4/06/2019

Resenha: O amante escrito por Jodi Ellen Malpas

Livro:  O amante
Autor(a): Jodi Ellen Malpas
Editora: Essência
Páginas: 424
Classificação:
Sinopse: 
Um romance repleto de erotismo e sensualidade, protagonizado por um casal que experimenta momentos tórridos de amor e sedução. A jovem designer de interiores Ava O’Shea tem uma reunião de consultoria com o sr. Jesse Ward, proprietário do misterioso O Solar. Ela está esperando nada mais do que um homem velho, acima do peso e que usa terno e gravata, mas dá de cara exatamente com o oposto. Jesse é devastadoramente bonito, charmoso e confiante. Mas também é vaidoso, arrogante e não conhece limites. Ava não quer se sentir atraída por ele, mas não pode controlar o efeito avassalador que esse homem tem sobre ela. Cada instinto está lhe dizendo para correr, mas Jesse Ward não está disposto a deixá-la escapar. Ele a quer e está determinado a tê-la. Ava sabe que está prestes a entrar em um relacionamento intenso e conturbado, mas o que fazer se ele não a deixa ir?


Ava O’Shea é uma jovem no auge da sua carreia como designer de interiores. Ela trabalha para uma empresa especializado no ramo e já na primeira página ela está saindo para uma reunião profissional em um local afastado. Ela tem certeza de que não vai se encaixar bem ao trabalho por achar que é uma casa e campo o que foge um pouco do seu estilo. Ao chegar no endereço combinado ela se depara com o que parece ser um grande e luxuoso “hotel”, o Solar. Ela fica impressionada já no primeiro contato com a propriedade e ainda mais impressionada com o dono do local. Jesse Ward é um homem com idade desconhecida, mas uma aparência avassaladora. Ele pode ser definido de várias maneiras (umas nem tão legais), mas nesse momento vou me limitar a dono da propriedade ou senhor do solar e o cara pra quem a Ava tecnicamente vai “trabalhar”.

Quando eles dois se encontrar a atração física é explicita e bem irreal (pelo menos eu espero que não seja algo corriqueiro). Óbvio que você pode sentir uma atração por um cara (principalmente sendo fodidamente bonito), pode até pensar “Daria, daria muito.”. Mas dificilmente você vai se comportar como a Ava se comporta diante da presença do Jesse no primeiro momento, pelo menos eu acho que ninguém se comporte assim por mais excitado que a pessoa fique. Não acontece muito na história, toda essa tensão sexual precisa ser dissipada e só a um jeito de isso acontecer (trepando e trepando muito) e é isso que vai acontecer no decorrer das páginas. Ele não é o tipo de mocinho que não consegue o que quer e logo que a Ava se torna alvo do seu desejo ele vai fazer de tudo, absolutamente tudo pra conseguir ter o que quer e nem é spoiler dizer que ele vai conseguir.

O amante não me ganhou como eu esperava. É o tipo de new adults que eu adoro, o personagem fodido que leva várias e várias páginas para se reencontrar e se curar (eu não devia gostar, mas é um estilo que eu gosto e muito – então superem). Porém com esse primeiro livro da trilogia eu não consegui me conectar. Foi uma das leituras mais arrastadas do ano, por enquanto, e era um livro que eu estava esperando demais pra ler e nunca conseguia tempo. Recebi diversas recomendações e outros diversos comentários positivos a cerca da trama, porém não funcionou comigo.

Eu não gostei da forma como a personagem se permite ser controlado por um completo desconhecido, ele chega toma conta de tudo, dita que roupas ela pode ou não vestir, onde ela pode ou não ir, o que ela pode ou não ingerir e até mesmo na carreira dela ele interfere e isso com menos de uma semana de relacionamento (se é que pode chamar assim). Em todos os livros que eu li do gênero eu nunca vi tanto “abuso” em um único personagem, as outras mocinhas por mais mongas que elas fossem ainda mantinham algum controle, mas ao embarcar em o amante se prepare para ver muito pensamento do tipo eu não vou deixar e logo em seguida a personagem deixa. Teve um único momento da história que ela passa por cima do que ele manda e só. Não é como se ela não soubesse o que ele faz com ela, porque ela deixa claro em muitos momentos que tem plena consciência e isso que me deixa confusa. A um trecho que ela diz não ter opção e eu só queria entrar no livro e sacudir ela e dizer que tem si, sempre há uma opção.

“Deixo? Como se eu tivesse opção.”

Nas primeiras páginas do livro eu esperava muito que fosse o tipo de livro em que eu conheceria o que é ser um dominador de verdade, não um sadomasoquista ou um dominador só na hora do sexo. Eu queria ver um DOMINADOR mesmo (estou pesquisando tanto para o meu próximo livro sobre esse tema e queria uma história para me aproximar ainda mais do tema) e eu pensei que o Jesse era o esse tipo. Porém com o passar das páginas eu só conseguia ver que ele era um doido que tinha vários traumas, estava diante de um sentimento novo e não sabe como agir e ai pira e se comporta do jeito que ele se comporta durante todo o livro.

“Ele quer total controle sobre mim, e não tenho direito a ter opinião – nenhuma.”

A história pode ser resumida em sexo e apenas isso, os personagens transam em todas os capítulos do livro e às vezes mais de uma vez por capítulo e não há um momento de conversa onde eles param para falar, trocar, se conhecer mesmo. O que eles sabem um do outro é baseado em algumas informações soltas e que não é devidamente explicado. Um bom exemplo disso é a idade do Jesse que permanece um mistério já que ele se recusa a dizer. Okay foi uma boa sacada isso de manter a idade escondida, mas não precisava manter todo o resto escondido também. O grande mistério do livro não é um real mistério e a Ava só não descobriu do que se tratava no primeiro encontro porque é burra e estava mais impactada com o Jesse do que com o que estava a sua volta.

“Eu me atiro aos seus pés como uma escrava, dando a ele minha mente e meu corpo sem pensar duas vezes.”       [COMPARAÇÃOZINHA BEM PORCARIA]

Falando sobre a escrita da autora morna, mas muito boa. Principalmente nas cenas de sexo, tem muito sexo no livro (não sei se já falei – kkk) e mesmo com esse excesso ela manteve as cenas com alto nível evitando se repetir, buscando diversificar e a forma descritiva e um pouco ousada, faz esses momentos sempre pegarem fogo e você consegue sentir isso. Não espere aqui aquele tipo de sexo sem graça e paradão que parece que a autora está sempre repetindo o que já foi escrito. Nesse ponto a história foi bem criativa e desenvolvida. Não que o restante da história tenha sido mal desenvolvida (longe disso) só acho que por não ter muitos acontecimentos e ai não teve muito o que ser desenvolvido e o que se destaca na trama é o sexo.

Mesmo com toda essa indignação em torno desse primeiro livro e esse mar de pontos negativos eu vou continuar com a leitura da trilogia (não sou muito de abandonar e já que comecei vamos até o fim) e em breve tem a resenha do segundo livro. Como eu já disse (muitas vezes) em outras resenhas, essa é minha opinião momentânea do livro, muita coisa pode ter influenciado meu sentimento pela história aqui e você só vai conseguir saber realmente qual é a do livro quando você se permitir ler a história. Então leiam e tirem suas próprias conclusões e não se esqueçam de dividir comigo o que vocês acharam. 
21/12

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