Livro: Baile de Máscaras
Autor(a): Tatiana Amaral
Editora: : Pandorga
Páginas: 196
Classificação:
Sinopse:
Milena está no limite da sua paciência. Precisando atender a um chefe abusivo e machista ela não consegue entender como foi se enrolar tanto para precisar daquele emprego. Ansiosa pelo carnaval e pelo tempo que conseguirá ficar longe do chefe, Milena não faz nem ideia de que a espera. Após receber um convite nada comum, para um baile de máscaras com a sua antiga turma do colegial, ela vai reviver antigas mágoas que a colocarão em um jogo onde mostrar a verdadeira face não é a melhor escolha.
Milena, Luiz e Afonso vão viver os mais loucos e decisivos dias , e juntos vão aprender que muitas vezes o amor veste a sua melhor máscara, afinal de contas, é carnaval.
Alerta essa resenha pode acabar tendo alguns spoilers.
Baile de mascaras foi o livro escolhido para o final de semana e eu devorei a história. Em apenas um dia e eu já havia concluído a leitura.
Abrindo a varando para dar passagem ao Carnaval, afinal de contas era tudo fantasia e finalmente, no penúltimo dia, precisaríamos tirar as máscaras.
Aqui temos Milena uma mulher de vinte e oito anos completamente infeliz no seu trabalho onde exerce o cargo de secretária mesmo tendo formação superior a isso e que podia está em outro cargo. O chefe dela é um cretino machista e que tem a capacidade de fazer qualquer pessoa preferir a morte do que trabalhar com ele. Fica em claro pra mocinha que ali tendo aquele chefe ela nunca vai alcançar um cargo maior do que o que tem agora por mais que se mostra adequada a postos maiores dentro da empresa. Preciso confessar que nesse começo eu realmente fui levada a acreditar que seria algo entre secretária e chefe só que não é bem assim...
A história se passa durante o carnaval no qual ela tem uma folga desse emprego e é convencida pela amiga a comparecer a um baile de mascaras que sua antiga escola está promovendo para que os alunos se reencontrem, reencontre seus antigos amigos, inimigos, amores e magoas do passado. No começo ela não está muito contente com a ideia de comparecer ao baile principalmente porque nada do que ela planejou pra sua vida tendo aquela idade se concretizou. Ela continua morando com os pais, em um emprego que detesta e não quer que os amigos do passado descubram isso. Porém ela acaba sendo convencida.
Hummmmm!!!!! Que espertinho. Mas quer saber? Eu ia sim. Faria Afonso relembrar o quanto era bom estar comigo.
Milena foi trocada na época da escola por outra menina e nunca superou a forma que o ex-namorado fez isso e vê nesse baile uma forma de fazer ele se arrepender de ter deixado ela. Porém tudo acaba não saindo como o imaginado e ai que entra o capitão America, também conhecido como Luiz. Vou parar a descrição da história aqui para não encher vocês de spoiler.
Gosto de como os personagens se mantém nos seus papeis e de como nenhum deles é o sinônimo de perfeição, são seres reais que cometem erros e acertos e tem pensamentos que qualquer ser humano é capaz de ter. Ver a evolução da personagem Milena, no começo ela é bem infantil e isso vai sendo transformado no decorrer das páginas e ela acaba o livro se valorizando e se amando bem mais. Afonso começa sendo um merda e termina do mesmo jeito já o Luiz foi o personagem que mais me decepcionou eu gostava dele no começo – mesmo sabendo que ele tinha algo mais, e depois o jogo vira e a partir dessa virada eu não consegui ver nele muita evolução e até as últimas páginas ele não me convenceu muito. O que me incomodou um pouco é a infantilidade que quase todos os personagens tem que não condiz com a idade deles.
Tatiana Amaral até então nunca me decepcionou em questão de escrita, acompanho desde a época em que escrevia fanfics e adoro a forma que ela escreve e como ela consegue manter o nível de desenvolvimento e a inteligência na condução da história. Só que aqui eu senti que ela pecou um pouco.
Que explodissem todos os conceitos, preconceitos, princípios e regras.
A história caminha como um conto então aquele tipo de história que vamos ler muito rápido, tem poucas páginas e uma evolução envolvente que quando vê já acabou. O grande problema talvez seja esse a história acaba e você fica esperando mais. Eu queria entender como eles chegaram aquele ponto no final. Podemos dividir qualquer história em começo, meio e fim, porém aqui o fim deixou muito a desejar e não é como se tivéssemos um fim, não podemos acompanhar esse momento apenas sabemos como terminou e em algumas histórias isso pode até funcionar só que em Baile de mascaras deixou a história com aquela sensação de “só isso – tá, mas como assim?”. Conhecemos o começo da caminhada e o fim, o meio fica todo pra imaginação. Não é uma leitura ruim de forma nenhuma, mas o final me deixou esperando mais, bem mais.
01/05
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