Lousie Brandon
As lágrimas banhavam meu rosto desde o momento em que eu tinha sido algemada na minha casa e trazia para a delegacia, ou melhor dizendo, desde o momento em que eu tinha percebido que o que eu sabia sobre primeiros socorros não era suficiente pra salvar aquele bebê. Eu tinha prestado depoimento em prantos, eu ainda não podia acreditar que estava sendo acusada de matar meu enteado. Aquilo só podia ser um sonho bem louco, nada daquilo era verdade, eu estava acostumada com pesadelos horríveis aquele devia ser só mais um que daqui a pouco passaria eu só precisava relaxa e esperar alguns minutos que o efeito do sonífero passaria e eu acordaria daquele horror.
Não adiantou esperar parecia que eu nunca iria acorda, eu não fazia idéia de quantas horas eu estava ali dentro, mas eu não aquentava mais e eu precisava dos meus remédios, eu precisava dormi e fugir daquele pesadelo que estava a cada segundo se provando ser bem real.
Um policial bateu nas grades da cela, avisando:
—Você tem visita.
Eu nem mesmo tinha conseguido agir como advogada e lembrar de ligar pra alguém, então como eu poderia receber visitas esse foi o pensamento que inicialmente passou pela minha cabeça, porém não hesitei em levantar e me encaminhar para próximo a grade.
—Quem está ai? —Perguntei.
—Calada.
Resolvi colaborar, aquele era meu meio e sabia que se eu tivesse o ódio dos guardas a minha situação ali dentro iria piorar ainda mais. Tive que ser algemada e aquilo me doeu bem mais do que quando ele me mandou ficar calada. Coloquei as mãos entre um dos vãos da grade e senti as argolas de metal fecharem no meu pulso com um clique, estava apertado demais e eu agradeci mentalmente por pelo menos ele me algemar com as mãos pra frente se fosse pra trás aquilo seria bem pior.
Eu ainda estava sem saber o que fazer, quando a realidade dos fatos começou a se mostra a mim e eu percebi que estava realmente presa e o pior sendo acusada daquele crime horrível como alguém poderia achar que eu teria coragem de tirar a vida de um bebê, principalmente daquela forma tão cruel.
Era um fato que aquele policial não me responderia mais nada, estava estampado na cara dele que ele achava que eu era culpada, possivelmente ele era pai e era meio impossível não colocar nosso próprio filho no lugar, de certa forma eu o entendia, eu era mãe. Só que eu não tinha feito o que me acusavam eu jamais teria coragem e nem motivos pra isso.
Na porta da sala de visitas o policial tirou minhas algemas e abriu a porta para que eu entrasse, só podia ser meu advogado para eles permitirem que eu ficasse sozinha e ainda sem as algemas. Se meu advogado estava ali só podia significar que já era publico e possivelmente minha família já sabia e eu precisava deles, mas do que eu já imaginei precisar.
Só que dentro da sala não era nenhum advogado que me esperava e sim meu marido, Robert Brandon.
Nos éramos casados já a seis anos, namorávamos desde quando eu tinha quatorze o que completava um total de dezesseis anos de relacionamento. Ninguém me conhecia melhor do que ele. Nosso relacionamento teve seus altos e baixos, mas sempre foi firme eu confiava nele e ele confiava em mim era assim que funcionava independente de tudo existia entre nos dois confiança. Então eu sabia que naquele momento ele era a melhor pessoa que eu podia contar, ele me conhecia como ninguém e sabia que eu jamais faria aquilo e se eu estava mesmo presa eu precisava dele pra suportar tudo aquilo, não em questão financeira e nem jurídica por que para isso eu poderia contar com meu pai, que era um excelente advogado criminal, eu precisava dele na parte emocional a parte que me deixaria lúcida no meio de toda aquela confusão.
Então sem pensar muito eu me joguei nos braços dele, eu precisava daquilo e sabia que ele também. O filho dele tinha morrido e eu me sentia culpada, era eu que estava vigiando-o se eu não tivesse me distraído nada disso estaria acontecendo.
—Baby que bom que você está aqui eu sinto muito pelo que aconteceu com o Thomas. —Eu sabia que palavras não serviam pra nada, mas eu precisava transmitir pelo menos um pouco do que eu estava sentindo. Era confuso e não parecia real que aquele bebê lindo que sempre atrapalhava minha madrugada já não estava vivo a minha ficha parecia que ainda não tinha caído, a hipótese do sonho ainda vencia e eu tinha esperança que em qualquer momento eu acordaria e estaria tudo bem. Mas se aquilo realmente fosse verdade eu precisava ao menos demonstrar o quanto eu sentia. Com tudo o que eu já tinha passado, a morte do meu filho, eu sabia que nenhum tipo de palavra era suficiente pra aplacar a dor, só pra deixar tudo pior pelo menos foi assim comigo, cada “eu sinto muito” era uma dose a mais de raiva por tudo que aconteceu com meu filho.
Ele me pegou pelos braços com força me afastando dele.
—Como você pode fazer isso Lousie? Como você pode matar meu filho?
Fiquei surpresa com o que ele disse. Como assim? Então ele não acreditava na minha inocência. Ele realmente achava que eu tinha matado o Thomas, que eu tinha tido a capacidade e sangue frio para matar um bebê afogado.
Tentei me afastar dele. O banque tinha sido forte demais, como ele podia achar que eu teria coragem pra isso, logo ele, eu contava que independente de tudo ele estaria do meu lado e agora claramente não estava comigo. Ele me manteve no lugar ainda me segurando pelo braço, com muita força.
—Ande responda.
Ele me sacudiu quase me tirando do chão.
—Meu Deus.
Eu sentia meu estomago embrulha, ser chamada de assassina por qualquer um ali okay eu saberia lidar, agora por ele. Ele que deveria me conhecer melhor que ninguém eu não conseguia e nem podia lidar. Senti o ar faltar e uma sensação de fraqueza, era como se eu estivesse me afogando o que era uma incrível ironia, mas era assim que eu me sentia.
—Me solta você está me machucando.
Eu sentia as lágrimas banhando meu rosto, minhas lagrimas não eram pela dor que seu aperto causava no meu corpo, era algo mais, era meu coração partido, eu nem tinha conseguido ainda entender o luto, entender que o pequeno bebê tinha realmente morrido e o pior daquela forma tão cruel, tão desumano e agora eu tinha que lidar com ele me odiando por algo que eu não tinha feito, algo que eu jamais faria.
Ele me afastou com tanta força que meu corpo foi ao chão. Dali vendo ele em pé eu pude percebe como ele estava, o corpo em uma postura rígida, a face dele transmitia um ódio que era todo concentrado em mim, um jeito que eu nunca tinha visto antes, as mãos tremiam. Era assustador de tantas formas.
—Eu não posso acreditar que você está...
Ele não permitiu que eu completasse a frase, me interrompendo:
—Você não pode acreditar em que? Eu não posso acreditar que você fez isso, como você pode...
Agora tinha sido minha vez de interrompê-lo, eu não o deixaria dizer aquilo em voz alta não de novo. Se ele falasse aquilo tornaria tudo real.
—Sai daqui.
Levantei do chão pronta para sair daquela sala, eu não precisava ficar ali ouvindo-o falar aquele monte de porcaria. Logo eu que estive por ele em todas, absolutamente todas as situações em que ele precisou de mim, até mesmo aquelas que eram imperdoáveis ali estava eu. E agora no momento em que eu precisava dele ele não estaria ali eu não sabia o porquê eu ainda me surpreendia não tinha sido assim tantas outras vezes. O que era aquela situação perto de todas as outras, perto de quando ele me deixou sozinha vendo meu filho morre.
—Você não precisava ter matado ele, você podia ter dito que a presença dele ali era demais pra você. Eu teria arrumado um lugar pra ele ficar, agora como você, logo você que perdeu um filho recentemente...
—Cala a boca. —Eu parti pra cima dele, ele não tinha o direito de colocar meu filho naquela situação, não tinha e nem mesmo de dizer aquelas palavras, não quando eu tinha dito com todas as palavras que eu não queria aquele bebê ali, não pelo bebê porque eu sempre o vi como um inocente que nada tinha a ver com a situação toda, mas por mim mesmo que estava de luto e não me sentia confortável tendo outra criança na casa que eu tinha preparado para o meu filho. Meu dedo estava ali apontado para o rosto dele, mas ele foi mais rápido e as mãos voaram no meu pescoço, com o corpo ele conseguiu me vira me prensando contra a parede.
—Eu tenho vontade de matar você com as minhas próprias mãos. Você já pode para com o seu teatro de mulher que está de luto e que sente pela morte dele, porque você teve a capacidade de matar outro ser totalmente inocente você não sabe o que e amar.
Ele dizia isso enquanto apertava meu pescoço, eu tentava me debater ou gritar por socorro, mas nada surgia efeito e ele continuava a me enforca, em certo momento em um minuto de consciência eu parei de me debater e deixei que ele fizesse aquilo, seria mais fácil eu já não estava vivendo muito antes mesmo, ele só faria o que eu ainda não tinha desenvolvido coragem pra fazer. Alguns minutos antes que eu perdesse a consciência pude percebe que alguém entrando na sala e torcia para que a pessoa deixa-se o Robert termina o que ele tinha começado, seria tão mais fácil. Mas minha felicidade não durou muito e mesmo estando bastante tonta pela privação do oxigênio eu pude percebe alguém afastando o Robert de mim. Assim que as mãos dele se foram do meu pescoço eu senti meu corpo ir ao chão, mesmo que eu não quisesse, eu sentia a necessidade de absorve o máximo de oxigênio que eu conseguisse. Eu me sentia muito debilitada, senti as mãos de alguém em mim tentando me ajudar, a pessoa também falava comigo, mas eu não conseguia ouvir a voz estava muito longe.
[...]
Notas Finais/Avisos
Antes de iniciar essa leitura acho que é valido alguns avisos.Nessa história eu segui um caminho mais dramático e triste então aconselho lerem com uma caixinha de lenço ao lado por que a intenção é fazer vocês chorarem.
Essa mesma história está sendo publicada como fanfic pra ler basta acessar o menu de capitulos.
Como eu disse antes só voltaria a publicar uma nova, ou antiga, história quando eu já as tivesse concluídas e sim "Storm" já está concluída. As atualizações serão dia sim e dia não e a cada recomendação recebida eu publico um novo capitulo. Mas se o retorno dá fic não for satisfatório (muita gente acompanhando e poucos comentários) eu vou alterar para um capitulo por semana, porém eu aviso se isso acontecer.
Obrigada a Alicia pela ajuda na revisão e pelas palavras de incentivo sobre esse novo projeto. Por mais que ainda não estejamos totalmente seguras sobre as virgulas.
Eu ainda não tenho certeza sobre a capa e a sinopse é pode ser que eu a altere no decorrer da história, então fiquem atentos e não esqueçam de adicionar a história nos acompanhamentos pra não perde-la.
É isso, espero que gostem e me deixem saber o que acharam do capitulo.
Não esqueçam de comentar e compartilhar com os amigos.
Obrigada pela leitura!!!
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13/09
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