Lousie Brandon
—Você está bem querida?
Minha mãe estava me fazendo àquela pergunta pela milésima vez. Eu tinha precisado de atendimento medico depois daquela situação com o Robert, agora o delegado tinha aberto uma brecha e eu estava com meu pai e minha mãe na sala de visitas. Eu sabia que essa brecha só tinha sido aberta por que ele estava tentando fugir de um processo por ter colocado minha vida em risco deixando o Robert ficar sozinho comigo e por toda aquela situação.
—Sim.
Não eu não estava nada bem, mas o que eu poderia dizer a ela, já tinha dito tantas vezes aquela mentira que ela estava começando a soar verdade. Eu sabia que a mentira seria melhor pra acalmá-la, eu não precisava que ela sofresse comigo. Mas a verdade era que eu estava um lixo, eu estava sendo acusada de assassinato, como ela queria que eu estivesse era obvio que eu estava mal. Eu nunca tinha imaginado que o Robert poderia reagi daquela maneira, ele nunca era agressivo, bem rígido, mas agressivo jamais. Mas eu o entendia se meu filho que tinha morrido de causas naturais conseguiu causar um tipo de fúria desconhecida em mim, imagina se ele tivesse sido assassinado como aconteceu com o filho dele.
Deitei minha cabeça na perna da minha mãe querendo receber um pouco de carinho, eu não conseguia raciocinar direito, não diante daquela dor que consumia meu coração, parecia que a morte estava me cercando e eu não sabia mais o que fazer.
—Mamãe eu preciso que você faça uma coisa por mim.
—Qualquer coisa meu anjo. —Eu sabia que podia contar com a minha mãe pra tudo, se eu precisasse que ela assumisse um crime por mim ela faria sem pensar duas vezes, mas o que eu queria não era tanto assim.
—Traz os meus remédios pra mim.
—Querida...
Ela era contra eu ter continuado com a medicação, mas o que eu podia fazer se sem eles eu não consegui nem mesmo levantar da cama, meus pensamentos suicidas a pouco provava que eu precisava dos meus antidepressivos, de todos os outros comprimidos também, mas os antidepressivos principalmente. Se eles queriam que eu enfrentasse aquela situação eu precisava dos meus remédios.
—Eu preciso mamãe, não aquento mais essa dor.
—Eu acho difícil que o delegado deixe sua mãe trazer aqueles tipos de comprimidos pra você. —Meu pai se pronunciou pela primeira vez, ele tinha me salvado do Robert. Pelo relato da minha mãe até ela ficou impressionada com a força que meu pai mostrou ao me defender, afinal meu marido era bem jovem e forte já meu pai era mais velho, ali pra mim ficava claro o quanto um pai se transformava pelos seus filhos. Eu entendia o que ele quis dizer sobre os medicamentos não era como se o que eu tomasse fosse ilícito, mas eram remédios bem fortes e controlados.
—Mamãe basta ameaçar o delegado seja discreta você não que ser presa por desacato, mas use o que aconteceu a pouco ele vai ceder ao que você quiser. —Por mais que eu estivesse a mais de dois anos distante da minha profissão eu ainda era a advogada que tinha sido treinada para ser.
—Está bem.
Pelo canto do olho observei meu pai suspirar fundo antes de falar o que eu sentia que estava entalado no fundo da garganta dele.
—Lousie. —Olhei fixando minha atenção nele. —Eu preciso pergunta. —Eu percebia o quanto estava sendo difícil pra ele fazer aquela pergunta, mas era a profissão dele e ele precisava saber. — Você matou... o...Thomas. — Ele dava uma pausa diante de cada palavra que ele pronunciava.
—Charlie. —O tom de voz da minha mãe era recriminatório.
—Deixe-o mamãe, eu sei que ele precisa perguntar isso e sei que você também quer saber a resposta dessa pergunta. Não papai, eu não fiz isso eu nem consigo entender como isso aconteceu. —Foi impossível conter minhas lágrimas.
—Querida eu vi a pericia inicial e a menos que alguém tenha entrado na sua casa você e a única e principal suspeita, você foi presa em flagrante porque não tinha sinais de arrombamento nas portas e nem janelas e os muros são altos e não tem como pularem, isso sem considera que você mora em uma das áreas mais seguras do mundo. Além de não saber explicar pra policia o que aconteceu.
—Eu sei papai, mas eu não fiz o que me acusam.
—Se você está dizendo querida eu acredito. O Robert entregou as fitas de segurança da casa de vocês e logo você vai sair daquilo.
Pelo olhar do meu pai eu podia percebe que essas gravações só me deixariam mais na merda, se o Robert tinha tido aquela reação era por que ele tinha certeza de que eu era culpada.
—Amor, por favor, saia e me deixe conversa um pouquinho com a nossa filha, peça ao Amun que entre. —O Amun era um dos principais advogados do escritório do meu pai. Provavelmente ele seria também meu advogado.
—Mas Charlie porque eu não posso ficar?
—Querida eu e o Amun vamos trabalhar, você quer ver ela livre não quer?
Ela respirou fundo assentindo, meu pai sabia como convencer minha mãe, bastava tocar em mim que desarmava completamente minha mãe.
Minha mãe, pensar nela deixava toda minhas emoções mais afloradas. Ela era uma mulher tão forte e meu maior exemplo de como ser mãe. Suas roupas demonstravam que mesmo com quase sessenta anos ainda era uma mulher muito bonita, seus cabelos lisos muito bem cuidados refletiam um amarelo dourado como sol, seus olhos azuis claros se destacava mesmo no rosto que tinha algumas rugas pela idade que ela não fazia questão de esconder, suas roupas modelavam seu corpo que mesmo com a idade era muito bem cuidado.
Minha mãe me deu um beijo antes de se levantar pra sai, ela passou e deu um selinho no meu pai, eu admirava tanto eles, o relacionamento deles, era quarenta anos juntos. E pensar que um dia eu achei que meu casamento chegaria naquele nível.
Meu pai acompanhou cada passo dela em direção a saída e só quando teve certeza de que ela estava fora ele se virou pra mim novamente.
—Por que você ficou afirmando que o bebê tinha sido assassinado? Por que você não deixou o corpo ser levado como um acidente? —Eu sabia que se eu não tivesse insistido no assassinato eu não teria sido presa em flagrante e eu não teria que provar minha inocência presa. Talvez ninguém nunca nem descobrisse que tinha sido um crime.
—Eu estava tão nervosa quando eu tirei aquele bebê da piscina eu não consegui pensar em mais nada só queria entender o que estava acontecendo. Ele não engatinhava e muito menos andava pra que aquilo fosse um acidente eu só surtei. —Aquela não tinha sido a primeira vez que eu surtei.
—Filha você pode confiar em mim eu só vou pergunta mais uma vez e eu preciso da verdade.
—Eu já disse que eu não fiz nada, poxa, eu não matei o Thomas pelo amor de Deus ele é só um bebêzinho, eu não tenho coragem de matar nem um inseto imagina um bebê.
—Ele era um bebêzinho Lousie, era. —Eu não sabia se ele tinha realmente acreditado no que eu dizia. Fechei meus olhos apoiando minha testa no tampo frio da mesa a minha frente e permiti minha mente viajar nas lembranças daquela manhã.
[...]
—Lou, amor. —Eu sentia o Robert me chamar e mesmo com muito sonho eu abri os olhos e o encarei, na noite que antecedeu aquela manha eu tinha tomado dois dos meus comprimidos para dormi o que normalmente me faria dormi até a hora do almoço. —Eu preciso de um favor seu.
—Hum. —Estava sendo uma tarefa muito difícil manter meus olhos abertos.
—Lou você está prestando atenção em mim? —Balancei a cabeça afirmando.
—Eu preciso que você fique com o Thomas pra mim. —De novo aquela história eu estava cansada de dizer que eu não serviria de babá pra ele.
—Não. —Se era aquilo que ele queria eu podia muito bem aproveitar que eu ainda estava sobre os efeitos dos poderosos comprimidos e dormi em paz.
—Lou. —Ele me sacudiu de novo. Porque ele simplesmente não podia aceitar uma negativa e me deixar em paz.
—Me deixa em paz Robert.
Será que ele não entendia o quanto aquilo era horrível o quanto ele ficar tentando força uma aproximação minha com o filho dele, com o fruto da traição dele. Que saco, eu já tinha dito que não ficaria com o bebê qual era a dificuldade dele entender aquilo. Aquela criança não substituiria meu filho.
—Eu não tenho com quem deixá-lo e a babá dele teve um problema e machucou a mão.
—Ligue pra sua mãe.
Ele realmente tinha conseguido espantar meu sono com aquele papo naquele momento eu estava realmente com muita raiva dele.
—Já fiz isso eu já liguei pra todo mundo que eu poderia deixar ele, mas estão todos com compromissos que não podem ser adiados.
—Já tentou a mãe desse bebê. —Eu não gostava de falar daquela mulher muito menos saber que meu marido ainda mantinha contato com ela, mas ela era uma opção melhor do que eu. Como o sono já tinha ido embora me virei, ficando de barriga pra cima e olhando pela primeira vez pra ele, mesmo que eu buscasse o máximo ficar longe daquele bebê eu sabia que ele era uma coisinha encantadora e eu já tinha tidos muitos “vacilos” em relação a uma das minhas principais missões nos últimos meses que era ficar longe dele. O Robert segurava sua copia numero dois nos braços com uma confiança, uma segurança ele realmente tinha nascido pra ser pai. Aquele bebê era tão parecido com meu marido e conseqüentemente tão parecido com meu filho que chegava a me assustar com as semelhanças, se não fosse o cabelo desse ser loiro enquanto o do meu príncipe era um tom mais escuro, um castanho bem clarinho qualquer um poderia jurar se tratar do meu filho, meu filho morto. Diante daquela constatação eu senti meus olhos encherem de lágrimas, mas consegui me conter eu não queria começar meu dia chorando.
—Ela está viajando Lou, alguma coisa no sul, e como a babá dele esta machucada eu já pedi ela pra vim ficar com ele nos outros dias é só hoje eu prometo.
—Não Robert. —Eu disse e me levantei da cama eu já tinha perdido meu sono mesmo ficar deitada ali só pioraria as coisas eu começaria a pensar em besteira e seria só ladeira abaixo. —Já tentou minha mãe? —Eu sabia que ela não se oporia a ficar com o menino por algumas horas. Peguei meu roupão vestindo queria logo encera aquela conversa e pode fazer minha higiene matinal em paz.
—Sua mãe mora longe você não vai fazer nada o dia inteiro o que te custa. —Observei pelo canto do olho ele colocar o pequeno bebê em cima da nossa cama, onde minutos antes eu estava deitada. Ele colocou o bebê sentado, mas o pequeno não conseguiu sustentar o peso do corpo e caiu para trás nos travesseiros. Aquele bebê estava bem atrasado, ele já estava se encaminhando para o sétimo mês e nem rolava na cama como era comum os bebês fazerem, tirando o fato de conseguir sustentar sua cabeça, ele não tinha evoluído em nada, será que a pediatra dele ainda não tinha percebido isso ou ainda estava com aquele discurso que cada bebê tem seu tempo quando na verdade ela nem fazia exames mais específicos pra saber se de repente ele tinha algum problema nos ossos ou se era algum problema com estimular mais ele, se fosse meu filho eu com certeza já teria exigido isso, mas como não era eu preferia só observa de longe sem me meter, ele tinha mãe e pai pra isso. Mas minha sogra estava de olho na tal pediatra, afinal o hospital que aquela medica trabalhava era dela.
—Me custa muito e eu já disse que não então tente minha mãe ou leve ele para o seu trabalho com você.
Ele passou a mão pelo cabelo em um claro sinal de irritação.
—Desculpa. —Ele se aproximou de mim e me deu um beijo suave e simples um cumprimento de bom dia e continuou. —Mas eu estou atrasado tenho uma reunião daqui a pouco e prometo que volto depois do almoço são só algumas horas. —Antes que eu pudesse entender o que ele dizia ele já estava fora do quarto ele tinha saído correndo como uma criança que sabia que estava aprontando e me deixado ali com aquele bebê.
—Robert. —Gritei, meu grito assustou o bebê que resmungou, não foi o suficiente para ele chorar, mas ele não gostou muito. Sai do quarto sem me preocupar com o bebê, ele estava no meio da cama e não rolava mesmo então ele não cairia. Eu ainda pude encontra com o Robert ele estava começando a descer a escada, ele já tinha vestido o palitó e estava com a pasta dele na mão. Chamei ele de novo ele não podia deixar aquele bebê ali quando eu já tinha dito que não queria tomar conta dele. Ele se virou pra mim e subiu os poucos degraus que tinha decido, parando na minha frente antes de falar:
—E só algumas poucas horas eu prometo. —Ele se aproximou mais de mim e me deu um selinho e só me restou ficar ali observando ele ir.
Só quando a porta do andar de baixo bateu que eu despertei e voltei para o quarto, como não me resta mais escolha, eu tinha que cuidar daquele bebê. Parei em frente à cama o bebê me acompanhava com o olhar, mesmo com seu atraso nos movimentos ele era bem curioso, estava sempre com os belos olhos verdes bem abertos prestando atenção em tudo.
—Já que seu pai nos deixou sozinhos, você aguarda ai que eu vou ao banheiro e já volto. Qualquer coisa chora que eu volto correndo ok? —Ele riu pra mim e foi impossível não direcionar um sorriso de volta a ele, eu sabia que ele não tinha culpa, era só mais um inocente no meio daquela confusão toda.
...
—Lousie. —Meu pai me chamou me tirando das minhas lembranças, eu ainda não acreditava que ele tinha morrido, eu estava buscando esquecer o momento em que eu tirei ele daquela piscina já sem vida.
—Sim. —Minha voz estava tremula, eu estava lutando muito contra as lágrimas. Naquele momento tudo aquilo voltou a fazer sentindo, tudo começou a se mostrar mais claro. Meu Deus eu estava presa sendo acusada de ter matado aquele menininho. Como alguém pode ter tido coragem de matar um bebê.
—Você não ouviu nada do que eu falei não é?
Eu nem sabia que ele tinha falado mais nada. Com certeza eu devo ter viajado, já que eu nem tinha reparado o Anum na sala.
—Sinto muito.
Senti uma lágrima traiçoeira escapar rolando pelo meu rosto e eu enxuguei buscando me controlar, quantas vezes eu já tinha feito aquilo era só por mais alguns minutos e depois eu ficaria sozinha e poderia chorar sem preocupar ninguém.
—Querida. —Meu pai se levantou e veio se sentar ao meu lado e me puxou para seus braços. —Vai dá tudo certo. —Não eu tinha certeza que daria tudo errado, desde do inicio da minha gravidez as coisas começaram a dar errado e só estavam despencando eu não sabia mais o que fazer. Só podia ser alguma praga ou maldição não era possível o que eu tinha feito para vida me bater tantas vezes e tantas vezes mais e com tanta força. Eu já não aquentava mais. Permiti que meu pai me consolasse por mais alguns minutos, eu sabia que aquele não era o momento mais indicado para que eu fracassase, então tirei forças de onde eu nem sabia que eu tinha e me concentrei para parar de chorar, meu pai tirou um lenço do bolso do terno e me estendeu, enxuguei minhas lágrimas e me afastei do abraço dele, eu precisava começar a entender o que estava acontecendo e quais seriam os próximos passos para conseguir prova minha inocência.
—Então o que realmente eles têm contra mim? —Perguntei diretamente ao Anum eu não sabia o que eles tinham dito no momento em que eu passei presa nas minhas lembranças então seria melhor começar buscando saber o que eles estavam me acusando.
—O seu marido acabou de tirar sua chance de alegar que alguém possa ter entrado na sua casa, porque ele entregou a pouco uma fita com as gravações do dia de hoje e a pericia já analisou e provou que não houve se quer uma aproximação suspeita. —Eu não estava entendo o por que eles estavam trabalhando com tanta presa para provar que eu era culpada, a pericia nas filmagens devia demorar pelo menos alguns dias e não ser imediata.
—Porque essa presa, como que eles já tem um laudo? —Expressei minhas duvidas.
Percebi uma troca de olhares entre meu pai e o Anum, eles estavam me escondendo algo.
—Eu tenho o direito de saber.
—Não é um laudo oficial, o laudo oficial só sai em alguns dias, mas o delegado já procurou rapidamente naquela gravação e nada consta, mas eu já solicitei uma pericia mais especifica pra descobri se foi editado ou coisa do tipo. —Ele estava certo antes de descarta a gravação como prova da minha inocência precisávamos ter certeza dela não ter sido modificada ou nada, porque se realmente ninguém tivesse entrado lá e feito aquilo pra me incriminar, não restaria mais nada em que eu pudesse me defender e eu acabaria pagando por um crime que eu não tinha cometido, porque eu tinha total certeza de que eu não tinha feito aquilo.
—Eu tenho certeza de que vão achar algo. —Só me restava ter esperança.
—O Anum entrou com um pedido de habeas corpus, mas você precisa saber que e cinqüenta por cento pros dois lados, a grandes chances de não ser concedido. —Meu pai nem precisava falar aquilo porque eu tinha total ciência, tanto que eu nem perderia meu tempo solicitando um, por que, dificilmente algum juiz me deixaria aguarda o julgamento em liberdade, não sendo acusada do crime que eu estava sendo. E meu pai estava completamente enganado, as chances de me ser negado era bem maiores.
—Eu sei.
O Anum me olhou com pena, ela tinha me visto cresce e sabia que não devia está sendo nada fácil pra ele me ver naquela situação.
Batidas na porta nos tirou daquele silencio constrangedor. Minha melhor opção era aqueles dois sentando ali na minha frente. Minha mãe voltou a sala com meus comprimidos em mão ela me estendeu o potinho que vinha sendo minha salvação desde o dia em que eu perdi meu filho. Tomei dois comprimidos sem nem precisar de água eu já estava acostumada com eles e nem sempre tinha água por perto quando eu precisava tomá-los.
—Querida pensei que você tinha diminuído a dose. —Quem falou foi meu pai, como que eu podia diminuir a dose naquele momento.
—Vou pedir uma ordem de restrição para o Robert ele está muito abalado com tudo o que aconteceu e não sei do que ele é capaz. —Não disse nada, eu nunca imaginei que chegaríamos aquele ponto, não com ele.
Um policial mal encarado entrou na sala avisando que nosso tempo tinha chegado ao fim. Minha mãe se aproximou de mim e me abraçou.
—Eu vou trazer produtos de higiene pessoal pra você e algumas comidas que você gosta. —Abracei ela aproveitando aquele momento. —Não se preocupa seu pai vai tira você daqui.
—Mamãe não se encha de esperança eu sei muito bem qual é a minha situação. —Eu não tinha feito o que me acusavam, mas as provas estavam todos contra mim e seria muito difícil conseguir provar que eu não era culpada eu podia dizer isso só olhando pro rosto dos dois homens que mais me inspiraram na minha profissão. Se os melhores pareciam perdidos eu tinha um bom spoiler de como eu estava ferrada.
—Pensamento positivo querida, só pense positivo que vai dá certo. —Não, nada daria certo e sinceramente e era tão ruim e eu não conseguia nem me importar.
[...]
—Você está bem querida?
Minha mãe estava me fazendo àquela pergunta pela milésima vez. Eu tinha precisado de atendimento medico depois daquela situação com o Robert, agora o delegado tinha aberto uma brecha e eu estava com meu pai e minha mãe na sala de visitas. Eu sabia que essa brecha só tinha sido aberta por que ele estava tentando fugir de um processo por ter colocado minha vida em risco deixando o Robert ficar sozinho comigo e por toda aquela situação.
—Sim.
Não eu não estava nada bem, mas o que eu poderia dizer a ela, já tinha dito tantas vezes aquela mentira que ela estava começando a soar verdade. Eu sabia que a mentira seria melhor pra acalmá-la, eu não precisava que ela sofresse comigo. Mas a verdade era que eu estava um lixo, eu estava sendo acusada de assassinato, como ela queria que eu estivesse era obvio que eu estava mal. Eu nunca tinha imaginado que o Robert poderia reagi daquela maneira, ele nunca era agressivo, bem rígido, mas agressivo jamais. Mas eu o entendia se meu filho que tinha morrido de causas naturais conseguiu causar um tipo de fúria desconhecida em mim, imagina se ele tivesse sido assassinado como aconteceu com o filho dele.
Deitei minha cabeça na perna da minha mãe querendo receber um pouco de carinho, eu não conseguia raciocinar direito, não diante daquela dor que consumia meu coração, parecia que a morte estava me cercando e eu não sabia mais o que fazer.
—Mamãe eu preciso que você faça uma coisa por mim.
—Qualquer coisa meu anjo. —Eu sabia que podia contar com a minha mãe pra tudo, se eu precisasse que ela assumisse um crime por mim ela faria sem pensar duas vezes, mas o que eu queria não era tanto assim.
—Traz os meus remédios pra mim.
—Querida...
Ela era contra eu ter continuado com a medicação, mas o que eu podia fazer se sem eles eu não consegui nem mesmo levantar da cama, meus pensamentos suicidas a pouco provava que eu precisava dos meus antidepressivos, de todos os outros comprimidos também, mas os antidepressivos principalmente. Se eles queriam que eu enfrentasse aquela situação eu precisava dos meus remédios.
—Eu preciso mamãe, não aquento mais essa dor.
—Eu acho difícil que o delegado deixe sua mãe trazer aqueles tipos de comprimidos pra você. —Meu pai se pronunciou pela primeira vez, ele tinha me salvado do Robert. Pelo relato da minha mãe até ela ficou impressionada com a força que meu pai mostrou ao me defender, afinal meu marido era bem jovem e forte já meu pai era mais velho, ali pra mim ficava claro o quanto um pai se transformava pelos seus filhos. Eu entendia o que ele quis dizer sobre os medicamentos não era como se o que eu tomasse fosse ilícito, mas eram remédios bem fortes e controlados.
—Mamãe basta ameaçar o delegado seja discreta você não que ser presa por desacato, mas use o que aconteceu a pouco ele vai ceder ao que você quiser. —Por mais que eu estivesse a mais de dois anos distante da minha profissão eu ainda era a advogada que tinha sido treinada para ser.
—Está bem.
Pelo canto do olho observei meu pai suspirar fundo antes de falar o que eu sentia que estava entalado no fundo da garganta dele.
—Lousie. —Olhei fixando minha atenção nele. —Eu preciso pergunta. —Eu percebia o quanto estava sendo difícil pra ele fazer aquela pergunta, mas era a profissão dele e ele precisava saber. — Você matou... o...Thomas. — Ele dava uma pausa diante de cada palavra que ele pronunciava.
—Charlie. —O tom de voz da minha mãe era recriminatório.
—Deixe-o mamãe, eu sei que ele precisa perguntar isso e sei que você também quer saber a resposta dessa pergunta. Não papai, eu não fiz isso eu nem consigo entender como isso aconteceu. —Foi impossível conter minhas lágrimas.
—Querida eu vi a pericia inicial e a menos que alguém tenha entrado na sua casa você e a única e principal suspeita, você foi presa em flagrante porque não tinha sinais de arrombamento nas portas e nem janelas e os muros são altos e não tem como pularem, isso sem considera que você mora em uma das áreas mais seguras do mundo. Além de não saber explicar pra policia o que aconteceu.
—Eu sei papai, mas eu não fiz o que me acusam.
—Se você está dizendo querida eu acredito. O Robert entregou as fitas de segurança da casa de vocês e logo você vai sair daquilo.
Pelo olhar do meu pai eu podia percebe que essas gravações só me deixariam mais na merda, se o Robert tinha tido aquela reação era por que ele tinha certeza de que eu era culpada.
—Amor, por favor, saia e me deixe conversa um pouquinho com a nossa filha, peça ao Amun que entre. —O Amun era um dos principais advogados do escritório do meu pai. Provavelmente ele seria também meu advogado.
—Mas Charlie porque eu não posso ficar?
—Querida eu e o Amun vamos trabalhar, você quer ver ela livre não quer?
Ela respirou fundo assentindo, meu pai sabia como convencer minha mãe, bastava tocar em mim que desarmava completamente minha mãe.
Minha mãe, pensar nela deixava toda minhas emoções mais afloradas. Ela era uma mulher tão forte e meu maior exemplo de como ser mãe. Suas roupas demonstravam que mesmo com quase sessenta anos ainda era uma mulher muito bonita, seus cabelos lisos muito bem cuidados refletiam um amarelo dourado como sol, seus olhos azuis claros se destacava mesmo no rosto que tinha algumas rugas pela idade que ela não fazia questão de esconder, suas roupas modelavam seu corpo que mesmo com a idade era muito bem cuidado.
Minha mãe me deu um beijo antes de se levantar pra sai, ela passou e deu um selinho no meu pai, eu admirava tanto eles, o relacionamento deles, era quarenta anos juntos. E pensar que um dia eu achei que meu casamento chegaria naquele nível.
Meu pai acompanhou cada passo dela em direção a saída e só quando teve certeza de que ela estava fora ele se virou pra mim novamente.
—Por que você ficou afirmando que o bebê tinha sido assassinado? Por que você não deixou o corpo ser levado como um acidente? —Eu sabia que se eu não tivesse insistido no assassinato eu não teria sido presa em flagrante e eu não teria que provar minha inocência presa. Talvez ninguém nunca nem descobrisse que tinha sido um crime.
—Eu estava tão nervosa quando eu tirei aquele bebê da piscina eu não consegui pensar em mais nada só queria entender o que estava acontecendo. Ele não engatinhava e muito menos andava pra que aquilo fosse um acidente eu só surtei. —Aquela não tinha sido a primeira vez que eu surtei.
—Filha você pode confiar em mim eu só vou pergunta mais uma vez e eu preciso da verdade.
—Eu já disse que eu não fiz nada, poxa, eu não matei o Thomas pelo amor de Deus ele é só um bebêzinho, eu não tenho coragem de matar nem um inseto imagina um bebê.
—Ele era um bebêzinho Lousie, era. —Eu não sabia se ele tinha realmente acreditado no que eu dizia. Fechei meus olhos apoiando minha testa no tampo frio da mesa a minha frente e permiti minha mente viajar nas lembranças daquela manhã.
[...]
—Lou, amor. —Eu sentia o Robert me chamar e mesmo com muito sonho eu abri os olhos e o encarei, na noite que antecedeu aquela manha eu tinha tomado dois dos meus comprimidos para dormi o que normalmente me faria dormi até a hora do almoço. —Eu preciso de um favor seu.
—Hum. —Estava sendo uma tarefa muito difícil manter meus olhos abertos.
—Lou você está prestando atenção em mim? —Balancei a cabeça afirmando.
—Eu preciso que você fique com o Thomas pra mim. —De novo aquela história eu estava cansada de dizer que eu não serviria de babá pra ele.
—Não. —Se era aquilo que ele queria eu podia muito bem aproveitar que eu ainda estava sobre os efeitos dos poderosos comprimidos e dormi em paz.
—Lou. —Ele me sacudiu de novo. Porque ele simplesmente não podia aceitar uma negativa e me deixar em paz.
—Me deixa em paz Robert.
Será que ele não entendia o quanto aquilo era horrível o quanto ele ficar tentando força uma aproximação minha com o filho dele, com o fruto da traição dele. Que saco, eu já tinha dito que não ficaria com o bebê qual era a dificuldade dele entender aquilo. Aquela criança não substituiria meu filho.
—Eu não tenho com quem deixá-lo e a babá dele teve um problema e machucou a mão.
—Ligue pra sua mãe.
Ele realmente tinha conseguido espantar meu sono com aquele papo naquele momento eu estava realmente com muita raiva dele.
—Já fiz isso eu já liguei pra todo mundo que eu poderia deixar ele, mas estão todos com compromissos que não podem ser adiados.
—Já tentou a mãe desse bebê. —Eu não gostava de falar daquela mulher muito menos saber que meu marido ainda mantinha contato com ela, mas ela era uma opção melhor do que eu. Como o sono já tinha ido embora me virei, ficando de barriga pra cima e olhando pela primeira vez pra ele, mesmo que eu buscasse o máximo ficar longe daquele bebê eu sabia que ele era uma coisinha encantadora e eu já tinha tidos muitos “vacilos” em relação a uma das minhas principais missões nos últimos meses que era ficar longe dele. O Robert segurava sua copia numero dois nos braços com uma confiança, uma segurança ele realmente tinha nascido pra ser pai. Aquele bebê era tão parecido com meu marido e conseqüentemente tão parecido com meu filho que chegava a me assustar com as semelhanças, se não fosse o cabelo desse ser loiro enquanto o do meu príncipe era um tom mais escuro, um castanho bem clarinho qualquer um poderia jurar se tratar do meu filho, meu filho morto. Diante daquela constatação eu senti meus olhos encherem de lágrimas, mas consegui me conter eu não queria começar meu dia chorando.
—Ela está viajando Lou, alguma coisa no sul, e como a babá dele esta machucada eu já pedi ela pra vim ficar com ele nos outros dias é só hoje eu prometo.
—Não Robert. —Eu disse e me levantei da cama eu já tinha perdido meu sono mesmo ficar deitada ali só pioraria as coisas eu começaria a pensar em besteira e seria só ladeira abaixo. —Já tentou minha mãe? —Eu sabia que ela não se oporia a ficar com o menino por algumas horas. Peguei meu roupão vestindo queria logo encera aquela conversa e pode fazer minha higiene matinal em paz.
—Sua mãe mora longe você não vai fazer nada o dia inteiro o que te custa. —Observei pelo canto do olho ele colocar o pequeno bebê em cima da nossa cama, onde minutos antes eu estava deitada. Ele colocou o bebê sentado, mas o pequeno não conseguiu sustentar o peso do corpo e caiu para trás nos travesseiros. Aquele bebê estava bem atrasado, ele já estava se encaminhando para o sétimo mês e nem rolava na cama como era comum os bebês fazerem, tirando o fato de conseguir sustentar sua cabeça, ele não tinha evoluído em nada, será que a pediatra dele ainda não tinha percebido isso ou ainda estava com aquele discurso que cada bebê tem seu tempo quando na verdade ela nem fazia exames mais específicos pra saber se de repente ele tinha algum problema nos ossos ou se era algum problema com estimular mais ele, se fosse meu filho eu com certeza já teria exigido isso, mas como não era eu preferia só observa de longe sem me meter, ele tinha mãe e pai pra isso. Mas minha sogra estava de olho na tal pediatra, afinal o hospital que aquela medica trabalhava era dela.
—Me custa muito e eu já disse que não então tente minha mãe ou leve ele para o seu trabalho com você.
Ele passou a mão pelo cabelo em um claro sinal de irritação.
—Desculpa. —Ele se aproximou de mim e me deu um beijo suave e simples um cumprimento de bom dia e continuou. —Mas eu estou atrasado tenho uma reunião daqui a pouco e prometo que volto depois do almoço são só algumas horas. —Antes que eu pudesse entender o que ele dizia ele já estava fora do quarto ele tinha saído correndo como uma criança que sabia que estava aprontando e me deixado ali com aquele bebê.
—Robert. —Gritei, meu grito assustou o bebê que resmungou, não foi o suficiente para ele chorar, mas ele não gostou muito. Sai do quarto sem me preocupar com o bebê, ele estava no meio da cama e não rolava mesmo então ele não cairia. Eu ainda pude encontra com o Robert ele estava começando a descer a escada, ele já tinha vestido o palitó e estava com a pasta dele na mão. Chamei ele de novo ele não podia deixar aquele bebê ali quando eu já tinha dito que não queria tomar conta dele. Ele se virou pra mim e subiu os poucos degraus que tinha decido, parando na minha frente antes de falar:
—E só algumas poucas horas eu prometo. —Ele se aproximou mais de mim e me deu um selinho e só me restou ficar ali observando ele ir.
Só quando a porta do andar de baixo bateu que eu despertei e voltei para o quarto, como não me resta mais escolha, eu tinha que cuidar daquele bebê. Parei em frente à cama o bebê me acompanhava com o olhar, mesmo com seu atraso nos movimentos ele era bem curioso, estava sempre com os belos olhos verdes bem abertos prestando atenção em tudo.
—Já que seu pai nos deixou sozinhos, você aguarda ai que eu vou ao banheiro e já volto. Qualquer coisa chora que eu volto correndo ok? —Ele riu pra mim e foi impossível não direcionar um sorriso de volta a ele, eu sabia que ele não tinha culpa, era só mais um inocente no meio daquela confusão toda.
...
—Lousie. —Meu pai me chamou me tirando das minhas lembranças, eu ainda não acreditava que ele tinha morrido, eu estava buscando esquecer o momento em que eu tirei ele daquela piscina já sem vida.
—Sim. —Minha voz estava tremula, eu estava lutando muito contra as lágrimas. Naquele momento tudo aquilo voltou a fazer sentindo, tudo começou a se mostrar mais claro. Meu Deus eu estava presa sendo acusada de ter matado aquele menininho. Como alguém pode ter tido coragem de matar um bebê.
—Você não ouviu nada do que eu falei não é?
Eu nem sabia que ele tinha falado mais nada. Com certeza eu devo ter viajado, já que eu nem tinha reparado o Anum na sala.
—Sinto muito.
Senti uma lágrima traiçoeira escapar rolando pelo meu rosto e eu enxuguei buscando me controlar, quantas vezes eu já tinha feito aquilo era só por mais alguns minutos e depois eu ficaria sozinha e poderia chorar sem preocupar ninguém.
—Querida. —Meu pai se levantou e veio se sentar ao meu lado e me puxou para seus braços. —Vai dá tudo certo. —Não eu tinha certeza que daria tudo errado, desde do inicio da minha gravidez as coisas começaram a dar errado e só estavam despencando eu não sabia mais o que fazer. Só podia ser alguma praga ou maldição não era possível o que eu tinha feito para vida me bater tantas vezes e tantas vezes mais e com tanta força. Eu já não aquentava mais. Permiti que meu pai me consolasse por mais alguns minutos, eu sabia que aquele não era o momento mais indicado para que eu fracassase, então tirei forças de onde eu nem sabia que eu tinha e me concentrei para parar de chorar, meu pai tirou um lenço do bolso do terno e me estendeu, enxuguei minhas lágrimas e me afastei do abraço dele, eu precisava começar a entender o que estava acontecendo e quais seriam os próximos passos para conseguir prova minha inocência.
—Então o que realmente eles têm contra mim? —Perguntei diretamente ao Anum eu não sabia o que eles tinham dito no momento em que eu passei presa nas minhas lembranças então seria melhor começar buscando saber o que eles estavam me acusando.
—O seu marido acabou de tirar sua chance de alegar que alguém possa ter entrado na sua casa, porque ele entregou a pouco uma fita com as gravações do dia de hoje e a pericia já analisou e provou que não houve se quer uma aproximação suspeita. —Eu não estava entendo o por que eles estavam trabalhando com tanta presa para provar que eu era culpada, a pericia nas filmagens devia demorar pelo menos alguns dias e não ser imediata.
—Porque essa presa, como que eles já tem um laudo? —Expressei minhas duvidas.
Percebi uma troca de olhares entre meu pai e o Anum, eles estavam me escondendo algo.
—Eu tenho o direito de saber.
—Não é um laudo oficial, o laudo oficial só sai em alguns dias, mas o delegado já procurou rapidamente naquela gravação e nada consta, mas eu já solicitei uma pericia mais especifica pra descobri se foi editado ou coisa do tipo. —Ele estava certo antes de descarta a gravação como prova da minha inocência precisávamos ter certeza dela não ter sido modificada ou nada, porque se realmente ninguém tivesse entrado lá e feito aquilo pra me incriminar, não restaria mais nada em que eu pudesse me defender e eu acabaria pagando por um crime que eu não tinha cometido, porque eu tinha total certeza de que eu não tinha feito aquilo.
—Eu tenho certeza de que vão achar algo. —Só me restava ter esperança.
—O Anum entrou com um pedido de habeas corpus, mas você precisa saber que e cinqüenta por cento pros dois lados, a grandes chances de não ser concedido. —Meu pai nem precisava falar aquilo porque eu tinha total ciência, tanto que eu nem perderia meu tempo solicitando um, por que, dificilmente algum juiz me deixaria aguarda o julgamento em liberdade, não sendo acusada do crime que eu estava sendo. E meu pai estava completamente enganado, as chances de me ser negado era bem maiores.
—Eu sei.
O Anum me olhou com pena, ela tinha me visto cresce e sabia que não devia está sendo nada fácil pra ele me ver naquela situação.
Batidas na porta nos tirou daquele silencio constrangedor. Minha melhor opção era aqueles dois sentando ali na minha frente. Minha mãe voltou a sala com meus comprimidos em mão ela me estendeu o potinho que vinha sendo minha salvação desde o dia em que eu perdi meu filho. Tomei dois comprimidos sem nem precisar de água eu já estava acostumada com eles e nem sempre tinha água por perto quando eu precisava tomá-los.
—Querida pensei que você tinha diminuído a dose. —Quem falou foi meu pai, como que eu podia diminuir a dose naquele momento.
—Vou pedir uma ordem de restrição para o Robert ele está muito abalado com tudo o que aconteceu e não sei do que ele é capaz. —Não disse nada, eu nunca imaginei que chegaríamos aquele ponto, não com ele.
Um policial mal encarado entrou na sala avisando que nosso tempo tinha chegado ao fim. Minha mãe se aproximou de mim e me abraçou.
—Eu vou trazer produtos de higiene pessoal pra você e algumas comidas que você gosta. —Abracei ela aproveitando aquele momento. —Não se preocupa seu pai vai tira você daqui.
—Mamãe não se encha de esperança eu sei muito bem qual é a minha situação. —Eu não tinha feito o que me acusavam, mas as provas estavam todos contra mim e seria muito difícil conseguir provar que eu não era culpada eu podia dizer isso só olhando pro rosto dos dois homens que mais me inspiraram na minha profissão. Se os melhores pareciam perdidos eu tinha um bom spoiler de como eu estava ferrada.
—Pensamento positivo querida, só pense positivo que vai dá certo. —Não, nada daria certo e sinceramente e era tão ruim e eu não conseguia nem me importar.
[...]
Notas Finais/Avisos
Antes de iniciar essa leitura acho que é valido alguns avisos.Nessa história eu segui um caminho mais dramático e triste então aconselho lerem com uma caixinha de lenço ao lado por que a intenção é fazer vocês chorarem.
Essa mesma história está sendo publicada como fanfic pra ler basta acessar o menu de capitulos.
Como eu disse antes só voltaria a publicar uma nova, ou antiga, história quando eu já as tivesse concluídas e sim "Storm" já está concluída. As atualizações serão dia sim e dia não e a cada recomendação recebida eu publico um novo capitulo. Mas se o retorno dá fic não for satisfatório (muita gente acompanhando e poucos comentários) eu vou alterar para um capitulo por semana, porém eu aviso se isso acontecer.
Obrigada a Alicia pela ajuda na revisão e pelas palavras de incentivo sobre esse novo projeto. Por mais que ainda não estejamos totalmente seguras sobre as virgulas.
Eu ainda não tenho certeza sobre a capa e a sinopse é pode ser que eu a altere no decorrer da história, então fiquem atentos e não esqueçam de adicionar a história nos acompanhamentos pra não perde-la.
É isso, espero que gostem e me deixem saber o que acharam do capitulo.
Não esqueçam de comentar e compartilhar com os amigos.
Obrigada pela leitura!!!
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13/09
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