesmente ficou apaixonado pela forma em que ela trabalhava e colocou na cabeça que ela teria que trabalhar pra ele. O difícil foi convencer ela do mesmo, no primeiro ano de negociação ela estava irredutível nenhuma das tentadoras propostas do meu pai eram suficientes para conseguir convencer ela a sair de Londres, mas quando meu pai ofereceu aquela quantia pra ter ela como funcionária da construtora ela simplesmente não viu como recusar. E desde o primeiro momento em que meus olhos encontraram ela eu tinha me apaixonado, clichê eu sei – nada mais babaca do que amor a primeira vista, mas foi exatamente assim que eu me senti quando fui apresentado a ela. Com o tempo trabalhando lado a lado eu apenas tive certeza de que a queria.

—Eu ainda preciso fazer uma redecoração, tem muito ainda da personalidade dos antigos donos, mas nossa mudança foi muito corrida e eu não consegui redecorar nada. —Justificou enquanto eu deixava meus olhos percorrerem o ambiente. Com certeza aquilo não combinava nada com ela, era o extremo da extravagância minimalista além de ser algo completamente estéreo, faltava vida pelo menos naquela sala. —Concentrei toda minha energia nos andares superior e preciso de um tempo pra cuidar daqui de baixo.

—Não podemos dizer que é feio. —E não era mesmo, todos os detalhes ali compunham um excelente mostruário daqueles que vemos em lojas o que tornava o ambiente muito pouco familiar.

—Feio não é. —Ela concordou olhando em volta.

—Você pode ficar um minuto sozinho que eu preciso ver se minhas meninas estão precisando de ajuda? —Balancei a cabeça conformado, sabia que se essas coisinhas continuassem por perto eu teria só o resto da atenção da Isabella a real atenção seria toda delas.

—Claro. —Respondi a contra gosto, na verdade o que eu queria dizer era obvio que não, eu quero que você me faça companhia e que elas se virem sozinha.

—Fique a vontade. —Ela se virou me deixando ali sozinho enquanto subiu as escadas.

Me encaminhei pra enorme sala e me sentei no sofá branco, aquela casa não parecia ter sido projetada pra crianças. A sala era clara demais, um excesso de branco em um estilo bem minimalista e moderno e aqueles seres com toda certeza não manteria assim, mas observando de perto eu conseguia ver na parede a minha frente uma clara marca de uma mãozinha na parede feita com alguma coisa preta que manchava. Nos moveis haviam rasbiscos de lápis que tentaram ser removidos, mas ainda estavam ali. O tapete tinha sido recentemente aspirado e mesmo assim era possível ver alguns farelos entre os pelo. Nem meu cachorro fazia tanta sujeira. Talvez eu devesse tentar usar o adestrador do scooby com aquelas coisinhas.

—Olá. —Tomei um susto e pulei do sofá ficando em pé encarando a pequena coisinha atrás do sofá, ela tinha um sorriso diabólico estampado no rosto. —Você é o namolado da minha mãe? —Mordi minha bochecha e encarei ela não sabendo o que fazer. Confirmar seria a melhor opção, mas eu não fazia ideia do que a Bella tinha dito sobre o nosso relacionamento a elas então optei por ficar com a boca fechada. —Nos não gostamos de você então vai embola. —Ela tinha um problema com o R e eu quase debochei disso, mas me contive buscando me lembrar as palavras do meu irmão ontem quando eu fui pedir socorro a ele. “Edward são apenas crianças deixe de ser frouxo.”

—Bom eu também não gosto de vocês estão estamos quites. —Nem pensei muito enquanto dizia a ela como eu me sentia. Ela arrumou seus óculos no rosto e eu podia jurar que os olhos dela se encheram de lágrimas, implorei aos céus que ela não começasse a chorar ali. Eu não sabia lidar com choro, de crianças muito menos.

—Vo conta tudo pla minha mãe. —Ela saiu correndo antes que eu conseguisse fazer qualquer coisa para impedir. Óbvio que se ela falasse qualquer coisa eu diria que era mentira, e seria bem evidente que a Isabella acreditaria em mim.

Antes de voltar a sentar no sofá eu olhei atrás para ter certeza de que não teria mais ninguém escondido ali pronto para me dar algum susto. Meus olhos foram atraídos para a parede completamente colorida, desenhos de lápis cobriam toda a metade da parede, onde o sofá escondia, que antes era branca. Alguns lápis, gizes e canetinhas estavam jogadas ao chão e um pincel. Realmente não existia nenhum tipo de adestramento ali. Peguei meu telefone pronto para mandar uma atualização do meu estado ao Emmett, ele tinha sido maluco de ter tido um filho recentemente então saberia me dar conselhos importantes para sobreviver aquela experiência, seria apenas alguns encontros até que eu finalmente conseguisse me casar com a Isabella e logo depois eu convenceria ela a colocar aquelas coisinhas em uma escola interna na qual elas só sairiam quando pudesse conviver em sociedade. Desbloquei o celular já tinha uma mensagem do meu irmão perguntando como estava tudo e alguns emoticons de gargalhadas, só ele para achar graça da minha desgraça.

—Edward? —Tirei meus olhos do celular e voltei a bloquear a tela deixando meu irmão esperando por mais um tempo. —Você disse pra Sophie que não gosta dela? —Coisinha fofoqueira.

—Você já viu o que ela fez atrás do sofá? —Mudei de assunto. Não queria que houvesse mentiras no nosso relacionamento.

—O que ela fez? —Se inclinou sobre e viu o que eu dizia. Assim que viu o tamanho do estrago causado na sua parede pela coisinha de um metro ela gritou me dando outro susto. Aquela com certeza não era minha namorada, minha namorada não ficava com raiva e muito menos ficava gritando. —Sophie desça já aqui. —Por um segundo fiquei com pena daquela pestinha, mas passou quando eu lembrei que ela disse que não gostava de mim e se ela de cara não gostava de mim eu também não precisava gostar dela e nem sentir pena.

—Sim mamãe. – Olhando daquela forma ela realmente parecia apenas uma coisinha indefesa e inocente.

—O que eu já falei de riscar as paredes da casa? – Ela perguntou e não deu tempo para a menina responder. —Você está de castigo, você vai perder duas aulas no mínimo de balé para limpar toda aquela sujeira que você causou e só vai voltar quando aquilo estiver branquinho.

—Mas mãe a apresentação é em breve e eu não posso perder as aulas se não eu vou ser tirada do papel principal. —A menina parecia muito mal e eu quis ri dela, era divertido ver ela se ferrando.

—Pensasse nisso antes de rabiscar as paredes.

—Desculpe, po favo, eu limpo tudinho e nunca mais faço. —Ela juntou as mãozinhas em um sinal de implorando. As palavras nem saíram da boca da Isabella e eu já sabia que ela cederia. Revirei os olhos chateado em como ela tinha sido fraca.

—Eu já ouvi esse discurso antes mocinha.

—Não tem discuso nenhum eu julo juladinho. —Eu quase ri de como as palavras se embolavam.

—Vou te dar uma única chance e eu quero isso limpo, amanhã quando você chegar da escola.

A menininha correu pra a mãe e abraçou pelas pernas.

—Eu te amo mamãe. —Simples assim.

—Eu também te amo meu docinho. —Ela realmente tinha colocado o apelido das crianças como doces. Tinha a Jujuba, e agora docinho.

—Estou pronta. – A ruivinha tinha voltado e tinha o cabelo preso pra trás.

—Está linda. Cadê suas irmãs?

—A Tess não quer colocar a roupa. —A Isabella suspirou fundo e voltou a se virar pra mim, mas uma vez antes que as palavras saíssem eu já sabia o que ela iria dizer então me adiantei.

—Fique a vontade. – Ela me deu um sorriso constrangido e se voltou as duas meninas.

—Se comportem se não vão as duas ficar de castigo por tanto tempo que só iram sair quando estiverem grande. – Eu quase torci pra que elas não se comportassem apenas pra ter o prazer de ver elas de castigo por todo esse tempo.

Voltei a me sentar no sofá e peguei uma revista para me manter ocupado enquanto esperava ela retornar. Já na primeira página dava pra ver alguns rabiscos, olhei pra desenhista e mesmo mal conhecendo a garota eu sabia que aquilo era obra dela. Quando ela me deu a língua eu voltei a focar em folhear a revista, era um conteúdo de design, e rapidamente conseguiu minha atenção.

—Por que você não vai embora? – Encarei a ruivinha vendo que ela tinha uma expressão curiosa no rosto.

—Sua mãe me convidou para o jantar. – Ela balançou os ombros.

—Essa é a nossa casa e não queremos você aqui.

—Sua mãe é a dona da casa não você e só ela pode retirar o convite. —Eu não perderia a oportunidade de provocá-la. Estava sendo mais fácil do que eu esperava.

Ela ia dizer alguma coisa mais um homem entrou na sala, ele se vestia de forma profissional todo de branco. Ele era completamente assustador, devia ser alguns centímetros mais alto do que eu e tinha bastante músculos não era grande coisa se comparado ao Emmett, mas me faria parecer um fracote.

—Algum problema? —Ele perguntou direto a menina ruiva.

—Não eu só estava conversando com ele. —Ele olhou pra ela como se não acreditasse nem um pouco naquilo.

—Sentem-se tenho certeza de que ele não morde e sua mãe e irmãs já estão descendo.

—Se ele me morde eu mordo ele de volta. —A ruivinha veio andando cheia de atitudes e se sentou no sofá o mais distante possível de mim, o lugar era mais alto do que as curtas pernas dela. Foi engraçado. A outra deu a mão ao homem, claramente com receio. Quando falou que não gostava de mim não parecia em nada com aquela agora que aparentava está com medo.

—Ninguém vai morder ninguém. —Repreendeu o homem.

Me levantei e estendi a mão me apresentando.

—Edward Cullen, eu sou ... amigo da Isabella. –Não gostava de me apresentar assim, mas eu seguiria o jeito da Isabella e como ela tinha me apresentado como amigo.

Ele pegou minha mão e apertou.

—Jacob, eu cuido dessas princesinhas. —Não sei onde ele estavam vendo princesinhas. Mas dei apenas um breve sorriso.

Os passos do calçado da Isabella batendo no piso atraiu nossa atenção e ela entrou na sala com duas copias exatas da menininha loira, não eram parecidas, eram simplesmente iguais.

—Por que só ela é diferente? – Não resistir, eu precisava saber e mesmo tendo certeza de que ela devia ter falado comigo em algum momento sobre aquilo já devia ter ficado claro que eu não tinha escutado.

—Edward. – A tom de voz da Isabella deixava claro que ela estava me repreendendo, só não entendi por quê.

—Eu não sou filha da minha mãe. —A coisinha ruiva me respondeu e desceu do sofá indo para perto da mãe. A Frase tinha soado extremamente confusa. Como assim era não era filha da Isabella, será que tinha mais uma criança? Ela ontem disse quatro não sei se estava pronto pra cinco. Não, pera. Não existe isso de não sei. Era bem evidente que eu não estava.

—Pare de falar isso Maria Julia. Você é minha filha e pronto. —A Isabella puxou a ruivinha para um abraço, todos me olhavam como se eu fosse culpado eu apenas não entendi o culpado de que.

—Não entendi. – Não era justo me deixarem na curiosidade.

—Agora não Edward. —A Isabella me deu um olhar que simplesmente me fez recuar. Se eu pensei que no hotel ela estava irritada, aquele episodio não era nada comparado aquela expressão que ela me lançava. —Essas são Thereza e Valentina. —Ela apontou para as duas Xerox da primeira menininha loira que eu tinha conhecido indicando cada uma, enquanto elas permanecessem naquela ordem eu saberia dizer quem era quem.

Não sabia o que fazer.

—Meninas esse é o Edward. —Ela apontou pra mim. —Cumprimentem ele.

—Olá. —Uma delas caminhou na minha direção e me estendeu a mão. Respirei fundo tentando me convencer que era apenas uma menininha e que não ia me fazer mal, pela apresentação da Isabella tinha sido a chamada Thereza que se aproximou de mim. Mas era tão difícil quando ela ficava tão próxima de mim.

—Oi. – Ergui minha mão e levei até ela apenas tocando a mão dela e rapidamente me afastei colocando a mão no bolso.

—Oi. —A outra, Valentina, falou tão baixinho que me mal deu pra escutar.

—Oi.

—Podemos ir jantar? —Amém não via a hora de sair daquela casa. Eu mal tinha tido tempo com a Isabella e podia apostar que com aquelas meninas ali dificilmente eu teria. —Já está pronto.

—Claro.

—Lavar a mão meninas.

Aquele Jacob levou as coisinhas pra longe e eu suspirei agradecido, de onde estávamos era possível ouvir a falação.

—Tudo bem Edward?

—Sim. Tudo...bem. – Nada bem e eu não queria está ali, mas se eu queria ela, pelo menos tentar alguma coisa eu precisava passar por aquele estagio.

—Você parece que está enfrentando uma sessão de tortura. Se você não quer está aqui pode ir. – Ela parecia cansada e com muito medo. Ela tinha definido muito bem era assim que eu me sentia em uma sessão de tortura.

—Não, eu só não sei me comportar perto de crianças. – Resolvi ser o máximo sincero que eu consegui.

Ela me deu um sorriso gostoso e eu não resisti puxando ela para mais perto de mim.

—Eu posso te ajudar com isso. Tenho quatro. – Eu ri mesmo não achando aquilo muito engraçado. Ela estava tentando me deixar mais confortável e estando só com ela não parecia tão ruim.

Me aproximei e encostei meus lábios aos dela, subi minhas mãos até a nuca dela e a puxei pra mim beijando-a. Minha língua experimentou os lábios dela antes que eu conseguisse ao menos concluir o beijo as vozes foram ficando mais próximas e ela me afastou.

—Nossa vez de lavar as mãos. – Anunciou e me puxou pela mão me levando pelo mesmo caminho que as criaturinhas tinham seguido.

[Cont...]

Notas Finais

Vamos começar agradecendo por todos os comentários e por todos os acompanhamentos. Já são mais de 70 pessoas acompanhando e para um único capítulo isso com toda certeza é muito. Então sejam bem vindos.
Esse capítulo não está tão engraçado, mas tem algumas informações importantes pra trama.
Comentem!
Indiquem a fanfic aos amigos (e aos inimigos também), por favor.
Respondendo alguns duvidas:
1. O Edward não possui nenhum trauma ou história que justifique o seu não gostar de crianças é apenas algo dele.
2. Não possuo dias certos de postagens. Conforme vocês forem legais comigo eu serei legal com vocês. Mas vou tentar ao minimo um capitulo por semana. Capítulo não betado.
23/04/2019

As filhas da minha noiva - Capítulo 03

Edward Cullen

Sentei-me em frente a Isabella e aquela visão seria o suficiente para me distrair da coisa toda. Uma das loirinhas se sentou ao meu lado e ao lado dela sentou a outra. A ruiva, que devo acrescentar não saber o motivo exato de ela ser a diferente, mas se fosse pra chutar eu diria que aquela era a única filha de sangue da Isabella, já que era a que mais se parecia, e se eu tinha que conseguir convencê-la a colocar todas elas em uma escola interna, sem o laço de sangue seria bem mais fácil. Mas a frase da menininha me deixou confuso não adiantava ficar especulando só quando eu conseguisse perguntar a Isabella que eu saberia o que aconteceu. Assim que eu tivesse sozinho com a Isabella eu faria questão de voltar aquele assunto e descobrir exatamente o que tinha ali.

Eu sabia que não podia ser só coisa da minha cabeça, e a reação da Isabella tinha sido evidencia mais do que clara que tinha mais e eu era bem curioso para apenas deixar pra lá.

O jantar foi servido e aquele homem que eu julguei ser o babá se sentou ao lado da loirinha do mesmo lado que a Isabella. Eu não sabia ao certo o que achar daquela situação, nem mesmo sabia que aquela profissão podia ser exercida por homens. Só podia desejar sorte para que ele conseguir aguentar aquelas quatro coisinhas a Isabella devia manter o salário dele bem alto para compensar.

Comecei a comer em silêncio não conseguindo me enturmar no assunto que as crianças conduziam com energia, algo sobre bale e escola, tinta e qualquer outra merda dessas. O melhor que eu podia fazer era usar da mesma estratégia que eu usava com a Isabella antes e apenas fingir ouvir.

Senti uma mãozinha na minha perna e percebi que a menina do meu lado estava falando comigo.

—Sim? —Afastei com o máximo de delicadeza a mão dela da minha coxa.

—Corta pra mim. —Ela apontou para o bife. Senti-me tentado a resmunga. Se ela já fosse maior ela faria aquilo sem precisar da minha ajuda.

—Claro. —Eu era resmungão, mas não me mataria fazer aquilo. Cortei o bife em pequenos cubinhos e ela me deu um sorriso de agradecimento. Ela até que comia bem e não fazia tanta sujeira quando eu imaginei que pudesse fazer. Voltei meus olhos a Isabella e ela me encarava com um sorriso bobo no rosto revirei os olhos diante do comportamento dela. Estava cada segundo mais claro que ela iria acabar confundindo tudo e se enchendo de esperanças estúpidas.

[...]

O jantar tinha ocorrido bem e depois de um tempo de com conversa e um pouco mais de tempo sozinho porque ela foi ajudar aquelas meninas a escovar os dentes conseguimos um tempo sozinho, ela disse que as crianças foram assistir a um filme com o tal Jacob na sala de TV.

—Então o que você achou? —Precisei de alguns segundos pra pensar bem em um elogio por mais difícil que fosse.

—É foi...legal. —Até aquele momento não tinha sido nada legal, mas eu precisava passar por aquilo.

—Durante todo o jantar parecia que tinha alguém enfiando uma agulha em baixo de suas unhas. —Observadora extremamente observadora e isso era a porra de um grande problema. —Você não precisa está aqui se não quiser.

—Eu só não entendo o porquê eu tenho que ficar próximo a elas, não é como se você esperasse que eu fosse o pai delas né? —Eu deveria manter minha boca fechada pra conseguir ficar com ela, mas também não queria enganar ela com falsas esperanças.

—Não Edward, eu não quero que você seja pai delas elas já tem pai. O que eu quero é entender como você enxerga essa situação, o que você acha que vai acontecer? Como é que isso vai funcionar? Se você quer ficar comigo elas são parte do pacote. Só que se isso for pra frente você vai ser o padrasto delas e o mínimo de maturidade você deve ter. —Ela passou a mão pelo rosto em uma típica atitude cansada, também com quatro crianças era de se esperar que sempre estivesse no limite.

Aproximei-me dela no sofá e a abracei.

—Eu só não sei o que fazer e nem como conseguir fazer isso dá certo. —Confessou.

—Talvez precisamos dá um tempo. —Propôs e eu bufei, ela novamente estava voltando aquele assunto.

—Vamos conseguir dá um jeito. —Prometi, mesmo que eu só visse um jeito possível e ainda levaria algum tempo pra conseguir convencer ela.

—Mas me conte. Porque só uma delas é diferente? —Ela se afastou dos meus braços e me encarou zangada. —O que não tem nenhuma delas por perto.

—Elas sabem não é um segredo só não é um assunto que gostamos muito de falar por aqui e eu já te falei e é até difícil colocar em palavras o quanto eu fico irritada toda vez que percebo que você não presta atenção no que eu falo.

Estava explicado o porquê a irritação.

—Eu juro que presto.

—A Julia. —Forcei minha mente nas apresentações e percebendo minha confusão ela esclareceu. —A ruivinha.

—Sim. —Ninguém podia me condenar por confundir os nomes, ela tinha três coisinhas que eram completamente iguais.

—Ela não é minha filha de sangue. Quando eu estava grávida das trigêmeas, eu descobri que meu marido tinha me traído e que essa mulher também estava grávida. —Eu já tinha ouvido histórias de como o ex-marido dela, James, era um cretino. Mas engravidar alguém enquanto a esposa estava grávida de três era o auge. E eu achando que o idiota era eu por está apaixonado por alguém que tinha quatro crianças e não gostar nenhum um pouco de crianças.

—Uau. —Eu não sabia o que dizer.

— Eu não terminei com ele quando descobri a traição eu tinha três bebês dentro de mim e não queria de forma nenhuma fazer aquilo sozinha. Quando eu completei meus sete meses de gravidez a médica recomendou que eu me internasse já que a parti daquele momento elas podiam nascer em qualquer momento e como eu tinha um preocupante aumento da pressão ela queria garantir a nossa segurança. O James sempre vinha me visitar a noite e em uma dessas noite ele me comunicou que o bebê da amante dele tinha nascido e que a mulher tinha morrido no parto e ele não sabia o que fazer com o bebê que agora era dele. —Não posso dizer que eu não o entendia porque eu entendia completamente, eu também não saberia o que fazer com um bebê.

—Chato em.

—Chato é pouco e quando ele disse que estava considerando dá a criança para a adoção eu devia ter percebido o merda que ele era. —Como eu poderia julgá-lo pra mim todas as crianças deviam ir para uma escola especializada nisso assim que nascessem, o que podia facilmente ser comparado a um orfanato. E mesmo assim eu não conseguia afastar aquele sentimento estranho.

—Ele é rico e poderia dá o mundo a filha e mesmo assim ele estava considerando dá ela.

—Sinto muito.

—Não sinta aquele dia eu tomei a decisão mais louca e importante da minha vida. Eu disse a ele que ele não daria a criança e que ficaríamos com ela. —Ela me deu um sorriso gentil e ali eu aumentei ainda mais minha admiração por aquela mulher, mesmo que achasse que ter um filho fosse uma coisa meio estúpida a ação dela tinha sido muito bonita e de uma força incrível. —Na minha cabeça eu pensava se tenho três posso dá conta de quatro.

Eu ri, não precisava ter feito aquela loucura de ser pai pra saber que não era tão fácil assim.

—Eu não queria ser mãe dela e nem disse ao James que eu seria. O que eu disse foi que nos só cuidaríamos dela, esse era o plano. Mas já no hospital eu comecei a me apegar demais nela, eu a amamentava porque tinha leite e isso criou uma ligação entre nós duas que ... E antes que eu conseguisse pensar a respeito ela já era minha. Então por favor, não fale que ela não é minha filha ou pergunte por que ela é diferente? Porque ela é minha filha independente de todo o resto.

—Pra ser sincero se eu tivesse eu chutar eu diria que ela era a única que era sua de sangue. —Ela riu alto. —Eu estou falando sério, os cabelos são um pouco mais claros que os seus, mas o formato do nariz é o mesmo e o jeitinho é completamente seu. —Não menti. O silêncio durante o jantar me deu muito o que observar e a menininha ruiva era muito parecia com a Isabella, os gestos a forma desconfiada de olhar, a criança tinha muito da mulher na minha frente muito mais do que as copias.

—Muita gente diz isso. —Refletiu.

—E é verdade. —Garanti. —As loirinhas não tem nada de você.

—Não fala isso. —Ela vez um biquinho e eu tive certeza de que ela estava brincando. —Elas herdaram muito do pai delas.

—Ele teve todo o trabalho. —Perturbei.

—Coitado de vocês dois. —Ela se inclinou e me beijou, puxei ela para mais perto junto nosso corpo ela se afastou como se tivesse levado um choque. —Temos crianças por perto e elas aparecem nos momentos mais importunos. Comporte-se. Quer ir ver um filme? —Isso significava passar mais uma boa parte do tempo com ela, mas também passar mais tempo perto daqueles monstrinhos e por mais que até aquele momento tudo tivesse caminhando muito em eu não queria arriscar.

—Eu tenho que revisar uns projetos, mas quem sabe outro dia?

—Claro.

Notas Finais

Esse capítulo está mais sério do que de eu queria. Mas é isso...
Já estamos chegando aos 100 acompanhamento e obrigada por todo o apoio e leitura.
Sejam bem vindos.
Vocês já viram as novidades que o nyah reserva? Eu não sei se estou pronta para dizer adeus as notas finais.

Não betado.
07/05/2019

As filhas da minha noiva - Capítulo 04

Isabella Swan

Sentei-me na cadeira alta e apoiei o corpo sobre o balcão sentindo o cansaço do dia, eu tinha concluído um trabalho cansativo de manhã enquanto o Jacob cuidava das minhas ferinhas, assim que terminei o que eu precisava fazer para o trabalho eu pude finalmente me dedicar a elas e elas cansavam, cansavam muito. E ainda tive o jantar com o Edward que tinha servido para me esgotar por completo.

—Quero que as coisas funcionem, mas eu sinto que estou pressionando ele acima do limite.

—Porque tão rápido? Eu pensei que você fosse do tipo que garantisse e fizesse um monte de testes antes de aproximar alguém das suas meninas. —No começo eu tinha sido muito preconceituosa com ele ser um homem e exercer a função de babá, mas minhas anjinhas não eram fáceis e ele se adaptou tão bem a elas e elas tão bem a ele.

—Eu estranhamente confio nele. E o conheço há uns dois anos, ele vivia indo até mim por causa do pai dele e você sabe disso, já conheço toda a família dele e ele já foi constantemente constrangido pelo irmão dele. Já sei de quase toda a vida dele inclusive todos os micos. —Os poucos encontros que eu tinha com o irmão dele eram sempre engraçados e principalmente depois que assumimos um relacionamento. O cara era um monstro bobo, daquele tipo que vimos em desenhos animados o qual o monstro não passa de um ser bozinho e extremamente amoroso. —Já fui apresentada como futura esposa para quase toda a família dele e ele não conhece ninguém da minha família, principalmente a parte mais importante dela. E foi um jantar nada demais.

—Pois é...

Respirei fundo e peguei uma colher pegando uma porção da sobremesa dele.

—Minha vida estava tão calma. Finalmente estava conseguindo viver sem a sombra do James. —Coloquei o doce na boca engolindo. —E agora ele chega e bagunça tudo de novo. O que eu vim fazer em Nova York?

Ele gargalhou com a colher na boca.

—Ganhar um salário assustadoramente alto. —Ele tinha acompanhando todo o assédio que eu tinha recebido da construtora Cullen e sabia o quanto eu relutei até enfim aceitar.

—Isso. —Não mudava o fato de que tinha sido exatamente isso que me fez aceitar. Mas também tinha o fato que eu queria me afastar do James, ele era um atraso na minha vida. Era o pai das minhas filhas e eu não me arrependia disso, só que não dava para conseguir manter a sanidade quando ele se aproximava usando as meninas.

—O James ligou? —Balancei a cabeça negando. As meninas estavam ficando cada vez mais rebelde e eu sabia que era por causa da ausência daquele filho da puta.

—Não e nem vai, ele ainda não aceitou que eu me mudei e vai descontar nela. —Elas eram crianças e não tinha como dizer a elas que o pai era um merda, então elas apenas se enchiam de esperança e ficava magoadas por ele não ligar o que deixou elas com raiva de mim por ter se mudado e tecnicamente as afastado do pai – não é como se morando no mesmo estado ele se esforçasse muito pra visitar as meninas. E isso estava refletindo até no desempenho escolar delas, principalmente no dá Julia, que sempre sentiu mais a ausência do pai, e que a cada momento ficava mais respondona.

Revirei os olhos com raiva, como eu podia ter me iludido tanto com um homem. E o mais estranho era que eu não conseguia me arrepender, mesmo com tudo que eu tinha passado eu amava demais as minhas filhas e com tudo que vinha acontecendo eu só precisava achar uma solução.

—E o que você vai fazer?

—Amanhã de manhã vou ligar pra ele em vídeo chamada e colocar elas pra falar antes que ele desligue com a desculpa de está ocupado.

—Bom plano.

—Isso é péssimo. —Soltei a colher em cima da bancada com raiva daquela situação toda. Queria saber onde eu tinha errado tanto na escolha do homem, eu tinha um dedo bem podre. —Vou dormir antes que minha cabeça exploda.

—Uma mulher bonita dessa dormindo sozinha. —Ele riu me provocando.

—Se você não fosse gay eu te convidaria para dormir comigo. —Provoquei usando a sexualidade dele.

[...]

Nunca na minha vida eu me arrependeria de ter escolhido o James pela única razão dele ter me dado às coisas mais importantes da minha vida, minhas filhas, sem ele tudo séria mais fácil só que eu não teria elas. Aquelas quatro coisinhas que me deixava cada vez mais loucas e ao mesmo tempo cada vez mais apaixonada.

Edward Cullen era a surpresa que eu não queria ter. Ele era tudo que eu esperava em um homem, mas desde o começo afastava completamente qualquer conversa sobre minhas filhas ou qualquer coisa relacionada a crianças. Mas eu estou apaixonada e quando se está assim deixamos muita coisa passar, foi assim com o James e eu percebi que estava fazendo o mesmo com o Edward. Deixando coisas importes passar e fechando os olhos para coisas que eu não podia, pelo meu bem e pelo das meninas eu sabia o que tinha que fazer. E mesmo tendo consciência de que era o melhor ainda sim era muito difícil apenas fazer o que era necessário.

Fechei os olhos querendo expulsar por completo aqueles pensamentos e limpar minha cabeça. Eu precisava dormir amanhã seria um dia complicado e eu tinha muita coisa pra fazer e algumas delas bem difíceis.

[...]

—Mamãe. Vamos ligar para o papai agora? —Encarei minha princesinha ruiva, os olhos dela brilhavam em expectativa. Às vezes eu me perguntava se não seria melhor ter mantido ela no escuro sobre a forma estranha em que ela tinha se tornado minha filha, talvez se não soubesse ela não teria tanta falta do pai.

—Eu vou ligar para o seu pai e ver se ele pode falar agora. —Fui firme, sabia que podia esperar de tudo quando ligava para o celular do James, uma vez ele tinha atendido ao telefone enquanto fodia uma mulher qualquer e uma outra vez essa mulher qualquer tinha atendido ao telefone dele completamente nua. As vídeos chamadas eram quase sempre uma péssima opção, mas elas precisavam mais do que só ouvir a voz dele, elas gostavam de vê-lo e pelo menos com elas ele fingia ser um pai decente. —Então vai tomar café com as suas irmãs e o Jacob enquanto eu ligo pra ele e se ele puder falar eu levo o telefone a vocês.

—E claro que ele vai querer falar com a gente. —O sorriso dela era incrível e grande me doía tanto ver como nossa separação tinha abalado a ela, que as vezes eu apenas me arrependia de ter deixado ele, o sexo era bom, ele me tratava bem na maioria das vezes e eu podia lidar com as constantes e inúmeras traições. Fechei os olhos me repreendendo por aqueles pensamentos, não era assim e não podia ser nunca. Eu sempre soube que eu merecia muito mais do que ele me oferecia e do que aquela relação falida me oferecia. Eu tentei muito, mas do que qualquer um teria suportado e foi por elas e por medo, não é nada fácil ter quatro crianças sozinhas. Elas ainda eram bebês quando eu tomei coragem e isso foi graças ao fato deu encontrar ele transando com a secretária no nosso sofá. Eu tinha chegado de uma viagem à casa dos meus pais e encontrado ele com o pau dentro da secretária. Não consegui fazer nada a não ser virar as costas e sair, ele veio atrás de mim e tentou se justificar. Mas caralho que ele me traia era óbvio, mas ele não tinha a decência de respeitar a nossa casa, a casa das nossas filhas.

Depois daquela ocasião não teve mais volta, eu apenas segui minha vida. Passei um tempo na casa dos meus pais, mesmo tendo o Jacob eu ainda precisava de ajuda – principalmente depois de terminar um casamento. Me reajustei e voltei a trabalhar o que ele não aceitou nada bem. Enquanto éramos casados eu desempenhava o papel perfeito de esposa perfeita, ficava em casa, cuidava das meninas e estava disposta a aparecer ao lado dele quando necessário (em um dos diversos jantares, ou jogos de tênis ou qualquer merda dessas). Ele surtou, gritou e quis me dá dinheiro para abandonar a minha carreira desde então ele vivia arrumando motivos para me atingir e me fazer mudar de ideia.

—Então vá. —Dei um tapinha de leve no bumbum dela e ela saiu correndo sumindo da minhas vistas.

Me sentei no sofá e peguei meu celular colocando a chamada em anônimo para ligar pra ele, se fosse meu número chamando ele ignoraria. Chamou até cair e eu tive que tentar uma segunda vez, na oitava chamada ele atendeu. Estava sem blusa e completamente suado.

—Isabella. —O rosto dele murchou quando me viu.

—Olá James. —Saudei tentando manter minha voz inalterada, eu tinha uma lista de coisas que eu precisava que ele ouvisse, mas não naquele momento. Aquela chamada era única e exclusivamente para ele falar com as meninas. —Suas filhas estão com saudades você ficou de ligar pra elas nessa semana.

—A semana já acabou? —Observei ele apoiando o telefone em algum lugar e se afastando pegando alguns pesos.

—Elas não são muito fã de esperar.

—Se você não tivesse se mudado eu poderia falar com elas com muito mais frequência. —Tive que respirar fundo dez vezes para não responder ele mal, não podíamos brigar, não se eu quisesse que ele realmente falasse com elas. Briga terminava com ele desligando o telefone na minha cara e se recusando a atender por dias, até mesmo quando eu ligava em anônimo. Eu estava começando a achar que ele mantinha aquele numero apenas pra mim.

Quando morávamos no mesmo estado, na mesma cidade e em bairros vizinhos, ainda sim ele não era um bom pai. Nunca buscava elas na escola – só quando eu tinha que ir ao emprego dele e chantagea-lo com um escândalo pra que ele fizesse essa pequena tarefa, ou atender quando elas ligavam nem isso ele fazia mesmo morando tão perto, uma ou outra vez quando ele queria relembrar os velhos tempos que ele aparecia para jantar, mas não por elas apenas para me tirar do sério e tentar entrar na minha calcinha no final da noite.

—Vou levar o telefone a elas. —Me levantei.

—Você está sexy com essa blusa. —O tom de voz dele era muito bom, mas não tinha o mesmo efeito de antes.

—Crianças o papai está no telefone. —Anunciei entrando na cozinha. Os gritos me fizeram querer tampa os ouvidos. Passei o telefone para a Valentina que estava na ponta e parecia a menos exaltada.

—Oi papai estava com muita saudade. —Meu coração ficou pequenininho e eu dei as costas a elas com medo de não conseguir conter o choro. Às vezes eu ficava com tanta raiva, mas com tanta raiva que eu só conseguia reagir chorando. Fui até o balcão da cozinha e peguei uma xícara depositando um pouco de café e virei para beber enquanto eu ficava ouvindo as coisas a conversa deles, o telefone já tinha mudado de mão e agora estava com uma Thereza falante demais. A voz dele era doce enquanto fingia que se interessava pelas coisas que elas falavam, pelo menos ele fingia bem.

Tomei um susto quando senti uma mão apertar meu ombro.

—Relaxa. Não se abale tanto. A culpa não é sua. —Encarei o Jacob sentindo meu coração aquecer, com as coisas que eu fazia ultimamente era bom ter um amigo e ele exercia muito bem esse papel, acho que ele não cuidava só das meninas, mas de mim também.

—Eu acho que preciso de dar um aumento. —Ele riu e me abraçou e naquele momento era tudo que eu precisava.

[Cont...]

Notas Finais

O James é um escroto já adianto logo. Sei que demorei, mas peço desculpas eu estava organizando algumas coisas sobre essa fanfic. Ainda não me decidi, mas... Pode ser que em breve teremos algumas mudanças no formato dos capítulos (porém não é nada muito impactante).

Não betado.
31/05/2019

As filhas da minha noiva - Capítulo 05

Edward Cullen

Queria que as coisas fossem um pouco mais fáceis encarei a Isabella sem entender o que estava acontecendo, eu não fazia ideia do porque ela está fazendo aquilo eu tinha feito exatamente o que ela queria tinha conhecido as filhas dela eu fui e fiz o meu melhor então não fazia sentindo ter passado por toda aquela tortura para que ela terminasse comigo.

—Eu gosto de você de verdade, mas não dá para embarcar em uma relação agora. Eu tenho quatro crianças, que ficou estampado na sua cara durante todo o jantar o quanto é demais pra você.

Eu a interrompi:

—E você vai terminar comigo por causa daquelas coisinhas. —So quando ela reagiu que eu percebi o que eu tinha dito.

—Aquelas “coisinhas” são a minha vida. —Ela quase cuspiu em mim quando repetia meu termo nada carinhoso. —Eu mataria por elas. —Olhei pra ela assustado. —Olha essa sua reação é claro que é demais pra você eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes.

—Isabella eu não sou o James. —Me doeu verdadeiramente que ela me compara com aquele homem eu sabia o quanto ele tinha sido um merda com ela e não era justo ela me comparar com ele, eu podia ter os meus defeitos, não eram poucos eu reconhecia, mas eu não era que nem ele.

—Eu sei. —Ela parecia um pouco culpada. Não resisti e me aproximei dela pegando a mão dela foi o máximo que eu consegui chegar.

—Nos podemos dar um jeito nisso e fazer dá certo.

Ela suspirou e me encarou. Seus olhos escuros brilhavam tentando conter a emoção, eu via como aquilo era difícil para ela e me fez relaxar. Se ela apenas tivesse cem por cento convicta da sua decisão eu sabia que seria quase impossível dissolve-la da ideia, mas a confusão brilhava nos olhos dela. Eu tinha tido quase trinta anos para me apaixonar e eu não queria apenas deixá-la ir sem ao menos lutar.

—Para fazer isso dá certo eu preciso que você me deixe saber exatamente o que você acha das minhas filhas e como podemos fazer isso dá certo.

Foi a minha vez de dá uma afastada dela não sabendo como reagir, eu não podia dizer a ela a verdade não se eu quisesse manter ela ali.

—Pode abandonar essa estratégia que você esteja tentando eu quero a verdade não vamos conseguir construir nada sobre mentiras.

Odiava quando ela tinha razão. Nenhum relacionamento sobreviveria a mentiras.

—Não gosto de crianças Isabella, não gosto mesmo. —Ela mordeu os lábios, mas se manteve em silêncio esperando. —É uma coisa que eu compararia a tortura.

—Eu tenho quatro. —Ela estava se controlando. —O que você sugere que eu faço com elas?

—Pensei que podíamos pagar um bom colégio interno, existem alguns maravilhosos e eu tenho certeza de que elas serão muito bem tratadas.

Ela gargalhou na minha cara e eu não precisei de mais nada para ter certeza de que eu tinha falado merda. Eu devia apenas ter insistido que conseguiríamos e não dado nenhuma opção, era tudo muito recente e eu percebi que aquele era um péssimo momento para meio que deixar claro que seria eu ou elas, porque era evidente que eu não tinha nenhuma chance e com toda certeza eu só percebi isso naquele momento.

—Você está completamente fora de si se acredita que isso é possível e pior ainda com essa sugestão estúpida só mostra o quanto você não me conhece. Agora é sério não podemos continuar com isso nunca vamos ter um relacionamento de verdade. Eu não tenho o direito de exigir de você o impossível e não é justo que você exija o mesmo de mim. —Ela chorou e aquilo me desestabilizou eu já tinha a breve consciência de como as mães viam os filhos, mas era diferente testemunhar aquilo. Eu me sentia mal em ver que eu era o responsável pelas lágrimas dela e a frase final dela fazia sentindo.

—Espero que podemos apenas continuar sendo colegas de trabalho. —Falei sentindo algo se partir naquele momento, mas como ela mesmo tinha me pedido eu não podia pedir a ela o impossível.

—Claro que sim.

Ela se aproximou de mim, e sem pena nenhuma do meu coração que ela tinha acabado de transformar em pedacinhos, se encostou em mim em um claro sinal de despedida e ficou na ponta dos pés e me beijou. O beijo em cada nota tinha o tom e o gosto de despedida. Não resisti e puxei ela para mais perto aprofundando o beijo. Se era para se despedir que fizéssemos direito. Eu tinha a sensação de que poderia ficar beijando ela por todo o tempo que eu jamais cansaria. Mas ela se afastou quando as coisas ganhavam forma e me direcionou um sorriso triste.

—Obrigada pelos bons momentos.

Não esperou nada de mim e saiu fechando a porta me deixando sozinho com a bagunça que ela tinha causado. Como eu tinha sido estúpido em apenas jogar toda aquela merda sobre ela quando eu sabia, porque sim eu sabia o que a minha frase causaria e no fundo talvez eu apenas tivesse expectativa de que ela me escolheria, só que naquele meio eu devia saber que jamais seria a primeira opção dela.

Sem pensar muito me virei jogando uma pasta que estava em cima da minha mesa no chão. Observei os papeis flutuando no ar e tocando o chão delicadamente e quis me socar pela bagunça que eu tinha provocado aquilo só faria com que eu tivesse que recolher tudo e reorganizar, mas trabalho o que naquele momento eu não precisava.

Fechei os olhos com força, levei a mão ao nariz apertando delicadamente querendo me acalmar. Não fazia ideia do que fazer. A única coisa que eu conseguia pensar era em correr atrás dela implorando por perdão e pedindo outra chance, eu podia procurar algum lugar que me ajudasse a interagir com aquelas coisinhas sem me sentir mal – devia ter algum lugar assim. Quebrar a sala toda (o que eu tinha vontade de fazer naquele momento não me traria paz).

Nunca fui de agir com a cabeça quente então peguei minhas coisas pessoais e sai da minha sala, precisava ir para casa. Dormir até amanhã me ajudaria a colocar os pensamentos em ordem e decidir qual era o melhor caminho a seguir.

—Filho. —Encontrei meu pai assim que sai da sala, fechei a porta para que ele não visse a bagunça que eu tinha causado e que deixaria para segunda. Eu podia ser filho do chefe, mas era tratado com mais rigor do que qualquer outro ali.

—Sim?

—Aconteceu alguma coisa? —Sua expressão mudou para preocupada. Minha mãe sempre dizia que eu era um livro aberto e que me ler era muito fácil.

Direcionei a ele o melhor sorriso que eu consegui.

—Apenas estou com um pouco de dor de cabeça. —Não queria que ele soubesse o que tinha acabado de acontecer. Não precisava do meu pai sabendo que eu tinha sido dispensado pela minha própria babaquice.

—Okay mais antes eu preciso dos detalhes do projeto da Slayver. —Fechei os olhos realmente sentindo minha cabeça doer. Os detalhes do projeto estavam naquele exato momento espalhados pelo chão da minha sala e se ele visse aquilo eu com certeza teria que ouvir um terrível discurso que naquele momento só não dava.

—Eu preciso decidir alguns outros pontos antes. —Na verdade já estava tudo decidido e caminhando a passos rápidos, eu queria aquele projeto e não deixaria ele dá para a Isabella. Sim, naquele ponto eu era um “filha da puta” mimado que não sabia dividir (okay, em muitos pontos eu era um “filho da puta” mimado), mas poxa antes dela chegar ali era obvio que um projeto como aquele seria meu e agora eu tinha que me esforçar o triplo para competir com ela e suas inovações brilhantes.

—Edward o projeto não é só seu e eu quero ver as mãos da senhorita Swan nele. Vocês sozinhos são ótimos, mas juntos não a descrição.

Ele podia falar aquilo pra ela né e assim talvez ela reconhecesse que devia ter algo que podíamos fazer a respeito do nosso problema. Não era que eu não a deixaria trabalhar no projeto eu já iria passar pra ela só que eu tinha feito uma coisa magnífica que não importava o quanto ela mexesse eu também brilharia.

—Eu sei. Segunda sem falta o projeto e os detalhes estarão na mesa dela.

—Okay. —Ele claramente não estava nada contente ele odiava quando as coisas não saiam do jeito dele – eu tinha puxado isso dele. —Boa noite filho.

—Boa noite pai.

Passei por ele pronto para ir até a minha secretária solicitar que ela avisasse que eu não queria ninguém na minha sala, principalmente o pessoal da limpeza – imagina o problema que eu teria se os papeis fossem todos para o lixo.

—Sua mãe vai convidar você para um almoço em família no domingo. —Acenei um positivo não que eu fosse, mas era bom que ele tivesse me alertado assim eu teria um tempo para preparar uma boa desculpa quando ela ligasse. Nada contra a minha família, mas naquele momento eu precisava de um momento longe da definição de família feliz.—Você está muito mal humorado, está precisando transar essa sua dor de cabeça vai passar rapidinho. —Revirei e não contive um sorriso, sim transar seria uma excelente alternativa para o meu problema, principalmente porque significaria que eu e a Isabella estávamos de bem – ela era a única pessoa que eu queria transar ultimamente, ela me completava de uma forma tão perfeita.

Cheguei à mesa da minha secretária e estava completamente vazio, o que era bem comum eu não fazia ideia do que acontecia que a Jessica apenas sumia toda vez que era necessário a presença dela e isso já estava ficando chato.

—Sua secretária precisa ser chamada atenção por essas ausências. —Meu pai tinha me alcançado rápido. Ninguém era mais ativo na construtora do que ele. Vivia caminhando pelos corredores, opinando em projetos e odiava portas fechadas eu era o único que desafiava essa “regra” – os privilégios de ser filho do dono, e quando ele cismava ele ia até as obras. Acho que isso era saudades do seu tempo de brilhar, hoje em dia ele se limitava a pouquíssimos projetos (tinha que ser algo que realmente despertasse o interesse dele) e como ele ficava sem nada pra fazer gostava de ficar abelhando o trabalho dos outros e se ele que era a pessoa mais tranquila em relação aos funcionários estava falando quem era eu para discordar.

—Eu já chamei a atenção dela. —Muitas e muitas vezes.

—Então você precisa ser um pouquinho mais firme. —Ele não diria com todas as letras, mas estava ali nas entrelinhas o claro “demita-a”.

—Segunda-feira eu resolvo isso agora preciso ir para casa. —Dei um tapinha no ombro dele.

—Você não vai esperar a Isabella?

Balancei a cabeça negando, tinha demorado para ele perguntar dela.

—Brigaram?

—Você é muito curioso pai. —Eu disse e nesse momento o elevador parou no meu andar abrindo as portas e lá dentro estava minha secretária, Jessica. Antes que ela saísse eu sinalizei um adeus para o meu pai e foquei na minha secretária. —Jessica pode me acompanhar até o térreo.

Os olhos dela se arregalaram, mas ela permaneceu dentro da caixa de metal me aguardando, possivelmente já sabia o que eu queria com ela.

—Senhor Cullen eu sei que não estava no meu posto de trabalho, mas a senhorita Swan estava chorando eu acompanhei até a garagem querendo garantir que ela estava realmente se sentindo bem. —Eu simplesmente parei com a revelação dela, ela parecia contida e decidida enquanto falávamos mais cedo. Saber que foi tudo um disfarce me fez me socar, eu costumava ser um namorado mais atento com as minhas ex – aquelas que não mereciam e com ela que realmente eu tinha a certeza de que era a pessoa certa eu estava fazendo tudo errado, parecia um menino completamente despreparado que não sabia tratar uma mulher.

—Ela ficou bem? —Não contive minha curiosidade.

—Não sei. —Deu um suspiro frustrado, no quesito se meter onde não era chamada ela e meu pai disputavam de forma bem acirrada sobre quem se metia mais na vida dos funcionários daquela construtora. O meu pai tinha até uma razão justificável, era a empresa dele, mas ela era apenas pela curiosidade mesmo e aquilo ficou bem evidente quando ela curiosamente me questionou.

—Vocês brigaram?

Passei a mão pelo cabelo irritado. Só podia estar ficando louco em dá confiança para a Jessica e sua curiosidade, amanhã eu e a Isabella seriamos o assunto por ali.

—Jessica eu entrei nesse elevador com a tarefa de demiti-la. —Observei detalhadamente ela receber a informação. Seus olhos saltaram do rosto de uma forma exagerada, talvez (só talvez) ela não parecesse surpresa com a possibilidade e com o histórico dela ficava tudo mais compreensível. —Só que eu não estou com cabeça para isso e pela primeira vez sua justificativa para ausência foi boa. —Não menti. —Então se você quer manter seu emprego aconselho-a se manter mais focada em sua função e que me avise quando precisar se ausentar.

—Eu sinto muito senhor Cullen. —Ela parecia saber que mais desculpas não funcionariam naquele momento.

—Não sinta apenas foque em sua função a partir de agora. —Ela assentiu. A pesada porta se abriu no estacionamento. Contive a porta e me voltei a ela lembrando da bagunça da minha sala. —Suba e garanta que minha sala permaneça vazia, nem mesmo a limpeza eu quero lá dentro e só volto segunda.

—Okay. —Sabia que podia contar com a descrição dela naquele quesito com toda a coisa da curiosidade incontida eu nunca tinha sequer desconfiado que ela fuxicasse na minha sala ou na sala de qualquer outro, o contrato de confidencialidade a deixava sempre no limite do que podia ou não ser dito, normalmente ela se apegava a fofocas pessoais e nada relacionado ao trabalho era repassado nem mesmo entre setores. Não devia ser tão interessante assim fofocar sobre projetos. Apenas por ela ter cuidado da Isabella, mesmo que fosse mais querendo algum detalhe para fofocar, tinha ajudado ela com mais única chance eu não seria mais tão bonzinho na próxima vez.

Agora o que eu precisava era ir para casa e colocar minha cabeça em ordem, para conseguir decidir qual seria o melhor caminho a seguir. Como eu faria para desfazer a merda que eu tinha feito e principalmente eu queria conseguir de alguma forma entender o que era aquela confusão dentro de mim, aquela confusão que estava me fazendo considerar o inconsiderável e pior ainda desejar ser diferente do que eu era e do que eu sempre me senti confortável sendo.

[Cont...]

Notas Finais

Finalmente a história está ganhando forma... Eu sei que eu prometi uma comédia romântica, mas não dá pra rir o tempo todo né???

As filhas da minha noiva - Capítulo 06

Edward Cullen

—Bom dia. —Ela me cumprimentou entrando na sala e eu tive que fazer meu melhor para não ir até ela e beijá-la. Ela estava mais bonita do que nunca, talvez se devesse ao fato de que eu tinha ficado evitando ela durante as duas semanas depois do nosso termino e minha mente não era tão fiel à realidade e esquecia traços importantes como os olhos dela eram bonitos e brilhavam, como o sorriso dela se estendia por todo o rosto de forma delicada e iluminava tudo ao redor. E isso por que era apenas aquilo que eu estava me permitindo olhar, se eu chegasse mais perto se eu deixasse meus olhos descerem um pouco mais eu veria o corpo responsável por me deixar completamente louco e pelos sonhos completamente impróprios que eu vinha tendo nessas últimas semanas desde que rompemos.

Aquela era a primeira vez que estavam no mesmo ambiente desde o nosso termino, não me envergonhava de dizer que estava fugindo dela e pela minha tarefa ser tão bem sucedida só podia significar que ela também não estava fazendo nenhum esforço para está perto de mim. Se ela queria aquilo eu só podia respeitar. Não tinha como, tinha algo que apenas me travava e eu jamais conseguiria ser o que ela precisava que eu fosse.

—Bom dia. —Eu respondi e abaixei meus olhos para o papel fazendo um esboço qualquer de uma construção de formas antigas, aquilo era apenas para me distrair. Não seria nada educado e nem inteligente passar toda aquela reunião encarando ela com cara de bobalhão – eu podia apostar que era assim que eu ficava quando a encarava.

Fiquei forçando a minha mente a lembrar de como quase sempre meus sonhos eróticos com ela terminavam com as filhas dela me assombrando me chamando de papai ou coisa assim. Eu tinha visto-as apenas uma vez e aquilo me deixou marcado de uma forma louca. Louca o suficiente para que eu ficasse com medo de dormir pelos pesadelos constantes, era como uma lembrança de que eu só teria o que eu queria se aceitasse o resto. Só que o resto era demais e eu não conseguiria lidar.

—Edward. —O tom de voz alterado chegou até mim me assustando e tirando meu foco dos pensamentos do que eu nunca conseguiria ter. Era meu pai. —Preciso da sua concentração aqui. —Ele disse mais calmo depois de perceber que eu estava novamente atento às palavras dele. —O que vocês têm pronto?

Seria difícil fazer uma apresentação decente já que todo o projeto tinha sido discutido através das nossas secretárias, que funcionaram como telefone sem fio, e e-mails extremamente profissionais e constrangedores. No papel estava tudo perfeito, mas para uma apresentação na frente do nosso chefe eu sabia que não agradaria nem um pouco nossa falta de conexão principalmente naquele estagio onde amanhã já apresentaríamos o projeto ao cliente. Seria bem mais prudente apenas que um de nos dois apresentássemos e o outro inventasse uma desculpa para ficar de fora da grande reunião assim seria menos constrangedor. Eu até me oferecia para me ausentar, mesmo que fosse um projeto que eu quisesse muito podia lidar com isso não era como se eu fosse perder os créditos ou algo assim seria apenas uma ausência motivada por um problema médico (qualquer coisa que minha mente conseguisse inventar).

Nos encaramos ao mesmo tempo, ambos sem saber o que fazer. Tomei frente explicando a parte que eu tinha executado em detalhes, em algum momento eu me perdi o slides estava organizado como se ela começasse a apresentar, o que fazia sentido já que a fachada era toda dela, e o mesmo aconteceu com os aspectos em 3D. Eu só queria socar minha cabeça na mesa. Ela acabou assumindo a parte dela o que foi ainda mais constrangedor por que tinha parte que tínhamos que apresentar juntos e ficávamos um esperando pelo outro e tudo desandava. Estávamos parecendo amadores. Meu pai não deixou aquilo chegar longe demais.

—Onde está o cérebro de vocês? —Minha cabeça já estava doendo antes mesmo dele começar o sermão. Era meu pai eu já sabia o quanto eu teria que ouvir. —Não quero nem saber. —Ele disse antes que qualquer um de nos pudéssemos responder, não que isso fosse realmente acontecer. —Vocês vão ficar nessa sala até entenderem essa merda de projeto e estarem prontos para uma apresentação adequada. E não estou nem ai para os problemas pessoais de vocês. Contratei os dois como profissionais e se não sabem se comportar assim eu demito os dois por justa causa. —Ela engoliu em seco. Podia apostar que era a primeira vez que recebia um esporo do chefe. —Não estou brincado. —Essa parte eu senti que foi diretamente para mim. —E amanhã eu quero os dois aqui duas horas antes do horário para me apresentar essa merda direito e se não tiver perfeito se considerem fora. —Ele realmente parecia está falando sério, seu rosto estava completamente vermelho como na vez em que eu peguei o carro preferido dele (que ele tinha pagado uma fortuna) e batido acidentalmente por está bêbado. Naquela vez ele tinha me colocado de castigo até a minha formatura da universidade me fazendo andar de transporte publico e me fazendo gastar toda a minha mesada pagando taxis.

Ele se levantou pegando seu notebook que ele nem tinha tido a oportunidade de abrir e saindo da sala.

Um silêncio pesado se instalou no ambiente e eu não sabia se eu queria rompe-lo, até porque as únicas coisas que passavam pela minha cabeça naquele momento era implorar para ela me perdoar então era melhor manter minha boca fechada.

Abri meu notebook querendo evitar ficar rabiscando como um desocupado e abri o projeto olhando, eu já conhecia ele de todos os aspectos eu podia ter apresentado tudo o que nos confundiu foi única e exclusivamente não saber quando eu devia parar, se ela queria apresentar a parte dela (normalmente era assim) ou se eu apresentaria tudo sozinho. E nossa falta de interação ficou muito mal disfarçada, talvez devêssemos chamar nossas secretárias e conversar por elas. Quis rir imaginando a infantilidade naquela atitude.

—Edward? —Ela chamou. Respirei fundo sabendo que uma hora ou outra eu precisaria fazer aquilo, a parte ruim de se namorar no trabalho. Quando chegava ao fim você apenas não podia evitar a pessoa para sempre tinha que ser maduro e encarar a situação – querendo ou não.

—Sim.

—Nos podemos ensaiar isso e acabar logo com esse clima? —Não fiz nenhum esforço em esconder meu descontentamento. Ela queria mesmo jogar a culpa em cima de mim, como se eu fosse o culpado por aquele clima. Ela tinha rompido comigo e não fez nada para deixar a situação no que podemos chamar de confortável então ela não tinha o direito de fazer aquilo.

—Claro. —Queria gritar com ela, mas não faria isso. Não iria complicar ainda mais o que já estava ruim. Não duvidava nada de que se fosse para demitir alguém meu pai me demitiria sem a menor cerimônia.

[...]

As horas passaram e fizemos nosso trabalho da forma mais profissional possível o que me surpreendeu muito, aquele clima constrangedor ainda estava ali, mas estávamos deixando o profissionalismo dar as cartas e as três horas que passando ali debatendo detalhes e conectando os pontos que faltavam foi produtivo.

Quando nos demos por satisfeitos eu apenas fechei meu notebook querendo sair de perto dela, tínhamos conseguido ter um bom comportamento por causa da ameaça de demissão, mas eu sabia que agora que nosso trabalho tinha terminado o único caminho era o pessoal e eu não podia lidar com isso.

—Edward. —Ela me chamou assim que eu me coloquei de pé.

Respirei fundo e passei a mão no meu cabelo tentando me acalmar. Deixei meus olhos irem até ela.

—Sim? —Ela piscou e eu pude ver bem ali na minha frente que ela estava se controlando para não chorar. Era bom saber que pelo menos eu não estava sofrendo sozinho.

—Eu gosto muito de você e sinto muito pelo que aconteceu. —Era pior ainda a sinceridade que transbordava da boca dela. —Queria que podemos apenas manter a amizade.

—Isso não é o suficiente. —Eu disse e sai da sala querendo evitar a tragédia que aconteceria se eu permanecesse ali. Eu acabaria implorando uma outra chance mesmo sabendo que não ia mudar nada, ela tinha quatro crianças que não tinha como desaparecer, eu tinha sugerido a única opção que parecia útil para mim que ela colocasse as crianças em uma escola interna, mas ela tinha negado e segundo meu irmão mais velho eu tinha sido um completo idiota e minha cunhada tinha tido que se fosse com ela eu teria saído dali com o nariz quebrado, mas o que era um nariz quando ela tinha partido meu coração?

Não fazia ideia de como eu tinha chegado a minha sala, mas parecia muito complicado respirar. Que droga eu realmente achei que as coisas seriam mais fáceis depois de algumas semanas e ela vem dizer que gosta de mim? Qual é da crueldade disso? O que ela esperava que eu fizesse? Assumir o papel que ela me pedia estava completamente fora do meu alcance e olha que eu tinha cogitado realmente isso e eu não sabia explicar o que eu sentia, era complexo demais para colocar em palavras, mas sendo obrigado eu diria que eu tinha pavor só de considerar.

Refiz o meu caminho evitando o corredor que me levaria até a minha sala e indo até o meu pai, eu nem tinha pensado muito sobre o assunto e já tinha tomado minha decisão não iria ficar me torturando daquele jeito. Eu trabalhava desde que conclui minha faculdade, nunca tinha tirado férias querendo agradar meu pai, eu era o filho do meio e sentia a necessidade de me destacar e por ser o único que seguiu os passos do meu pai – na arquitetura, eu queria está sempre em movimento para conseguir tudo que ele pudesse me passar para quando chegasse ao dia em que eu tivesse que assumir o papel dele eu fizesse aquilo com tanta habilidade quanto ele, mas não dava mais. Eu precisava de um tempo e se para isso eu precisasse pedir demissão eu o faria, tinha um bom currículo e podia conseguir meus próprios clientes sozinhos e até mesmo tentar embarcar em uma outra construtora.

—Boa tarde Siobam. —Cumprimentei a secretária do meu pai assim que eu cheguei a recepção dele.

—Boa tarde menino Edward. —Ela me tratou com carinho. Aquela mulher tinha feito parte de uma boa parte da minha vida, quando mais novo eu vinha ali ficar com o meu pai e quando ele estava ocupado era ela que cuidava de mim.

—Ele está ocupado?

Ela balançou a cabeça rindo.

—Golfe. —Onde ele descontava toda sua frustração. —Entre tenho certeza de que ele vai te ajudar seja no que você precise. —Nem precisei falar muito para ela saber que tinha alguma coisa errada, igual seria com a minha mãe – por isso que eu estava fugindo dela, diferente da Siobam que só aceitaria o que eu queria dá minha mãe iria arrancar de mim o que tinha de errado e eu só queria recorrer a ela no último momento.

—Obrigada.

Bati na porta e ouvi um entre contido o que demonstrava que ele estava concentrado. Abri a porta a tempo de ver ele dá uma tacada perfeita na mini pista de golfe que ocupava todo o sul da sala dele.

—O que você quer Edward? Passar mais vergonha? —Ele apontou o taco de golfe para mim. Mesmo com a frase babaca ele estava sorrindo o que indicava que não era tão ruim quando eu achei que seria depois da sala de reuniões desastrosa. —Vamos jogar uma partida filho. Golfe resolve tudo. —Achava muito difícil o golfe me ajudar naquela situação, principalmente levando em conta que eu era péssimo naquele esporte.

—Eu queria falar com o meu chefe e não com o meu pai. —Não era tão difícil assim separar os dois. O meu chefe gritaria comigo e me mandaria trabalhar o meu pai estava me chamando para jogar golfe no meio do expediente.

Ele largou o taco e se virou para mim, franzido o rosto e me estudando.

—Parece sério. —Ele se encostou na mesa dele e fez um sinal para que eu sentasse no sofá.

—E é. Eu quero tirar alguns meses de férias. —Fui direto ao ponto. Não tinha muito o que fazer a não ser trabalhar com total sinceridade.

—Você tem projetos pendentes e outros clientes na fila que fazem questão de você não é tão simples assim você falar que quer férias isso precisa ser planejado e estudado conforme sua agenda.

—Eu nunca tirei férias. —Lembrei.

—Por que não quis. —Rebateu. Sim, eu sabia que tinha sido uma escolha totalmente minha. —Isso é insano e você sabe disso. Conhece o suficiente dessa construtora para saber que não tem como funcionar assim.

—Então amanhã eu te entrego minha carta de demissão. —Por eu ser filho dele meu contrato era bem simples, nem teria como ele tentar me impedir a única coisa que eu precisaria era entregar todos os meus contratos antes de sair. Eu mesmo tinha redigido o contrato quando ainda era um estagiário, o texto se manteve o mesmo e eu só era alterado o valor conforme os anos passavam e eu me tornava mais requisitado.

—Você está ficando maluco? —Pelo tom que o rosto dele assumiu ele pode ver perfeitamente que eu não estava brincando. —Foda-se isso de falar com o seu chefe, seu chefe também é seu pai e você não pode pedir demissão da sua própria empresa.

—Na verdade eu posso. —Ele fechou as mãos em punho, sabia que seria difícil convencer ele principalmente sem que ele recorresse a minha mãe, mas eu estava realmente decidido. —Só preciso de um tempo. Não tenho cabeça para o trabalho agora e não quero causar nenhum problema apenas porque estou ... —Não sabia o que dizer, não queria confessar tudo ao meu pai.

—Ficando doido. —Ele completou e eu não neguei, aquela era uma definição que com certeza cabia ali, ela tinha tirado completamente minha razão. —Olha porque você não me conta o que aconteceu entre você a Issabella. —Não parecia nada movido a curiosidade, ele aparentava está preocupado.

Considerei a opção, seria bom conversar com alguém que teria bons conselhos para mim e que não ficaria rindo a cada frase ou me dando conselhos péssimos ou me chamando de estúpido (nesse último caso minha cunhada completamente).

—Isso vai ficar entre nos dois e você não vai envolver a mamãe nisso. —Pedi. Sentindo uma vontade gritante de falar.

—Se você parar com essa estupidez de demissão eu prometo.

—O problema é a Isabella, ou melhor, as filhas dela. —Fui direto ao ponto.

—E o que tem aqueles quatro anjinhos? —Ele sabia que ela tinha quatro crianças? Por que ele não me alertou? Ele melhor do que ninguém sabia que eu não tinha o menor jeito com crianças.

—Eu não gosto de crianças. —Serio que eu precisava lembrar. —E você sabe muito bem disso.

—Então porque você se envolveu com a Isabella? E nem vem me dizer que não sabia que ela tinha filhos porque quando você negociava a vinda dela sabia que esse era o maior empecilho. —Revirei os olhos, conclusão que todos chegavam eu era um idiota. Eu tinha me apaixonado e isso não era uma coisa que se escolhe apenas acontece e quando você vê pronto está fodido.

—Pensei que era uma criança.

Ele passou a mão pelos cabelos loiro, em uma mesma mania que eu tinha. Mesmo sendo fisicamente muito mais próximo da minha mãe, eu tinha herdado todos os jeitos e manias dele.

—O número mudaria algo? O Seu problema Edward não é que ela tem quatro filhos é que você não gosta de crianças ela podia ter um e o problema seria o mesmo. —Não neguei isso seria algo com certeza, mas talvez não tanto quanto quatro significava. —Se você tiver disposto a dar uma chance a um está disposto a dá a chance a quatro. —Aí estava eu não estava nem um pouco disposto a nada disso. —Não é fácil ser pai, mas de todos os meus filhos você é o que provavelmente melhor se daria nessa função. —Revirei os olhos, ele só podia está ficando maluco. —Isso de não gostar de crianças é completamente infundado e quando começa a influenciar na sua vida você precisa buscar ajudar.

—Eu não sou pai daquelas crianças e nem nunca vou ser. —Precisei reforçar. Eu queria ela como minha esposa e não um monte de filhos que eu nem tinha me divertido fazendo. —Supere que eu nunca vou te dar netos. —Ou talvez no futuro, bem lá pra frente, eu até podia considerar ter um filho nos meus termos. Com a criança sendo criada por gente especializada nisso.

—Okay talvez eu tenha me expressado errado, mas para ser parte da vida da Isabella, para você se casar com ela, você vai se tornar padrasto querendo ou não e não tem nada que você possa fazer sobre isso.

Passei a mão no rosto sentindo toda tensão. Aquela conversa não estava sendo nada agradável, só estava me fazendo lembrar o quão impotente eu estava diante de tudo aquilo.

—Ela poderia fazer e facilitar nossa vida. —Já estava me preparando para ser ofendido quando eu mais uma vez falasse sobre a sugestão que eu tinha dado a ela, porém se eu quisesse um bom conselho eu precisava ser completamente sincero e ele entender toda a minha “idiotice” era importante para que me ajudasse a reverter aquilo quando fosse necessário. —Se ela colocasse as crianças em uma escola internar poderíamos ser felizes, ter um casamento, viver nossas vidas sem ...

Ele respirou fundo e mudou o peso do corpo, meus olhos buscaram os dele e eu conseguia ver o quanto ele estava estudando e escolhendo bem as palavras que ele usaria.

—O que você ama nela? —Não estava esperando por aquela pergunta, mas não era algo difícil.

—Tudo. —Ele me olhou deixando claro que aquela resposta não valia.

—Me fale aquela que mais chamou sua atenção.

Não precisei pensar muito.

—Ela é completamente comprometida com o que ama e com o que quer. —Ele me encarou como se eu tivesse respondido alguma pergunta. Óbvio que a beleza dela não ficava atrás quando eu olhei para ela de narizinho empinado de longe eu já sabia que eu ficaria louco, mas foi quando começamos a conversar, quando ela me deixou por dentro de toda sua teimosia que eu me vi completamente perdido.

—Se ela tivesse aceitado sua proposta estúpida ela estaria deixando isso de lado apenas para te agradar.

—Queria que ela fosse comprometida a mim como ela é com aquelas garotas, ela nem hesitou em escolher elas. —Meu pai voltou a passar os dedos pelo cabelo cada vez mais impaciente diante da minha clara insegurança.

—E nem vai. Nenhuma mãe de verdade vai escolher um homem em vez dos seus filhos. Você sabe o que teria acontecido se eu tivesse feito esse tipo de proposta a sua mãe ou se eu se quer insinuasse afastar qualquer um de vocês dela eu teria sido posto para fora e isso não significa que ela não me ama só significa que o que ela sente por vocês é mais forte do que tudo o mesmo vale para mim se alguém algum dia quisesse me afastar de vocês eu não permitiria de forma nenhuma mesmo que isso tivesse que me fazer ter um sacrifício pessoal. Filhos são as coisas mais importantes na vida de uma pessoa e se você ama de verdade a Isabella você nem teria feito esse tipo de sugestão. —Encarei ele pensando nas palavras dele.

—Isso parece ser meio irracional.

—E é. Nem todo mundo é assim, algumas pessoas vão prezar o dinheiro, poder, luxuria, beleza, liberdade entre outras coisas. E eu não sou ninguém para julgar escolhas que não são minhas mais como um conselho se eu fosse você eu escolheria para viver ao seu lado aquela que prezasse a família, por que todo o resto passa, mas família de verdade e eu não estou me referindo a laços sanguíneos, vai está sempre com você e por você. Você encontrou uma pessoa assim que está ficando ao lado da família dela e fazendo de tudo para protegê-la se eu fosse você não perderia isso por causa de um medo bobo.

Eu me sentia ainda mais frustrado agora do que quando eu tinha entrado ali, nenhuma das minhas convicções estava no lugar. Ele tinha conseguido realmente foder ainda mais com a minha cabeça.

—Tenta procurar ajuda e entender o porquê essa sua fobia estranha. Crianças não te fizeram nada e são coisinhas trabalhosas mais encantadoras. —Ótimo agora eu precisava passar por tratamento psicológico. Eu estava bem do jeito que eu estava.

—Então eu tenho que abrir mão de tudo por ela? —Me parecia muito injusto.

—Não, abra mão de coisas por você. O medo é seu e você que quer ficar com ela. O que você não pode pedir é que ela deixe as filhas de lado e viva seguindo suas regras. O problema é seu não dela. E aprenda a ser profissional porque eu só vou te dar uma semana para você decidir o que quer fazer e como vai fazer depois você vai voltar ao trabalho e vai trabalhar com a Isabella como tem que ser. —Pelo menos eu teria uma semana longe. Eu iria conseguir decidir nesse tempo. Tinha que conseguir.

—Okay eu vou para casa. —Tudo bem.

—Mande sua secretária vir até minha sala eu preciso que ela me passe todas as informações sobre seus projetos em andamento. —Dei de ombros.

—Não tem nada em andamento que eu não possa resolver em casa, apenas a apresentação amanhã. Mas eu posso vir e tirar meu tempo depois disso. —Fui sincero já tinha passado pela pior parte amanhã teríamos que ser profissionais na frente dos clientes.

—Então até amanhã. Pense nas coisas que eu te falei. Tenho certeza de que se você quiser ajuda profissional sua mãe tem uma psicóloga muito boa. —Sério que ele achava que eu ia me consultar por causa daquela bobeira, era bem mais fácil apenas me manter longe de crianças.

—Dispenso. —Disse saindo da sala dele sem esperar que ele tentasse me convencer ao contrário.

Notas Finais

08/07/2019.

As filhas da minha noiva - Capítulo 07

Edward Cullen

Não aguentei ficar uma semana em casa, quanto mais tempo eu tinha mais espaço para pensar sobrava e quanto mais eu pensava sobre mais confuso eu ficava. E não pensar sobre meus problemas não era algo nem considerável, parecia que todos os meus pensamentos me levavam de volta a ela de uma forma nada elegante. Queria que uma alternativa mágica surgisse e me dissesse qual era o melhor caminho seguir em relação a ela ou uma solução que agradasse nos dois. Mas não, nada parecia verdadeiramente possível. O caminho que eu queria seguir ela ignorava fortemente, ou melhor, se quer considerava. Enquanto o caminho que para ela parecia certo era me obrigar a assumir a responsabilidade por um monte de filhos que não me pertenciam e isso eu não conseguia fazer só de imaginar essa situação eu sentia coceira por todo o meu corpo e uma insana vontade de me afogar. Sim eu preferia me afogar a ter crianças perto de mim.

Voltar a empresa significava de certa forma voltar a ela e sinceramente eu não me sentia nada pronto ou maduro para isso, queria chegar nela e cobrar uma explicação – mesmo que ela já tivesse me dado uma, mas como eu iria explicar a ela que aquilo não me aparentava grande coisa e nem motivo suficiente para romper o que tínhamos? Como eu diria sem machucá-la ou deixar ela ainda mais chateada comigo? O que me parecia melhor e mais sensato era apenas ignorar o que tínhamos e seguir em frente, seria melhor para mim e para ela. No futuro ela encontraria alguém capaz de suprir suas expectativas e eu encontraria alguém como eu pronta para seguir uma vida sem filhos de nenhuma forma. E ali longe dela parecia tão fácil, porém eu sabia que assim que eu encontrasse ela toda a convicção que eu sentia do que era certo sumiria como se nunca tivessem estado ali. Só que eu não via outra opção, precisaria ser forte e evitar ao máximo ela que eu conseguisse e quando não desse mais para evitá-la apenas agir da forma mais profissional possível. Eu era um bom profissional, e se eu tinha conseguido aguentar um ano e meio de estagio com a megera da Irina Denali, uma das mais antigas sociais do meu pai e amiga pessoal dele, eu podia agir de forma profissional com a Isabella. Pelo menos era isso que eu ficava repetindo esperando que fizesse algum sentido e convencesse meu subconsciente.

[...]

—Eu pensei em modernizarmos um pouco mais o desenho da fachada. —Ela usou o lápis e o papel para modificar um pouco os contornos e eu queria dizer que estava atento ao que ela desenhava no papel, mas meus olhos estavam focado nos traços do pescoço dela que estava completamente exposto pela blusa que ela tinha escolhido e o cabelo preso em um coque no alto da cabeça deixava ainda mais sexy. Nunca tinha percebido o quão bonito era o pescoço dela até aquele momento. Pela minha altura eu tinha uma visão privilegiada do pescoço dela, a pele inocente exposta estava bagunçando completamente meus pensamentos. Isso sem falar do cheiro do seu perfume que com a proximidade se tornava bem presente em cada pedacinho do ambiente, deixando nem um rastro de ar limpo para que eu conseguisse clarear minha cabeça para pensar com nitidez.

—Edward? —O tom de voz elevado que ela usava foi o que me fez voltar a realidade do que estávamos fazendo, eu não tinha escutado nada do que ela falou, mas o desenho estava bonito e bem mais chamativo do que o primeiro esboço, o que eu não achava que se adequava ao que o cliente tinha pedido. Eu percebia que ela tinha muito para falar, mas parecia que as palavras tinham se perdido e ela apenas me encarava. Olho no olho. Ela estava tão perto que eu era capaz de sentir a vibração dela em mim. A língua dela traçou um caminho inconsciente pelo lábio inferior e eu não resisti me aproximando, aproximando nossos rostos. Meus lábios tocaram os dela e diante da completa aceitação movi os lábios dela buscando abertura, as mãos dela foram para minha nuca e me puxaram mais para ela, estarmos em cadeiras diferentes o que tornava nosso contato limitado. Nossos lábios se moviam em sincronia com urgência. Não resisti e levei minha mão à cintura dela puxando-a para cima, ela se levantou da cadeira e ficou de pé. Puxei-a para mim e ela se sentou no meu colo. Nós movíamos em um ritmo alucinante buscando cada vez mais sentir o corpo um do outro.

Ela afastou gentilmente os lábios dos meus enquanto eu me movia meus lábios pelo pescoço dela. Um gemido alto me deixou ainda mais estimulado e ousado.

—Edward. —Saiu como um gemido arrastado. —Alguém pode pegar a gente. —Sua voz não tinha nenhuma convicção. Era como se ela fizesse algum esforço para se importar.

—Já é muito tarde a maioria já deve ter ido embora. —E estávamos na sala da reunião era bem afastada e não tinha motivo de chegar ninguém ali.

—Edward... —Voltei a beijar ela interrompendo qualquer pensamento. Desci com as mãos pelas costas dela alcançando a bunda dela, a segurei e levantei com ela. Meus olhos percorreram o lugar buscando um lugar onde apoiar ela, a mesa de vidro não parecia muito confiável então nos movi para o chão. —Serio? —Ela perguntou ofegante e rindo, sua vibração deslizou pelo meu corpo que estava em cima dela.

—Muito.

Não deixei que ela falasse mais nada e me encaixei no meio das pernas dela e voltei a colar a boca na dela. Minhas mãos foram a sai erguendo-a o máximo que a posição permitia. Ela levou a minha calça com a mesma presa que eu parecia ter e desafivelou o cinto, logo em seguida abrindo minha calça. Ela puxou o tecido para baixo ganhando maior acesso a minha cueca.

—Camisinha? —Ela perguntou. Sabia que ela tinha alergia a outros métodos anticoncepcionais e que a camisinha era a única maneira dela não ter engravidar.

—Carteira. No bolso. —Ela tateou minha perna em busca da carteira, mas era difícil ela conseguir muito naquela posição.

Ergui meu corpo sentando sobre minhas pernas e tirando a calça pegando minha carteira e retirando uma camisinha, puxei a cueca deixando meu pau amostra e deslizando a camisinha pelo meu comprimento.

Ela estava no mesmo ritmo que eu e tirou a calcinha, erguendo a saia até a cintura. Sua intimidade brilhava com sua excitação o que me deixava ainda mais louco de vontade dela. Ergui minha mão alcançando a intimidade dela e movendo meus dedos deixando-a ainda mais excitada.

—Temos que ser rápido. —Ela me repreendeu com um gemido.

Coloquei-me sobre ela movendo meu pau para dentro dela penetrando-a com uma única estocada. Ela gemeu em total aceitação. Comecei a estocar dentro e fora, alcançando um ritmo alucinante que fazia com que nos dois perdesse o controle lutando cada vez mais em busca do nosso prazer.

[...]

—Eu não acredito que acabamos de transar na sala de reunião. —Ela não aparentava está chateada ou arrependida, um sorriso brincava no rosto dela e ela estava apoiada no meu peito.

Não disse nada respondi apenas com um sorriso.

—Seu pai pode demitir nos dois por causa disso. —Ela ainda parecia completamente despreocupada.

—Não tem como ele saber, aqui felizmente não possui sistema de segurança. —Eu como filho do chefe conhecia todos os pontos cegos do sistema de segurança. —O máximo que ele pode descobrir é que trabalhamos até tarde, bem tarde. —Em um chute eu podia dizer que já devia ser algo perto das dez da noite, horário muito acima do nosso.

—Estava com saudades. —A voz dela estava sofrida. Como se estivesse com vergonha daquela confissão.

—Você terminou comigo. —Lembrei.

—Porque era o certo a ser feito, eu não podia ficar com você sendo que você não gosta das minhas filhas. —Suspirei não querendo voltar aquele assunto de novo.

—Eu gosto muito de você. —Era o máximo que eu podia falar.

—Sei que sim e eu gosto muito de você também, mas não posso oferecer mais do que isso. —Ela me encarou com os olhos brilhando.

—Você quer dizer?

—Nos poderíamos ter o sexo e a amizade. —De novo aquela proposta estúpida. Mas pensando bem talvez fosse melhor aquilo do que nada.

—Eu quero mais do que isso. Eu sei que você é a mulher certa para mim. —Minhas palavras vibravam transbordando sinceridade.

—Pensei realmente que esse tempo serviria para colocar algum tipo de juízo na sua cabeça, mas vejo que eu me enganei. —Ela se levantou do meu peito sendo mais rápida do que eu consegui reagir e impedi-la. —Acho melhor eu ir embora.

Ela pegou sua blusa, que eu tinha tirado em algum momento durante nosso sexo, e vestiu deixando os botões abertos e pegou sua calcinha ficando de pé e vestindo.

—Isabella? —Tentei atrair a atenção dela de volta de mim.

—Preciso ir. —Não me deu nenhuma confiança. Colocou a blusa por dentro da saia e começou a fechar os botões com uma habilidade impressionante. Me levantei vestindo minha cueca e a calça. Segurei o braço dela e impedi os movimentos.

—Me desculpa. —Estava sendo sincero. —Eu realmente sinto muito. —Levei minha mão ao pescoço dela e puxei o rosto dela para o meu e a beijei. Começou com delicadeza e ela não retribuiu, mas alguns segundos apenas forçando e ela fluiu com muita aceitação.

Ela me encarou como se buscasse alguma verdade em mim e eu realmente me arrependia de agir daquela forma porque eu sabia que aquilo a machucava. Sabia que devia pensar melhor nas minhas palavras antes de abrir minha boca e falar merda.

—Por que apenas não tentamos do meu jeito? Não precisamos realmente nos casar ou qualquer merda dessas podemos apenas ter o melhor de um relacionamento. —Minha mente estava trabalhando considerando aquela probabilidade. Nos tínhamos tido um bom começo, nossos primeiros meses eram aquele cenário que ela pintava. Conversávamos muito, transávamos e nos divertíamos acima de tudo, sem nenhum tipo de cobrança ou qualquer merda do tipo, sem que eu precisasse lidar com as filhas dela. Só aquilo deixou tudo muito claro para mim.

—Okay acho que podemos tentar. —Ela me deu um sorriso e se inclinou tocando os lábios na minha bochecha.

—Eu te amo. —Ela disse entre os beijos que ela depositava no meu rosto. Como se percebesse o que tinha dito e a dimensão do que aquilo significava ela se conteve. —Amigos coloridos não podem dizer isso certo?

—Não vejo problema, eu posso amar minha melhor amiga. —Era demais ela pedir que eu não dissesse que eu a amava, principalmente porque eu era um bobo fodido que não perdia a oportunidade de me declarar a ela. Se eu fosse um cafajeste estaria no céu com a proposta que ela me fazia, mas eu queria muito mais dela e se não fosse aquelas crianças eu tinha certeza de que poderíamos passar o resto da vida juntos.

—Que tal passarmos a noite em um motel? —Ela sugeriu animada.

Não resisti à curiosidade.

—E a sua filha?

Ela abriu um sorriso ignorando o fato de que eu acidentalmente tinha usado o singular, acho que imaginar que era apenas uma me deixava melhor e isso acabava me confundindo.

—Elas estão em uma festa do pijama, mas acho que você não quer realmente falar sobre isso quer?

Balancei a cabeça negando e voltando a puxar ela para os meus braços, apertando-a de uma forma gostosa onde eu podia sentir ela por completo em mim.

Ela me empurrou gargalhando.

—Vamos antes que fiquemos presos aqui dentro, não me parece nada romântico passar a noite presa aqui. —Concordei. Já tínhamos ultrapassado a cota e teríamos que nos expor ainda mais para os seguranças ao sair.

[...]

Não conseguia disfarçar meu sorriso ao entrar na sala de reunião, está ali dentro me levava de volta a nossa noite ardente. Nossa saída da empresa tinha sido constrangedora, óbvio que os seguranças sabiam o que tínhamos feito e ela ficava muito constrangida, não fazia ideia de como disfarçar e quanto tentava deixava ainda mais explicito o que tínhamos feito. O que provocou bastante risadas assim que estava fora do limite da empresa.

—Que bom que transar na minha sala de reunião deixe você de bom humor. —Encarei meu pai, queria muito ficar constrangido ou até mesmo culpado, mas até o todo poderoso Carlisle Cullen não parecia tão ameaçador, não enquanto eu estava explodindo de bom humor.

—Não faço ideia do que você está falando. —Dei de ombros como se não fosse algo de alguma importância ou como se ele estivesse delirando. —Eu e a senhorita Swan estávamos apenas trabalhando no projeto novo. —E de certa forma não era nenhuma mentira, realmente tínhamos ficado além do tempo para conseguir dá um inicio ao esboço do projeto o que tinha acontecido depois não precisava ser mencionado.

Me sentei na cadeira ao lado dele realmente conseguindo fingir que nada demais tinha acontecido, sabia que dar confiança só deixaria ele ainda mais convicto do que dizia.

Gemi quando ele acertou um tapa no meu pescoço.

—Olha a violência. —Doía ele verdadeiramente tinha usado força.

—Vou relevar dessa vez porque eu fico feliz em ver você feliz, mas a próxima vez que você fizer minha empresa de motel eu juro que vou descontar do seu salário e pelo motel ser meu vai ser o valor que eu quiser. —Gargalhei.

—Anotado.

—Nem disfarça. —Ele disse me passando uma pilha de papel. O fato dele ficar me treinando para assumir o lugar dele me dava ainda mais trabalho. Mas hoje eu estava feliz demais para me importar em ter que lidar com aquela papelada.


Notas Finais

Espero que tenham gostado!

Não betado.
31/07/2019

As filhas da minha noiva - Capítulo 08

Isabella Swan

Não imaginei que as coisas pudesse tomar aquele rumo, essencialmente quando tudo parecia querer ir pelo caminho mais difícil. Realmente achei que eu iria precisar deixar ele em um canto afastado. Realmente gostava dele, gostava até demais para o meu gosto, gostava mais do que eu gostei do James e eu achava que aquele tinha sido meu fundo do poço, mas não, aquele sentimento que eu tinha pelo Edward era insano. E tinha tudo para ser perfeito não fosse o claro pavor que ele sentia pelas minhas filhas.

Essa relação que tínhamos conseguido desenvolver nas últimas semanas era satisfatória tanto para mim quanto para ele, tínhamos o melhor de um relacionamento sem precisar lidar com todas as complicações.

Mesmo que ele ainda fosse ao limite sobre qualquer menção das minhas princesas eu já estava começando a me acostumar com esse jeito estranho dele, mesmo que às vezes me machucasse suas reações sobre minhas meninas.

—Jessica eu preciso que você avise ao senhor Cullen que eu preciso dos detalhes do projeto Lewis ainda hoje. —Passei por ela deixando um copo de café preto e quente sobre sua bancada. Desde o dia em que ela tinha sido gentil comigo depois que eu terminei com o Edward tínhamos desenvolvido uma estranha relação, eu gostava dela – não o suficiente para ser minha amiga, mas gostava e ela aparentava gostar de mim igualmente, se não fosse seu comportamento fofoqueiro eu realmente teria ela em mais alto nível.

—Irei pegar agora mesmo Bella. —Ela levou o café aos lábios experimentando.

O Edward tinha um ciúme muito grande com os “seus” projetos e isso dificultava demais nosso trabalho em equipe, eu tinha sempre que está correndo atrás porque se não eles nunca chegavam a mim ou quando chegavam já estavam completos. Eu ainda estava tendo que ensinar a ele o que significava trabalho em equipe. Ele era mais difícil de ensinar do que minhas filhas que tinham apenas cinco anos.

—Leve para ele também, por favor. —Deixei o leite com chocolate dele sobre a mesa dela. Eu nem achava mais graça do gosto dele – já tinha ultrapassado minha cota de zoar ele, com aquela idade eu esperava que ele fosse ligado a algo como um café ou até um café com leite e não achocolatado com dose tripla de açúcar. Ela riu e eu não me mantive ali sabendo que algum tipo de comentário impróprio surgiria, nossa colegagem tinha deixado ela com mais ousadia do que o apropriado para o local de trabalho.

Entrei na minha sala com meu café com creme fumegante e o deixei sobre a mesa, tinha acabado de ter uma reunião longa e difícil que me tomou a manhã inteira e uma grande parte da tarde, precisava de um bom café para colocar minha cabeça no lugar e sinceramente o dá construtora era intragável já tinha feito uma critica formal, mas pelo que parecia tinha sido completamente ignorada. Deixei minhas pastas e bolsa em cima da mesa e ocupei minha cadeira tirando os desconfortáveis saltos, meus pés imploravam por libertação.

Liguei o monitor do computador enquanto movia meu pescoço para um lado e para o outro alongando-os um pouco, tudo que eu queria naquele momento era está em casa na minha cama. Mas eu ainda tinha uma reunião do outro lado do prédio com os engenheiros de outro projeto que eu estava trabalhando. Sabia que estava assumindo mais responsabilidade do que eu deveria, quando eu aceitei a proposta o principal ponto era que eu trabalharia menos, mas o Carlisle simplesmente sabia como me atingir e me convencer, tinha sido assim para me fazer largar toda minha vida e me mudar para Nova York, aceitar um pouco mais de trabalho era fichinha. Ele precisava apenas usar as palavras sem limite de orçamento e modernidade que eu apenas cedia como uma verdadeira obsecada.

Eu suspirei ouvindo batidas fortes na porta, pela urgência só significava uma coisa. Problemas.

Respirei fundo e soltei um entre nada animado.

Um metro e oitenta e três de altura e um cabelo muito bagunçado em uma tonalidade completamente excêntrico passou pela porta. Direcionando-me um sorriso cheio de dentes que conseguia melhorar meu dia por completo.

—Oi amiga. —Revirei os olhos do jeito bobo que ele me chamava desde que tínhamos entrado nessa relação. —Passei aqui de manhã e você não estava e nem sua secretária, te mandei uma mensagem e você não me respondeu. —Meu celular estava perdido em algum lugar dentro da minha bolsa, completamente silenciado e eu não via vantagem de tirar ele desse estado.

—Tive uma reunião à manhã toda.

Ele entrou na sala fechando a porta atrás de si.

—Cadê sua secretária? —Eu conseguia identificar toda a malícia por trás da pergunta.

—Foi almoçar. —Ela tinha ficado pelo caminho para tirar sua hora de almoço, explorando um pouco ela também traria algo para mim comer quando voltasse. —Mas já deve está chegando. —Não era completamente verdade e nem ao todo uma mentira, mas eu estava cansada e atarefada demais para perder alguns preciosos minutos transando dentro da empresa, eu já tinha sido constrangida demais na última vez para repetir o ato.

—Pensei em sairmos para jantar mais tarde. —Ele atravessou minha mesa e empurrou minha cadeira algum centímetro para trás se apoiando na mesa e ficando na minha frente. Levou o canudo a boca bebendo o chocolate quente que eu tinha levado para ele.

—Hoje não vai dá. —Me senti um pouco mal. Essa semana toda eu vinha furando com ele, mas estava difícil conciliar o tanto de trabalha que eu vinha tendo com a minha rotina com as meninas e ele. No começo eu ia para casa jantava com elas, assistia televisão ou fazia qualquer atividade da preferência delas e as colocava na cama e só quando elas já estava dormindo que eu saia para encontrar com ele. Na maior parte das vezes eu ia para o apartamento dele e pedíamos algo para comer (eu jantava de novo – apenas para não fazer desfeita) e transavamos, vez ou outra mudava isso para uma balada ou um cinema na madrugada ou qualquer outra coisa que ele inventava – devo confessar que em relações a programas de casal eu não era muito criativa, mas quem poderia me culpar eu tinha sido casada com o James que foi meu primeiro namorado e nossos passeios eram mais profissionais, golfe, jantares de negocio, quase nunca fazíamos nada só para nos divertir e com o Edward era o completo oposto ele adorava curtir e às vezes eu parecia não ter fôlego suficiente para aquentar essa rotina tripla de trabalhadora, mãe e namorada. E quando eu cansava ele sempre era o dispensado e eu via o quanto isso magoava ele.

—Sério? —Ele parecia disposto a não me pressionar e eu via o esforço por trás desse gesto. Ele nunca iria admitir, mas eu via o que perfeitamente o que o irmão dele tanto zoava, ele era muito mimado, lidar com o não exigia tempo.

—Eu estou morta só quero dormir. —Resolvi ser sincera com ele. —E meu período fértil começou. —Não era uma desculpa, o fato de eu não me dar bem com nenhum outro tipo de anticoncepcional – com exceção da camisinha - me fazia ficar bem alerta sobre meu período fértil. Mesmo amando minhas filhas eu não queria mais. Já devia ter feito uma laqueadura – que era o mais indicado na minha situação, porém minha falta de tempo sempre me fazia adiar. Com quatro crianças eu não podia apenas fazer uma cirurgia que me incapacitaria por algum tempo então era melhor apenas fazer de tudo para me prevenir e quando elas ficassem maiorzinhas eu faria. Devia ter seguido o conselho da minha médica e ter feito na mesma cirurgia que as meninas nasceram, mas o James se mostrou tão contra, já que ele queria um menino e eu acabei escutando ele. Não cuidava nem das meninas e queria mais um, graças ao meu bom senso atrasado eu tinha largado ele antes de engravidar novamente.

—Você consegue me convencer fácil. —Ele sugou o canudo rindo para mim sem fazer nenhuma questão de esconder o quanto só a possibilidade de ser pai o deixava maluco. Não conseguia entender o que ele tinha, você podia não gostar de crianças, mas não com ele... Ele era apenas doido quando se tratava disso.

—Pensei que você tivesse vindo aqui para me trazer os detalhes do projeto Lewis. —Comentei, pelo seguinte fato dele não ter nada em mãos além do chocolate quente significava que sua vinda era mais do que apenas fazer um convide e sim para conseguir ganhar algum prazo a mais.

—Amanhã eu prometo que te entrego hoje eu preciso fazer mais algumas alterações. —Revirei os olhos, o bom era que eu nunca contava com os primeiros prazos dele se não eu realmente estaria enrolada. Não sabia como ele conseguia se organizar, porque mesmo sempre aparentando está perdido e fazendo algo sempre “atrasado” ele conseguia entregar tudo no prazo do cliente com uma excelência que me fazia querer jogar todas as minhas formas de planejamento para o ar.

—Difícil você seguir nosso combinado.

—Eu tive uma nova ideia e preciso colocar antes que eu esqueça. —Revirei os olhos e joguei a cabeça para trás erguendo meus pés na altura da cintura dele.

—Já que você está me atrasando eu acho que mereço uma massagem.

—Meu deus esse negocio de amizade colorida só trás benefícios a você. —Resmungou rindo, mas tinha um sorriso brincando no rosto. Largou o copo de chocolate e pegou meu pé apertando de um jeito relaxante. Eu simplesmente amava aquela história de amizade colorida.

[...]

—Olá mamãe. —Eu provavelmente era a única no escritório naquele momento, o Edward tinha ido embora logo depois do almoço – mas uma vez me fazendo invejar seu modo de trabalhar, enquanto eu ficava aqui depois do horário.

Um dia cansativo só podia terminar recebendo um telefonema da dona Renée Swan, mas conhecida como minha mãe. Não, que eu não a amasse, mas ela era extremamente controladora e vivia discutindo e repreendendo todas as minhas atitudes. Óbvio que se eu tivesse ouvido ela não teria me casado com o James, porém se não fosse também pela minha mãe eu não teria me sentido tão bem com toda a falsa sensação de liberdade que o James me proporcionava. Afinal eu só tinha trocado um controlador por outro.

—Que postura é essa Isabella? —Me contive para não revirar os olhos, eu já devia está acostumada com esse tipo de atitude.

Ajustei minha coluna ficando mais ereta.

—Cadê minhas netas? —Quem olhava nem pensava que no começo ela tinha implorado para que eu fizesse um aborto quando eu engravidei, mesmo que eu já tivesse casada e ela não tivesse nada a ver com isso. Podemos dizer que minha mãe tinha planos muito específicos sobre meu futuro e quando eu não segui o que ela queria ela apenas surtava e ficava me enchendo. Eu amava minha mãe, mas o comportamento dela e o perfeccionismo que ela exigia de mim só não funcionava. Por isso quando eu me mudei eu me livrei bem mais do que só do controle do James, o controle dela também. Ali naquela cidade nova e completamente sozinha pela primeira vez eu me sentia livre.

—Eu ainda estou no trabalho, na realidade eu estava me preparando para sair agora. —Tentei colocar alguma urgência na minha voz, apenas queria desligar em casa eu podia retornar a ligação dela e colocar minhas meninas para falar com a avó.

—Ainda trabalhando? —Era uma pergunta vazia já que eu tinha acabado de responder. —Eu sabia que você não devia ter se mudado aqui eu poderia ficar com as minhas netas e elas não seriam educadas por um estranho.

Fechei os olhos por alguns minutos fazendo o melhor para reagir a critica da minha mãe da melhor forma possível não queria brigar com ela, sabia que era o seu jeito e que qualquer discussão só serviria para me deixar ainda mais culpada e estragaria ainda mais minha noite e ela ficaria plena afinal como ela mesma dizia expressões e sentimentos só serviam para deixar a pele com rugas então ser engessada assim como ela era.

—Quem educa minhas filhas sou eu. —Eu tinha ajuda do Jacob, mas fazia questão de está sempre por perto. —E se foi para isso que a senhora ligou eu tenha mais o que fazer.

Antes que eu conseguisse desligar o telefone a voz dela me alcançou.

—Desculpa, não quis ofender apenas estava expressando meu descontentamento com sua mudança, queria que vocês estivessem aqui. Sinto falta das minhas diabinhas e de você também. —Estranhei, minha mãe não era muito de declarações, durante muito tempo eu achei que ela realmente fazia o que dizia e não tinha sentimentos, mas com o passar do tempo eu percebi que ela colocava em prática apenas a parte de não expressar.

—Elas também sentem sua falta. —Mesmo que fossemos completamente diferente, ela tinha sido meu alicerce durante toda a vez que eu precisei. Quando eu sai de casa foi na dela que eu me abriguei, quando eu resolvi investir na minha carreira mesmo tendo 4 filhas ela que me deu um apoio que eu nunca esperei e se ofereceu para ajudar a “babá” que eu contratasse e ajudou o Jacob no começo e ela era apegada demais as meninas.

—Você podia trazer elas para vir nos ver. —Sugeriu. Seria bem mais cômodo ela vir nos ver, mas meu pai era o tipo de pessoa que era viciado no trabalho e uma viagem como essa necessitava de um espaço na agenda dele que ele só teria no próximo ano marcando hoje ou talvez nem assim e só conseguiríamos algo no ano seguinte.

—Eu não sei, estou trabalhando demais, mas prometo pensar nisso. Mas você poderia vir me ver.

—Seu pai tem trabalho vai ser difícil conseguirmos.

—Você podia vir sozinha. —Sabia o quanto seria difícil convencer ela a vir só, mas não custava nada tentar. —Um final de semana.

—Eu... —Ela deu de ombros. —Vá para a casa que eu quero falar com as minhas princesinhas. —Ela estava fugindo e isso era um jeito doce dela apenas não dizer um não. —Quando chegar me ligue.

Ela desligou antes que eu pudesse dizer mais qualquer outra coisa. Minha mãe era muito autoritária quando se tratava de mim, mas sobre o casamento dela ela apenas vivia na sombra do meu pai. Ela nunca trabalhou na vida e dedicou toda sua vida para cuidar de mim e da casa, acho que por isso ela apenas impunha a mim todos os sonhos que não conseguiu realizar, estudar, se formar, ter um emprego bem remunerado e ser completamente independente. Por isso ela tinha sido tão contra o meu casamento, não por conseguir farejar que o James era um merda apenas por que ela via o casamento para a mulher como uma prisão que mais tirava do que dava. Essa era a experiência dela e era difícil convencê-la do contrário.

Encarei o celular por alguns segundos antes de colocar ele dentro da minha bolsa. Éramos de épocas diferentes e não tinha muito o que fazer quando ela se recusava a mudar e eu não retrocederia tanto para me encontrar com ela e seu modo de pensar.

[...]

—Meu Deus. —Não consegui não soltar uma exclamação de surpresa ao ver o estado dos cabelos das minhas filhas. Valentina tinha o cabelo estranhamente erguido para o alto, de um jeito muito fora do normal e que desafiava a leia da física. Sophie tinha o cabelo embolado em alguma coisa que lembrava (bem longe) uma trança. Thereza estava com os cabelos mais embaraçados do que eu já imaginei na vida e a Julia tinha os cachos encharcados.

—Dia do salão de beleza. —Justificou o Jacob se aproximando de mim. Ele foi o primeiro a me ver. Pegou minha bolsa antes que eu conseguisse ter qualquer reação. —Guardei todas as tesouras. —Ele cochichou baixo e se afastou levando minhas coisas que tinha tirado de mim.

Minha sala estava uma bagunça com os produtos de beleza delas e escovas, pentes, chuchas, presilhas e tudo mais. Eu tinha começado com isso a alguns meses atrás, tínhamos muita dificuldade para pentear os cabelos delas diariamente elas apenas se recusavam, chorava quando eu mandava e não paravam quietas então eu resolvi que ensinar elas a pentear os próprios cabelos e inserir alguma dose de vaidade nelas poderia tornar a tarefa mais fácil e realmente estava funcionando além de que uma noite cuidando das minhas menininhas era extremamente prazeroso.

—Mamãe. —Um quarteto sincronizado de vozes me alcançou.

A Júlia foi a primeira a chegar até mim, eu a abracei com um braço me preparando para receber o segundo serzinho que vinha correndo em minha direção.

—Começaram sem mim. —Desci dos saltos sem largar elas e fui caminhando em direção a sala com elas agarradas em mim. Thereza chegou a mim com uma escova completamente embolada no cabelo, mantive a cara de paisagem e me sentei no sofá chamando ela para tentar salvar aquela bagunça.

—Mamãe posso pentear seu cabelo? —Encarei a Valentina e assenti deixando a escova do cabelo da Thereza de lado e tirando os grampos que eu tinha colocado para prender um pouco o cabelo.

—Pegue a escova de pelos. —Era a única que eu deixaria ela aproximar do meu cabelo, aquela escova não penteava nada e assim não corria o risco de ficar preso no meu cabelo. —Agora vamos a você mocinha. —Apertei a cintura dela arrancando uma risada no ponto sensível onde sabia que ela sentia cócegas. —O objetivo aqui com certeza era ficar careca.

—Mamãe. —Encarei a Julia sentando ao meu lado sabendo exatamente o que aquilo significava, ciúmes, eu tinha que ter todo um cuidado com ela.

—Sim anjinho.

—Eu sou mais velha e tenho que ser primeiro. —Ela apontou para o próprio cabelo.

—A situação da sua irmã e mais grave. —Apontei com a cabeça para a escova embolada. Mesmo que me doesse o coração eu sabia que não podia ceder aos mimos dela, se eu ignorasse ela apenas se acalmaria, dando confiança ela apenas se tornaria muito mais mimada.

—Eu posso cortar seu cabelo. —Os olhos dela brilhavam em expectativa.

—Não. Nada de tesoura.

—Mas mamãe eu vi como cortar no youtube e podemos fazer uma franja em você. Vai ficar linda. —Ele fechou os olhos e juntou as mãozinhas implorando.

—Só quem pode cortar o cabelo é um profissional, por mais fácil que pareça ser no vídeo não dá certo. —Eu tinha propriedade para dizer tinha feito isso na minha adolescência e fui obrigada a ter o cabelo curto.

—Mas mãe. —Ela fez biquinho.

—Julia. Já disse que não. —Muitas vezes eu tinha que ser mais firme com ela, porque ouvir não sempre era uma guerra. —Pegue aquele pente e me ajude com o cabelo do sua irmã vamos deixar ela linda.

Ela fez biquinho e eu já preparei meu coração para a sessão de choro que viria.

—Mamãe te ama. —Me inclinei e deixei um beijinho no topo dos cabelos molhados dela. Sabia que não tinha sido grossa nem nada, mas só aumentar o tom de voz já era demais para ela. —Não chora. —pedi. Ela rodeou minha cintura com seus bracinhos me abraçando.

Ao mesmo tempo que eu queria dizer sim a ela para tudo eu não queria de forma nenhuma estragar ela, a vida não seria uma mãe para ela e ela receberia muitos outros não e era minha função ensinar isso a ela.

—Jujuba chorona. —Thereza provocou a irmã.

—Thereza. —Chamei a atenção dela. Me virei para a Julia. —Vem me ajudar aqui vem.

[Cont...]

Notas Finais


Não betado.
08/08/2019

As filhas da minha noiva - Capítulo 09

Eu encarava o positivo sentimento meu estomago revirar diante do que aquilo significava. Os sintomas tinham aparecido há semanas, eu simplesmente já tinha sentido tudo aquilo antes então eu apenas sabia o que eu tinha, podia está me recusando acreditar por covardia, mas o que eu podia fazer. Como aceitar aquela nova situação sem surtar? Eu já teria que lidar com o surto do Edward.

Estava me sentindo tão culpada. Ele já tinha dito tantas e tantas vezes com todas as palavras que não estava pronto para ser pai e agora ele não tinha mais escolha. Ele seria, ele já era – fodasse a forma de encarar, mas dentro de mim tinha um bebezinho que pertencia a nos dois. Que me tornaria novamente mãe e que tornaria ele pai (pronto ou não). E eu não fazia ideia de como isso tinha acontecido, sempre fazíamos questão de tomar todos os cuidados.

Curvei meu corpo sobre a privada vomitando o jantar da noite anterior. Tinha usado o primeiro xixi do dia para ter mais certeza do resultado, tinha recebido esse conselho da minha mãe durante o primeiro teste de gravidez, então eu já começaria meu dia com o pé esquerdo.

Aquele era o começo da gravidez o que me deixava livre para apenas sofrer por aquilo em paz. Eu teria o bebê (por mais trabalho que isso significasse), eu amaria meu filho ou filha, mas naquele momento, naquele susto inicial eu apenas podia me sentir mal, não tinha sido algo planejado e muito menos algo que eu quisesse. Mesmo se eu e o Edward fossemos casados e ele não odiasse a ideia de crianças, ainda sim quatro para mim era um número excelente que me dava garantia de que eu não precisava de mais filho algum, minhas quatros garotas eram mais do que suficiente.

[...]

Encarei meu rosto no espelho tendo a garantia de que eu estava apresentável, não estava pronta para deixar ninguém saber ainda. Não era algo que eu podia esconder, principalmente levando em conta de que eu sempre ganhei muito corpo durante a gravidez – pelo menos na minha primeira gravidez, mas de certa forma eu tinha, porém eu não queria fazer aquilo hoje. Queria manter segredo por apenas mais uns dias, aquela era a semana do aniversário das meninas e eu não podia apenas surgir com um problema daqueles, nem para elas e muito menos para mim. Esse ano elas teria uma festa pequena, bem discreta completamente o oposto dos outros anos. Uma escolha delas, que queriam uma grande viagem de fim de ano para a praia e agora eu estava grávida e no final de uma gravidez seria impossível viajar com elas quatro para o Brasil como eu tinha planejado. Elas iriam me odiar mais ainda então eu iria me esforçar para dá a elas a maior e melhor festa do mundo e para isso eu não podia deixar meus problemas me controlarem.

Antes que eu conseguisse aplicar um pouco mais de batom nos meus lábios batidas na porta do meu quarto chegaram até mim. Deixei o batom sobre a penteadeira e me levantei indo abri-la.

—Bom dia Isabella. —Algo no rosto dele me deixou preocupada. Mais do que a presença dele ali naquela hora. Aquele era o momento em que ele estaria supervisionando o café da manhã das meninas e não ali batendo na porta do meu quarto. Muito menos me chamando de Isabella.

—Aconteceu alguma coisa? —Não me contive.

—Sim. Eu recebi uma ligação de casa meu pai está com câncer no estagio três. —Ele chorou e eu me inclinei cercando ele nos meus braços. Sabia que a história dele com o pai era muito complicada, a típica história do pai que não aceita a sexualidade do filho e acaba expulsando-o de casa. Além de ser babá das minhas princesinhas o Jacob acabou se tornando um grande amigo do tipo que eu sei que posso contar em todos os momentos da minha vida. Então eu sabia que mesmo tendo sido expulso de casa pelo pai ele sente muita falta da família e mesmo mantendo contato com as irmãs com o pai ele nunca tinha voltado a falar, não por falta de tentativa dele.

—Eu sinto muito. —Toquei o cabelo dele tentando passar algum tipo de conforto diante daquela situação que não era nada fácil. Não existia nada que eu pudesse dizer para melhorar aquilo. Apenas minha presença já seria um alento.

—Eu que sinto, preciso te deixar na mão eu sei que você sempre pede para avisar antes, mas eu preciso ir para lá me pai está muito mal e minhas irmãs tem suas vidas, famílias e eu sou o único que pode cuidar dele. E mesmo que ele não me considere mais filho eu ainda sou e é meu dever está lá ele querendo ou não.

—Por favor, não se prenda por causa de mim e nem das meninas, é o seu pai e eu posso dá um jeito. —Não, não podia. Sem ele minha vida viraria de cabeça para baixo. Eu estava cheia de projetos na construtora, só essa semana tinha um feriado e o tempo em que elas passavam na escola não era suficiente para que eu conseguisse realizar todas as pendências, além da festa de aniversário delas que eu estava planejando praticamente sozinha. Mas eu teria que dá um jeito. Ele iria de qualquer forma, sua determinação era evidente e eu nunca poderia me impor e nem mesmo considerar pedir, por mais que eu precisasse, a ele para ficar ali e deixar o pai doente em casa.

—Eu sinto muito. —Repetiu.

Balancei a cabeça demonstrando que não aceitava seu pedido de desculpas.

—Não seja bobo Jacob. Vá cuide de seu pai e quando você voltar nos estaremos aqui. —Prometi. Ele já era uma parte importante da nossa família.—Só lembre de ligar para falar com as monstrinhas e dar noticias porque você conhece as peças.

Ele riu passando os dedos pelos olhos secando as lágrimas, se levantou da cama:

—Vou arrumar elas e me despedir.

—Se quiser pode deixar que eu arrumo-as. —O pai dele morava bem longe quando mais cedo ele saísse mais rápido ele chegaria.

—O único voo disponível é à tarde terei algum tempo ainda. —Assenti.

—Pode ficar tranquilo que eu levo-as na escola e busco. —Sabia o quanto ele era apegado às meninas e que ele faria de tudo para tentar compensar sua ausência.

—Sim senhora. —Ele debochou saindo do meu quarto.

Só quando a porta bateu me dando a privacidade que eu precisava foi que eu me permiti deixar o pânico tomar conta de mim. Sabia que contratar uma babá seria impossível. Além de serem quatro crianças eu estava me referindo as minhas quatro pestinhas e por mais que eu as amasse era inegável que elas não eram fáceis, muito menos quando se tratava de uma nova autoridade no seu meio. Mesmo se eu contratasse uma babá para cada uma ainda sim eu tinha absoluta certeza de que eu teria problemas e eu não conseguia confiar minhas filhas a estranhos. Nunca que eu conseguiria ir trabalhar e apenas deixar ela ali. Elas poderiam cair na mãos de qualquer um. O mundo estava bagunçado demais para que eu me sentisse errada sobre aquele ponto. Meus olhos foram automaticamente atraídos para o teste de gravidez que repousava em cima da minha penteadeira. Minha primeira gravidez não tinha sido fácil, eu tinha problemas sérios de pressão que se intensificavam com a gestação. Está grávida significava um bocado mais de problemas que eu não podia lidar naquele momento então eu apenas deixaria aquilo de lado, obvio que fingir que um problema não estava ali não o faria deixar de existir. Porém eu podia me permitir uma semana de descanso daquele ponto específico.

Fui até o teste de gravidez pegando aquele palitinho e levando para o meu closet. Usei os pés abrindo a última gaveta, a menos acessada, e deixando o pauzinho lá. Fechei com força usando aquele gesto como um significado, só voltaria aquele assunto quando eu pudesse.

[...]

—Se comportem. —Briguei. Minha voz saiu mais alto do que o planejado assustando-as. Dificilmente eu gritava com elas. —Maria Julia coloque o cinto. —Elas tinham deixado de usar a cadeirinha há alguns meses e não teve nenhuma dificuldade em descobrir como funcionava a tranca.

Não deixei que a culpa pelo meu tom de voz chegasse a mim, sabia que se eu o fizesse eu começaria a chorar e precisava levar elas a escola. Estava muito emotiva e sabia que era por causa da minha gravidez. Lágrimas já tinham escapado no estacionamento quando elas resolveram começar a correr entre os carros parados e eu tive um trabalho para assumir o controle, sem contar que a Valentina achou uma boa estratégia se esconder em baixo de um dos carros. Só de imaginar tudo que podia acontecer com ela eu simplesmente não aguentei e comecei a chorar o que funcionou já que ela apareceu rapidamente, mas mesmo assim nos atrasamos já que tivemos que subir novamente para trocar a roupa da Valentina já que o chão do estacionamento deixou o uniforme escolar dela completamente sujo. Então já estávamos bem atrasadas não podia ter que parar o carro novamente para chorar faria isso depois que elas estivessem na segurança da escola.

Observei pelo retrovisor minha jujuba me obedecendo, até que ser um pouco grossa de vez enquanto não era tão ruim.

[...]

—Meu beijo. —Pedi. Elas me rodearam me abraçando como podia. Me abaixei ficando mais próxima da altura delas e deixando um delicado beijo no rosto de cada uma delas.

—Mamãe você vai vim buscar a gente hoje? —Sophie perguntou. Elas tinham lidado de forma bem madura com o anuncio da ausência do Jacob e pela primeira vez eu experimentei a culpa pelo meu trabalho. A forma que elas tinham comemorado em saber que eu ficaria em casa foi comovente. Mesmo que eu me esforçasse ao máximo eu sabia que por elas eu ficaria o tempo todo com elas.

—Sim. Prometo não me atrasar. —Sabia que a Sophie sofria ainda em ser deixada na escola. Ela tinha o medo de ser deixada ali e no menor atraso ela já começava a chorar. Puxei-a para os meus braços apertando-a mais um pouquinho. —Se comportem. —Deixei-as ir. Fazia tempo que eu não as deixava na escola e precisava confessar que sentia falta.

Observei as quatro entrando na escola. Pela idade eu não podia mais deixa-las na sala de aula e meu limite era o portão. Elas eram tão levadas e mesmo em algumas situações me deixando loucas elas eram a razão da minha vida não consegui evitar. Eu tinha quatro e mesmo com todos os problemas eu conseguia, mas cinco. Como eu cuidaria de cinco crianças sozinha, porque eu sabia que o Edward por melhor que fosse não estava pronto para aquilo. Tinha até medo de falar para ele e ter que ouvir uma sugestão para que eu tirasse ou colocasse aquele bebe em um colégio interno ou qualquer outra coisa que ele teria para me dizer.

[...]

Entrei na empresa deixando toda a merda escondida no fundo da minha cabeça, já tinha perdido uma reunião e tinha que ser responsável e colocar tudo em ordem. Me recursava a perder o controle sobre mais uma área da minha vida, eu tinha que reorganizar toda a minha agenda para dá toda a assistência as minhas filhas.

—Bom dia. Atrasada? —Tomei um susto com o Edward surgindo ao meu lado, ele tinha dado uma corridinha para me alcançar. Tentei ao máximo relaxar e agir da forma mais natural possível.

—Tive um imprevisto e perdi minha ajuda com as meninas essa semana. —Disse de uma vez assim ele já ficava atendo que nossos encontros seriam apenas ali no ambiente profissional e que eu não poderia mais dá uma escapadinha para encontrar com ele de madrugada. Como ele se opunha a minhas filhas ele não aceitaria ser convidado para minha casa em um horário convencional e de forma nenhuma eu iria ficar aceitando ele de madrugada chegando quando elas estivessem dormindo e saindo antes delas acordarem. Eu era grandinha demais para isso e seria bom aquele afastamento, assim séria mais fácil quando o afastamento fosse por completo.

Não precisava perguntar para ter certeza de que ele estava atrasado o cabelo molhado comprovava isso.

—Não deu tempo nem de secar o cabelo? —Perguntei tocando as mechas que ainda estavam úmidas.

Ele balançou a cabeça sacudindo o cabelo como se aquilo de alguma forma pudesse amenizar a situação.

—Meu telefone não despertou. —Gargalhei.

Mesmo que tivéssemos a mesma idade ele parecia muito mais jovem do que eu, perto dele eu me sentia uma idosa chata. Faltava nele muito amadurecimento para alguém da idade dele.

—Desse problema eu não sofro. —Meu despertador podia falhar, mas eu nunca perdia a hora já que minhas meninas sempre acordavam e se eu não tivesse de pé elas com certeza iriam me acordar.

Entramos no elevador, que já estava ali como se a nossa espera.

Assim eu as portas fecharam ele se inclinou sobre mim me beijando. Nossas línguas se moveram delicadamente, mesmo que eu soubesse que merda aquilo era e que eu me machucaria no final eu não conseguia deixar de ir até ele. Aprofundei deixando meus dedos dançarem pelos fios dele. Úmidos ficavam ainda mais macios.

Ele desceu a mão pela minha coluna e continuou descendo até alcançar meu bumbum onde ele apertou sem vergonha nenhuma.

—Edward o elevador tem câmera.

Movi meus lábios pelo rosto dele deixando um selinho na bochecha dele.

—Que saco. —Comentou. Voltando a boca para minha. O barulho do elevado chegando ao nosso andar me fez afastá-lo por completo. A Jessica já tinha muito o que comentar sobre nos não precisávamos dar mais motivos a ela. —Quero muito te ver hoje à noite. —Sua voz rouca agiu de um jeito feroz sobre mim, elevando minha temperatura e fazendo com que eu sentisse um calor familiar se espalhando pelo meu corpo.

Respirei fundo clareando minha mente. Não podia deixar meus hormônios controlar minhas ações. Naquele momento mais do que nunca eu precisava ser coerente com o que precisava ser feito e sair para transar com ele quando eu tinha aquela bomba pronta para detonar a qualquer instante e ainda minhas filhas que eu precisava resolver como eu lidaria com elas e com todo o trabalho que eu tinha para fazer.

—Não dá. Essa semana estarei completamente ocupada. —Sai do elevador necessitando da familiaridade da minha sala. Ele permaneceu por alguns minutos impedindo a porta de fechar e me seguiu.

Acenei para a Jessica que estava confortavelmente na sua mesa, de um jeito bem clichê lixando as unhas, assim que me viu tentou esconder mais dei de ombro. Ela já estava de um jeito irreversível. Entrei na minha sala deixando a porta aberta para ele passar.

—Posso saber por quê? Eu fiz alguma coisa errada porque para um relacionamento dar certo precisamos conversar e você vem a dias me rejeitando.

Deixei minha bolsa em cima da minha mesa e encarei ele. Não era verdadeira a afirmação, tínhamos nos visto essa semana só a quantidade de vezes que diminuiu graças a minha quantidade de serviços. Agora com o Jacob fora eu não teria mesmo nenhum tempo para ele e ele precisava ser adulto e aprender a lidar com isso

—Eu estou trabalhando muito e você sabe disso e essa semana eu estou sem babá preciso tomar conta das minhas filhas e nem sei como vou fazer para conciliar tudo então já estou com problemas suficientes para você querer se tornar mais um. —Ele me encarou com a típica expressão de quem não estava entendendo meu comportamento, poderia ser mais delicada, porém já tinha passado da hora dele entender que o mundo não girava em torno dele.

—Com licença. —Não me opus quando ele virou as costas e nem me movimentei. Não podia atrasar meu dia correndo atrás dele e no fim das contas aquele seria nosso fim. Ele indo para um lado e eu por outro. Toquei minha barriga controlando as lágrimas que surgiram nos meus olhos. Não tinha o que fazer a não ser tentar fazer o melhor para os meus filhos. Peguei minha bolsa alcançando meu celular, procurei na minha agenda o número do hospital. Antes de qualquer coisa eu precisava ver como estava a saúde daquele bebezinho. Podia guardar aquilo só para mim, mas não podia de jeito nenhum ser irresponsável.

[...]

Notas Finais

Alguém ainda por aqui?
Peço perdão pelos mais de dois meses de ausência aqui. Queria ter um motivo sólido, mas não tenho. O que aconteceu foi que eu perdi o fio sobre essa história e me bateu um desanimo para a escrita de modo geral.
Espero que tenham gostado do capítulo! Prometo fazer o máximo para não atrasar mais a postagem.
Até breve!
09/10/2019
Não revisado.

Revelação de natal - Capítulo 10

Isabella Swan

Naquele momento eu entendi perfeitamente o porquê mesmo que no inicio a proposta do Carlisle parecesse um plano louco ele tinha conseguido me convencer. Ele era um excelente chefe. Apenas uma conversa e ele tinha conseguido me aliviar sobre todas minhas preocupações relativas ao meu trabalho e como eu iria conseguir conciliar o trabalho com as meninas. Ele tinha permitido que eu trabalhasse em casa e que só estivesse ali para as reuniões que minha secretária não conseguisse remarcar. E se ofereceu para ficar com as meninas se eu tivesse que está ali em um momento em que elas não tivessem na escola. Conversar com ele me deixava tão segura que eu me vi desejando que ele soubesse sobre minha gravidez, certamente ele saberia o que dizer e me aconselhar sobre qual seria o melhor jeito de contar para o filho dele. Mas eu não podia fazer isso, o Edward precisava ser o primeiro a saber independente do que isso pudesse causar.

Minhas batidas na porta eram delicadas eu não queria que as coisas fossem assim, o deixei sair daquele jeito apenas porque eu estava com medo do rumo que nossa relação iria tomar depois que eu já não guardasse mais segredos.

—Posso entrar? —Perguntei mantendo apenas minha cabeça no vão da porta.

Ele estava concentrado em sua mesa usando óculos de grau que o deixava bem fofo e sexy. Assentiu me dando um sorriso triste. Largou o lápis que usava e tirou o óculos correndo os dedos pelo cabelo deixando-os ainda mais bagunçados.

—Eu só queria te avisar que já estou indo. —Fui por um caminho mais seguro.

Balançou a cabeça afirmando.

Me sentei na cadeira em frente a ele.

—Desculpa por mais cedo eu apenas estou um pouco estressada, perdi completamente todo o meu planejamento. Só surtei antecipando os problemas. —De toda forma não era uma mentira tinha sido exatamente isso que aconteceu. Eu me antecipei sobre o que aquele segredo faria com a nossa relação.

—Vem cá? —Chamou. Deixei a cadeira e caminhei me aproximando dele. Ergueu as mãos e me puxou me fazendo cair no colo dele. —Só sinto sua falta, por isso que na maioria das vezes eu sou chato assim.

—Também sinto a sua. —Me inclinei e deixei um delicado beijo nos lábios dele.

—Tem algo que eu possa fazer para te ajudar? —Deu um sorriso lembrando da brincadeira que o pai dele fez.

—Na verdade seu pai já cuidou de tudo ele disse que quando eu precisar você vai ser babá das meninas. —Ele fez uma careta. Ninguém podia me culpar por me divertir com esse jeito ridículo dele.

—Engraçadinha. Mas estou falando sério mesmo que envolva um sacrifício eu faço.

—Bobo. —Nesses momentos que eu me sentia ainda mais a vontade com ele quando mesmo com tudo ele parecia está disposto a fazer algo que ele considerava – qual era mesmo a palavra que ele usou?- tortura. Mas eu sabia que ele não lidaria meia hora com as quatro juntas antes de surtar. —Falando sério eu e seu pai já conseguimos uma estratégia para que eu conseguisse conciliar tudo.

—Fico feliz. —Ele voltou a me beijar. Quando o beijo começou a se animar eu me afastei dele.

—Preciso ir tenho que buscar elas na escola. Falo com você mais tarde.

—Te amo. —deixei um selinho nos lábios dele que rapidamente se empolgando colocando a língua e me puxando ainda mais para ele.

—Edward preciso ir. —Disse me afastando dele e me levantando do colo dele. —Tchau. —Respirei fundo tentando controlar minha respiração que ainda estava afetada pelo beijo.

—Tchau. —Não fez nenhum esforço para esconder seu descontentamento com a minha fuga, mas tinha um sorriso no rosto que demonstrava que estávamos bem.

[...]

—Meu Deus como você está suada. —Abracei ela sem me importar. Julia tinha entrado para o time de futebol feminino nessa nova escola, coisa que o pai dela não permitia quando ele pagava a escola. Algo na cabeça retrorrega dele impedia ele de entender que uma menina podia jogar futebol sem que isso se tornasse um grande problema ou gerasse uma discussão enorme. Quando eu me mudei a melhor parte foi a birra dele em não querer contribuir financeiramente com nada relacionado a elas, o que me deu completa autonomia para decidir o que era melhor para minhas filhas sem precisar da concordância dele. Aquele novo emprego e aquele salário era algo que eu nem sabia que precisava até ter, ser completamente independente era libertador.

—Eu fiz um gol muito lindo mamãe você tinha que ver.

Apertei as bochechas dela com delicadeza vendo a pele ficar ainda mais rubra.

—No próximo treino eu prometo que eu venho ver. —Era uma promessa que me daria um pouco de trabalho, mas que eu tinha certeza de que ela iria amar e que eu iria amar. O salário compensava, mas eu sentia falta de passar o dia todo apenas me dedicando a elas.

—Sério? —Absorvi toda a animação dela.

—Claro que sim. Agora vamos buscar suas irmãs. —Ela correu na frente enquanto eu pegava o telefone e adicionava um lembrete na minha agenda. Mantive meus olhos nela até ela entrar correndo no corredor da escola, não tinha o que me preocupar aquele ambiente era completamente seguro. Nada era melhor do que ter todas as atividades extracurriculares sendo feitas no mesmo lugar, assim eu não precisava ficar me deslocando como uma louca.

Meu telefone apitou notificando um novo lembrete. Lembrando-me que eu precisasse ir à secretária ver se eu conseguia colocar elas na natação por mais um dia. Só quarta feira que elas saiam da escola direto para casa e eu precisava preencher aquela brecha na tarde delas para assim conseguir mais tempo livre para me dedicar ao meu trabalho, mesmo com o Carlisle sendo um anjo eu não podia e nem queria abusar.

Entrei na sala onde a aula de ballet das minhas duas princesinha acontecia. Não consegui disfarçar minha surpresa com a minha menina mais velha pendurada em uma barra de cabeça para baixo, o uniforme de futebol contrastava com a roupa rosa das outras meninas bailarinas. Os cachos ruivos quase alcançavam o chão de tão grande que estavam.

—Julia. —Chamei elevando um pouco o tom de voz. Ela me olhou me dando um sorriso mais lindo do mundo que me fazia derreter toda. Como ser séria com aquela carinha de anjo.

—Olha mamãe o que eu sei fazer.

—Desça já daí. —A professora me deu um olhar de pena. —Desculpa. —Não tinha o que fazer além de me desculpar.

—Suas meninas estão experimentando o uniforme da apresentação. —Deu um sorriso sabendo que significava que eu tinha mais um compromisso naquela semana que eu não podia perder.

—Mamãe eu não consigo descer. —Encarei a Julia ainda mais embolada nas barras do que antes.

Caminhei até ela segurando-a para que ela conseguisse descer.

—Devia deixar você pendurada ai macaquinha. —Apertei a barriga dela provocando cócegas nela. —Peça desculpas a senhorita Dennis pela sua invasão e por ter atrapalhado a aula dela. —Fui seria.

—Mas a aula já tinha acabado mamãe.

—Não importa. Peça desculpas.

—Desculpa titia. —A professora deu um sorriso para ela.

—Só perdoou se você vir fazer aulas comigo. —Ri da cara que minha filha fez, mesmo sendo levadas, eu sabia que minhas menininhas conseguiam encantar a todos com aquele jeitinho delas.

—Nem pensar. —Ela se virou de mim fugindo do assedio da professora. —Mamãe vamos buscar a Sophie. —Eu sabia que era apenas para sair do convite da professora. Minha outra princesinha, Sophie, era completamente relapsa com exercícios físicos, a distração dela consiste em as aulas de desenho (que ela amava), as aulas de canto, teatro e idiomas. Abria uma exceção para as aulas de natação apenas porque eu impunha para que ela se movimentasse, mas não era algo que ela gostava muito.

—Vamos esperar suas irmãs e depois vamos buscar a Sophie.

—Mamãe. —A voz da Valentina chegou em mim ao mesmo tempo em que os braços da Thereza se fechavam nas minhas pernas.

—Oi meus amores. —Apertei minha menininha pelos ombros me sentindo em casa com aquele carinho. —E como está a roupa nova? —Perguntei mesmo tendo certeza da resposta. Tinha ficado ótimo, eu tinha recebido a versão final pelo celular para aprovar (elas não precisavam saber disso). Seria uma apresentação no dia dos pais e mesmo que eu não fosse o pai delas elas estavam querendo manter surpresa até mesmo de mim. Ainda faltava algumas semanas para apresentação mais elas vinham ensaiando constantemente para essa apresentação e eu também já tinha começado a trabalhar em implorar ao James para que ele comparecesse. Eu ainda tinha minhas duvidas mesmo com ele dizendo que iria vir e que era dia dos pais e que ele não perderia isso por nada, só que eu tinha minha cota de momentos ruins para saber que não era bem assim com ele, ele fazia apenas o que queria e quando queria, portanto eu precisava ter muito cuidado antes de prometer ou deixá-lo prometer algo a elas, porque eu que lidava com a decepção que quase sempre vinha.

—Perfeita. —Thereza gritou. —Mas você não pode ver.

—Okay. Vamos buscar a Sophie. Obrigada! —Agradeci a professora de Bale delas enquanto mantinha os olhos nas minhas monstrinhas que já pegava suas mochilas no cabideiro e corriam para fora das minhas vistas.

—Boa sorte. —A professora sorriu. E eu tinha certeza de que eu precisaria de muito mais do que sorte.

[...]

A hora do banho com toda certeza era a mais complicada. Não tinha nenhum jeito mágico para conseguir coordenar as quatro no banho ao mesmo tempo, foi muito tempo até finalmente eu conseguir entender que o que fazia elas agirem de forma tranquila era mostrar que eu estava tranquila e que eu mandava, no primeiro sinal que eu desse que as deixassem confiante sobre com quem estava a autoridade eu sabia que elas tomariam conta. Cuidar delas não era complicado apenas cansativo, eram quatro crianças, quatro roupa para escolher, quatro banhos para supervisionar e quatro cabelos para pentear. Minha vida já funcionava naquele calculo a quatro anos e eu já estava acostumada, era tudo já feito no automático e eu adorava ter minhas princesinhas ali comigo, mesmo que isso significasse mais trabalho.

—Mamãe eu posso passar mais um pouco de xampu?

—Não. Tirar tudo isso do seu cabelo já vai nos dá trabalho demais. —Aproximei tocando o cabelo dela fazendo questão de massagear corretamente o couro cabeludo dela para tirar toda a sujeira. Odiava aquele shampoo apenas por causa da quantidade absurda que um pouco de produto causava deixando o cabelo dela cheia de espuma. Mas ela gostava e deixava o cabelo dela bem mais fácil se não fosse esses motivos eu já teria substituído por outro há muito tempo. Ainda que eu soubesse que ainda tinha mais quatro princesas para auxiliar no banho eu precisaria de alguns minutos exclusivos apenas para garantir que o cabelo dela estaria livre de toda aquela espuma.

[...]

—Mamãe eu estava pensando e eu não queria uma festa de aniversário. —Encarei minha bonequinha ruiva sem entender o motivo daquela conversa.

—E o que você quer? —Perguntei desconfiada. Estávamos no momento dever de casa, elas estavam fazendo a lição e eu estava no notebook trabalhando – dividindo minha atenção entre elas e meu trabalho. Pelo menos o dever de casa era fácil e eu apenas precisei explicar uma vez para elas aprenderem e conseguirem fazer sozinha. Já tínhamos tido nosso momento brincadeiras, acabei cedendo aos pedidos e passamos o resto da tarde na praça que tinha próxima a minha casa, elas correram, gritaram e brincaram até a exaustão, ou melhor, até me deixarem exausta. Mas tinha valido a pena eu gostava de vê-las alegres e coisas tão simples tinham esse poder. Contudo eu tinha certeza que eu tinha exagerado, o enjoou que me fez colocar tudo para fora em um canteiro deixava isso claro. Pelo menos nenhuma delas tinham me visto vomitar seria terrível ter que optar pela verdade ou mentira para sanar a curiosidade e preocupação delas. Minhas anjinhas mereciam pelo menos mais alguns meses de descanso do que aquela noticia faria com a nossa vida e de preferência eu queria contar para elas quando o Jacob estivesse de volta e eu conseguisse impor alguma normalidade a nossa rotina.

—Eu queria ficar alguns dias na casa do papai. —Mordi os lábios sem saber o que eu faria com aquela informação.

—Não tínhamos combinado de que teríamos um tempo só nosso em uma viagem? —Precisaria mais do que nunca manipular ela para que ela desistisse daquela ideia. O James não sabia lidar com elas muito menos alguns dias e eu não queria de jeito nenhum ter que ficar alguns dias na casa do James, principalmente porque aquilo pesaria de um jeito diferente na cabecinha inocente dela. Ela fantasiaria que eu e o pai dela podíamos ter algo que já não era mais viável pela minha felicidade.

Me doeu saber que eu apenas poderia usar aquele recurso da viagem por alguns meses, depois eu teria que ser sincera com elas e dizer que não daria mais que eu não poderia viajar para tão longe porque eu tinha um bebezinho que chegaria e mudaria toda minha vida.

—Eu não quero mais ir, quero ir para a casa do papai. —Mordi o lábio lembrando da conversa que eu tinha tido com a psicóloga dela sobre como eu tinha que reagir a ela. Não tinha como protegê-lá de todas as decepções que ela viria a sofre e aquilo era importante para ela.

—Querida vamos ver com seu pai se ele está disponível e depois vamos conversar sobre isso. —Sabia que eu teria que conversar com o James antes de deixar que ela pedisse. Ele teria que ser a pessoa que diria não a ela. Ele era bom nisso e saberia fazer de um jeito que não a deixaria tão mal, ele provavelmente prometeria algo que não podia cumprir e eu teria que lidar com a decepção dela, mas não tinha outra maneira de fazer aquilo. Se eu dissesse não logo de cara eu iria sair como a bruxa daquela história e não era aquilo que eu queria. Não precisava da minha filha com ódio de mim. Ela já não ficaria muito feliz com a noticia que eu tinha.

—Eu também quero ir mamãe. —Encarei a Sophie e dei o melhor sorriso forçado que eu consegui.

—Claro outro dia eu converso com o pai de vocês para vermos se é possível.

—Liga amanhã. —Mordi os lábios já entendendo que todas elas iriam facilmente trocar nossa viagem super legal (que já estava cancelada de qualquer jeito) por ficar com o inútil do James, me doía saber que aquele inútil não valorizava o tempo que tinha com as filhas e que ele jamais deixaria uma viagem que ele quisesse fazer por elas. E não seria eu a dizer isso a elas, jamais. Podia ser errado e o que mais fosse, porém eu não via como destruir a imagem que elas tinham criado dele.

—Okay Valentina amanhã eu ligo para falar com ele. —Prometi. Um turbilhão de coisa veio junto a aquela promessa. —Agora terminem o dever de casa que daqui a pouco o jantar vai ser servido.

Elas nem reclamaram. O sorriso no rosto deixava claro que elas ainda estavam muito felizes pelo que na cabecinha delas viria. Foi inevitável não me sentir culpada. A decisão de vir embora tinha sido minha e se estivéssemos ainda lá elas poderiam ter muito mais convivência com pai. Eu teria que forçar alguns encontros e impor a presença delas? Provavelmente, porém pelo menos elas o veriam mais do que duas vezes ao ano. Meus olhos se encheram de lágrimas e puxei a maior quantidade de ar que eu consegui para de que algum jeito conter as lágrimas dos meus olhos. Não teria nenhuma explicação razoável para começar a chorar ali no meio da sala de jantar apenas por que elas falaram do pai e me levaram a ter um olhar critico para o fim do meu relacionamento e sobre o quanto isso impactou a vida das minhas filhas.

[...]

Mordi os lábios para controlar o xingamento que estava preso no fundo da minha garganta. Quem era o filho da puta que estava tocando a campainha naquele horário. Não estava tão tarde, mas tarde o suficiente para minhas meninas estarem dormindo e se elas acordassem eu teia um bom trabalho para conseguir devolve-las ao mundo dos sonhos. Diferentes de uma pessoa normal que acordava já querendo dormir, elas se contentavam com poucas horas de sono e um cochilo parecia o suficiente para recarregar as energias.

Me desfiz do abraço da Valentina e me levantei tendo o cuidado de não encostar em nenhuma delas. Tínhamos resolvido assistir a um filme depois do jantar e elas dormiram enquanto eu assistia Moana. Elas estavam tão confortáveis e tão pesadas que eu optei por apenas deixar que elas dormissem ali mesmo, eu já tinha pegado algumas cobertas e elas estavam abrigadas no sofá cama.

Fui quase que correndo até a porta, tropeçando em alguns brinquedos no caminho, apenas torcendo para que a pessoa do outro lado fosse paciente e não voltasse a encostar o dedo naquela companhia. Minha torcida não serviu de nada e quando eu já estava com a mão a alguns milímetros da maçaneta o som estridente voltou a gemer pelo apartamento. Destravei a porta com a digital usando toda a raiva que eu tinha no momento para isso.

—O que foi? —Rosnei antes mesmo de abrir a porta por completo e conseguir ver que estava querendo acordar minhas filhas.

—Desculpa eu só. —No instante em que meu cérebro conseguiu identificar o Edward ali todo o meu corpo se retestou enquanto eu o encarava morrendo de vergonha pela minha reação.

—Eu que peço desculpas eu não devia ter me comportado assim é que as minhas filhas acabaram de pegar no sono e elas estão dormindo aqui na sala e eu não queria que elas acordassem. —Eu me sentia muito, muito menos, envergonhada.

—Tudo bem. —Foi dá boca para fora eu o conhecia o suficiente apara saber que ele tinha sido afetado negativamente com minha leve explosão.

—É... —Mordi os lábios sem saber o que dizer a ele. —Que entrar? —Perguntei. Teria que receber ele na sala de jantar, mas eu tinha certeza de que ele podia lidar com isso. —Vamos ter que ficar na sala de jantar porque as meninas estão dormindo na sala.

—Porque elas estão na sala? Elas não têm quartos?

—Tem Edward. —Ele me olhou do jeito que deixava claro que ele queria mais informação do que eu estava dando a ele. —Pegaram no sono e eu não aguento – e nem posso. Pensei e mantive para mim. – mais dá colo a elas então vamos todas dormir no sofá. —Não tinha a mínima condição de deixá-las dormindo ali sozinha se uma acordasse irá acordaria as outras e elas aprontariam estando sem supervisão.

Resmungou alguma coisa incompreensível. Observei-o ficando desconfortável mudando o peso para a perna esquerda e colocando a mão vazia no bolso. Só ali eu reparei que ele tinha uma sacola de papel na mão.

—O que é isso? —Não resisti a curiosidade.

Ele sorriu de um jeito tranquilo, os olhos brilhando de uma maneira irresistível me obrigando devolver um sorriso tímido para ele. Mesmo quando eu era casada e tendo uma boa relação com o James, ele nunca tinha me olhado daquele jeito. Homem nenhum jamais tinha me olhado assim antes.

—Eu pensei em trazer um vinho e ficarmos bebendo e conversando. —Ele tirou a garrafa de dentro da bolsa, era o meu vinho favorito. —Eu pensei em vir mais tarde, mas fiquei com medo de você está dormindo e o Emmett me garantiu que nesse horário suas filhas já estariam dormindo. —Eu tinha que confessar que mesmo de um jeito estranho ele vinha se esforçando.

Era fofo. Mesmo que ele ainda tivesse sendo muito idiota em relação a minhas filhas.

—Entra. —Dei espaço a ele que ainda estava desconfortavelmente parado na porta.

Ele passou por mim entrando no meu apartamento.

—Seja bem vindo. Só uma pergunta como você conseguiu subir sem ser anunciado? —Eu como mãe de cinco anjinhos precisava de algumas garantias, principalmente porque eu pagava um condomínio caro para ter segurança e isso incluía um porteiro e eu tinha certeza de jamais ter dado carta branca a entrada do Edward. Só depois que as palavras estavam fora que eu me dei conta de que eu já tinha incluído aquele anjinho ou anjinha na equação, mesmo que eu tivesse tentando me esforçar para fugir daquilo não tinha mais o que ser feito, eu seria mãe novamente. Engoli em seco quando o poder daquela afirmação me tocou. Nada do que acontecesse dali para frente mudaria aquilo e não era justo eu deixar de curti aquele momento.

—Fiz uma obra em um dos apartamentos aqui e o porteiro me reconheceu por isso ele me deixou subir. —Precisei de alguns segundos para entender o que ele estava falando e que ainda estava no assunto anterior.

—Hum. —Suspirei sabendo que provavelmente ele tinha usado todo o seu charme para conseguir aquilo. Ele sabia ser charmoso principalmente quando queria.

—Vamos para a sala de jantar. —Tomou pose e seguiu mostrando que se lembrava bem do caminho. —Onde tem taças? —Esbarrou em uma das cadeiras de um jeito bruto fazendo barrulho.

—Silêncio você não vai querer acordar elas. —Os olhos dele se arregalaram de um jeito engraçado. Ele em breve teria que superar seu medo de crianças por bem ou por mal, porque ele teria uma. Paralisei não queria falar sobre aquilo sem ter a minha vida estabilizada, só que isso não ia acontecer tão cedo. O telefonema que eu tinha dado mais cedo para o Jacob, para minhas princesinhas falarem com ele, deixou claro que ele precisaria de alguns meses e eu não tinha como manter uma gravidez em segredo por meses – porque podia ser um mês ou nove e eu tinha que começar a adaptar minha vida para minha nova realidade e isso incluía o Edward, as meninas, meu trabalho eu precisaria lidar com tudo aquilo agora e não quando aquele bebê nascesse.

—Bebe na garrafa. Sinceramente eu acho que você vai precisa. —Ele deixou a garrafa em cima da mesa e girou no calcanhar me encarando. Seu rosto um livro aberto deixava claro que ele não estava entendendo o que eu queria dizer com aquilo.

—Você está estranha. —Mordi os lábios sem saber como iniciar aquele assunto. Eu estava morrendo de medo, sentia meu corpo tremendo. Meu medo era todo da reação dele não queria nem um pouco me decepcionar novamente com um homem para qual eu tinha entregado meu coração. Mas parecia que esse era meu destino.

Fechei os olhos, tomei uma lufada de ar e comecei do começo. Não tinha nada além daquilo para ser dito.

—Eu estou grávida.

[Cont...]

Notas Finais

Vocês vão me odiar por está de volta?
Não tenho uma justificativa boa para o meu sumiço não é como em "Te amo!" (para que não conhece é uma outra fanfic minha) que eu apenas não sabia mais para onde ir com a história, aqui eu sei exatamente o que eu quero para cada capitulo (viva o planejamento) e só sentar e escrever, mas algo deu errado nessa parte e eu não estava conseguindo prosseguir. Finalmente tive inspiração e o capítulo saiu. Espero que tenha gostado. E aí qual são as apostas para como o Edward vai reagir a noticia?
♥ Convido-os a conhecer meu primeiro livro. ♥
Dominada - A missão (livro 1)
Ava Stewart é uma adolescente que descobre que os pais fazem parte do serviço secreto no mesmo momento em que acidentalmente se vê envolvida em uma das missões deles. Usar o interesse sexual de um mafioso contra ele a fim de prendê-lo é a missão que é destinada a ela, mesmo que ela não seja uma agente e muito menos treinada para isso. Sem escolha ela se vê envolvida em uma teia de poder, perigo, dinheiro, luxuria e muitos segredos. E pôde colocar tudo a perder quando se vê apaixonada...
Uma história onde o vilão e o mocinho não se diferem muito.
"Eu jamais conseguiria lidar com a consequência da segunda opção e aquilo deixava claro que eu na verdade eu não tinha opção nenhuma, era apenas um jogo para me enganar e fingir que eu tinha alguma escolha, que era minha decisão. Então eu faria aquilo, daria meu melhor fazendo o que me fosse ordenado a fazer, mesmo que isso significasse ser dominada pela situação e que depois eu tivesse que lidar com tudo que resultasse sozinha."
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06/02/2020
Não betado.

As filhas da minha noiva - Capítulo 11

Fechei a porta da minha sala sem saber como reagi. Eu ainda não tinha conseguido dormir, nem um pouquinho – e olha que eu era uma grávida que dormia atoa, no momento em que eu falei às palavras que nos colocaram naquela situação (óbvio que foi bem mais que palavras que nos colocaram ali) tudo pareceu desandar e eu nem tive tempo de fraquejar. Precisei ser forte mesmo sem querer e tive que fingir que nada estava acontecendo e que aquelas palavras não saíram da boca dele, ou melhor, eu precisei garantir para mim mesma que jamais esqueceria que aquelas palavras saíram da boca dele, jamais eu poderia perdoar o jeito que ele reagiu aquilo em momento algum eu reconheci o Edward que eu me apaixonei e por quem eu tinha resolvido depois de muito tempo dá uma nova chance ao meu coração. Estava cansada de ficar defendendo e perdoando o imperdoável, jamais conseguiria esquecer e muito menos perdoar ele ter sugerido ou sei lá que merda foi aquilo para que eu matasse aquele bebezinho dentro de mim. Ele já tinha deixado claro mais de uma vez que não conseguia entender o que eu sentia e nem compartilhava comigo aquele tipo de sentimento e eu realmente esperei que ele surtasse, desmaiasse ou qualquer atitude assim, mas ele tinha ultrapassado o limite, um limite bem rígido para mim e dali não tinha mais volta. Agora mais do que nunca o melhor seria cada um seguir seu caminho e encontrar sua felicidade do jeito que fosse.

De certa forma eu não podia culpar ele por aquilo, ele tinha deixado claro mais de uma vez que ele não servia para esse papel e a culpa era minha de esperar dele mais do que ele podia oferecer.

Me sentei em frente ao computador abrindo a versão online do meu contrato, enviei uma copia a minha advogada ela teria que começar a trabalhar para minha recisão. Eu pagaria uma fortuna, seria obrigada a vender meu apartamento e muito provavelmente voltar às saias da minha mãe. Porém eu não podia obrigar ele a nada e permanecer ali meio que estaria fazendo aquilo. Ele tinha uma família que conhecendo-os do jeito que eu conhecia iria querer obrigar ele a fazer algo que ele não queria e eu jamais iria expor meu bebe a um relacionamento daquele tipo com um pai que não o queria já bastava o James com as meninas. O melhor a se fazer era me afastar. Aproveitei meu e-mail aberto e mandei uma mensagem para o meu antigo chefe, não custava nada tentar uma chance no meu antigo local de trabalho. Provavelmente eu receberia menos se fosse contratada conseguir um emprego estando grávida era difícil, mas eu tinha cinco crianças para cuidar então ficar desempregada esperando a proposta perfeita não funcionaria.

Com o e-mail enviado eu apenas abri minha agenda conferindo os projetos já aceitos que não teria como mudar e que eu precisaria levar até o fim para não aumentar minha recisão já milionária. Teria que conseguir um jeito de conciliar aquilo e finalizar todos aqueles projetos em tempo recorde antes que minha barriga se tornasse evidente. Voltei ao meu e-mail entrando em contato com a organizadora de festa que eu tinha recebido recomendação da professora das meninas cancelando a festa delas (mais uma multa para mim pagar), porém eu usaria aquela oportunidade delas quererem ficar com o James para ir para casa, falar com os meus pais e começar a me organizar para minha volta.

Meu telefone tocou e eu encarei o nome da minha advogada pensando bem sobre o que ela queria e se valia a pena atender, mas eu a conhecia para saber que ou eu atendia ou ela não ia fazer o que eu precisava que ela fizesse.

Peguei o telefone atendendo:

—Sim.

—Ficou doida?

—Eu preciso que você faça o que eu pedi sem perguntas e, por favor, também anuncie meu apartamento em alguma imobiliária. —Seria um grande retrocesso vender meu apartamento, a apartamento que eu só tinha conseguido comprar depois de muito sacrifício pessoal onde eu deixei tudo que eu conhecia e uma vida inteira para trás para me mudar para uma cidade estranha com minha princesinhas.

—Seu apartamento? —Ela precisou de um tempo para lidar com aquela nova informação. O ruim de se ter uma advogada como melhor amiga. —O que aconteceu Bells?

Ignorei-a por alguns segundos pensando o que eu diria a ela. Anotei no meu planner em negrito “contratar uma babá.” Se eu queria terminar aquilo enquanto eu podia sair sem fazer da minha gravidez uma grande coisa eu precisaria de alguém para ficar com as minhas anjinhas mesmo que eu precisasse contratar uma babá nova todos os dias.

—Você vai ter sua amiga de volta. —Talvez a única parte boa era ficar perto da minha melhor amiga.

—Me conta o que está acontecendo ou eu vou pegar o primeiro voou para ai. —Tinha certeza de que ela não estava brincando.

—Posso te ligar mais tarde preciso resolver algumas coisas agora e mais tarde vou poder te contar tudo em detalhes.

—Bells.

—Agora você pode, por favor, agilizar isso que eu te pedi.

—Tem certeza? —Voltou a perguntar.

Não tinha muito o que pensar.

—Tenho.

[...]

—Isabella. —pensei em ignorar meu chefe e continuar meu caminho, mas eu não poderia fugir daquilo para sempre.

—Sim senhor.

—Que história é essa de você está pedindo demissão? —Ele parecia irritado como nunca antes eu tinha visto. —E principalmente está pedindo demissão através de uma advogada. Pensei que você soubesse que tem liberdade comigo para conversar sobre qualquer coisa. —Não tinha nenhuma maneira, exceto a verdade, para eu explicar aquilo de um jeito que ele não se sentisse ofendido.

—Eu já tomei minha decisão e espero que o senhor a respeite. —Ele me encarou com raiva.

—O que está acontecendo? Ou melhor, o que o Edward fez? —Bem previsível.

—Nada. Apenas preciso voltar para Londres.

—E você não podia pedir uma pausa no seu trabalho? Como vai ficar seu relacionamento com meu filho? —Senti minha cabeça girar lentamente. Aquele era justo o assunto que eu não queria conversar com ele. —Falando nele. —Não precisava me virar para ter certeza de que o Edward tinha chegado ao ambiente. Provavelmente ele não tinha me visto ali, tinha certeza de que ele não ia querer participar de um encontro como aquele, principalmente depois de eu ter o expulsado da minha casa.

—Eu estou voltando para casa sem chance de retorno. —Fui firme não sei para qual dos dois ouvir. Meu estomago girou e eu fiz ânsia sobre o olhar atento do meu ex-sogro. Aquele era um péssimo momento para aquilo. O nervoso tomou conta de mim, meu ex-sogro era uma pessoa muito atenta e eu não queria de forma nenhuma que ele nem ao menos desconfiasse da minha gravidez. Dei um passo em direção ao elevador apenas querendo sumir daquele lugar. O movimento foi muito rápido e minha cabeça girou escurecendo.

[...]

Tentei me levantar, mas mãos me mantiveram firme no lugar.

—Eu preciso buscar minhas filhas na escola. —O toque do meu despertador que eu tinha colocado para não esquecer ou perder o horário delas tocava em algum lugar próximo. Tentei novamente me levantar novamente fui impedida.

—Ei fique calma e quieta a ambulância já está a caminho. —Encarei o teto da construtora. Estávamos no hall do meu escritório. Eu estava deitada no chão e sentia um forte cheiro de sangue, levei minhas mãos a minha intimidade sentindo uma umidade ali voltei à mão ao alcance dos olhos. Tinha sangue ali. Senti minha cabeça girar novamente isso não podia está acontecendo. Aquele sempre foi um dos meus maiores medos quando eu descobri que estava grávida de três princesinhas e os médicos diziam que tinha muita possibilidade de que elas não resistissem ou que eu podia perder uma delas.

—Você deve está feliz. —Não resisti. Fechei os olhos tentando controlar a tontura. Não queria ver a reação dele diante daquelas palavras.

—Não sabia que você tinha uma visão tão suja assim de mim. —Não tinha certeza se tinha ouvido aquilo dele mesmo eu me sentia distante.

[...]

—Edward. —Tentei me mexer percebendo que meu corpo estava completamente imobilizado.

—Fique calma senhora estamos a caminho do hospital. —Meus pensamentos estavam entrando em foco.

Senti um aperto na minha mão. Eu conhecia aquele toque.

—Edward. —Chamei novamente dessa vez mais alto.

—Eu estou aqui. Por favor, não se estresse. —Pediu. O tom de voz dele era assustado de um jeito que eu nunca tinha experimentado antes. —Já estamos chegando ao hospital.

Ele falava demais.

—Edward fique quieto e me escute. —Meu corpo inteiro protestou pelo esforço em falar mais alto. Eu estava passando pelo momento mais difícil da minha vida e isso não me abdicaria de ser responsável. Elas só tinham a mim naquele momento e naquela cidade e eu estaria indisponível. —Eu preciso que você pegue minhas filhas na escola eu sei o quanto estou te pedindo, mas eu não tenho a quem pedir isso.

Naquele instante eu me arrependi friamente de ter me mudado, como eu não tinha pensado naquela possibilidade, naquela cidade grande eu estava completamente sozinha e deixando minhas meninas completamente sozinhas. Óbvios que nos meus planos eu sempre teria o Jacob, mas ele não estava ali e estava tão longe como todos os outros e se Edward não fizesse aquilo elas ficariam abandonadas na escola e eu podia imaginar o desespero que tomaria conta delas. Pensar nisso fez meu coração acelerar e eu me senti ficando sem ar, mas eu não podia me permitir aquilo antes de ter certeza de que o Edward faria o que eu tinha pedido.

—Você só precisa pegar elas e levar elas até o hospital só não as deixe sozinha por favor faça isso por mim e eu prometo nunca mais te pedir nada. —Eu não tinha a menor ideia do que eu faria com elas em um hospital, mas naquele instante e naquela situação aquilo era o máximo que eu podia me permitir fazer quando chegasse ao hospital e descobrisse o que me aconteceria. Só de pensar nas possibilidades eu apenas conseguia sentir medo.

[...]

Notas Finais

Comentem me deixem saber o que estão achando...
Não betado.
03/03/2020

Fanfic: As filhas da minha noiva

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