Renée Swan
Eu ainda não acreditava que eu tinha perdido o controle com ela, já tinha quase dois anos e eu tinha conseguido lidar bem com tudo aquilo, com as mentiras que contamos, em seguir com a história conforme ela se lembrava e não conforme as coisas tinham acontecido. Perder o filho foi uma experiência que ela não estava pronta pra viver, acho que ninguém está, mas ela ficou traumatizada de um jeito que não era normal. O Edward tinha se comportado como um canalha, mas isso não apagava as coisas boas que ele tinha feito por ela e nem todo o resto. Eu mesma sendo mãe dela não conseguia lidar com ela na maior parte do tempo, eu não precisava que ninguém me dissesse que se fosse eu no lugar dele eu não teria tido metade da paciência que ele teve e já teria internado ela em uma clinica com pessoas que podiam ajudar ela. Três meses e eu já tinha surtado e gritado com ela, mas o que eu podia fazer com não dava pra ficar ali vendo ela falar aquelas coisas.
Quando eu já estava calma eu retornei ao quarto dela com medo do estrago que eu pudesse ter feito.
[...]
Eu tremia nos braços do meu marido sem acreditar no que tinha acontecido de como eu tinha sido estúpida em não conseguir conter minha boca, eu devia saber que isso iria acontecer eu não deveria ter saído de perto dela, devia ter ficado ali e consertado o estrago que eu tinha feito.
—Fique calma os médicos já disseram que vai ficar tudo bem, foi só mais uma crise de pânico. Está tudo bem. —Prometeu.
—Eu devia ter mantido minha boca calada Charlie, devia ter fica em silencio, porque eu não consegui ficar calada?
—Por que você está no seu limite e todo mundo uma hora ou outra explode. —Sem perceber ele estava defendendo o Edward. —Eu não sei o que fazer Renée? Estou tão preocupado com ela. —Ele confessou e só talvez não tenha sido sem perceber que ele defendeu seu afilhado.
—Talvez seja o momento de internar ela. Ela vai ser bem cuidada em uma clinica. —Eu não tinha duvida de que ela fosse ser bem tratada em uma clinica.
—Nos já tentamos isso Renée e você sabe onde isso nos levou. —Ele ainda se culpava pela tentativa de suicídio, se ele não tivesse insistido que ela conversa-se com aquele psiquiatra e se ele não tivesse sido tão duro com ela talvez nada daquilo tivesse acontecido.
—Eu não sei o que fazer Charlie. —Confidenciei, mas eu não sabia lidar com ela naquele estado.
—Mas eu sei. —Ele tirou os braços do meu redor e pegou o telefone dentro do bolso do palito. Eu não precisava de muito pra saber pra quem ele estava ligando. A única pessoa que ela falaria quando acordasse a única pessoa que faria ela reagir pelo menos um pouquinho. Observei ele se afastar pra falar com o afilhado, o garoto que há muito tempo ele via como se fosse seu filho (o filho homem que ele nunca teve), o garoto que se transformou em homem diante dos nossos olhos e que em um dia quando ninguém esperava pegou na mão da minha filha durante um almoço e anunciou pra todo mundo que eles estavam juntos como se fosse a coisa mais normal do mundo.
[...]
Entrei no quarto dela e respirei fundo, estando pronta pra fazer o que quer que fosse.
—Querida. —Chamei. Ela estava acordada e mesmo assim fingiu que não me viu. Me aproximei com passos calmos sem querer assusta-la. —Meu amor. —Chamei de novo. No momento em que eu toquei nela ela se virou me dando as costas e enterrando o rosto no travesseiro, ela chorava sob meu toque e eu me sentia tão incapaz por não poder fazer nada pra ao menos aliviar um pouco o que ela sentia, aquela dor.
—Me desculpas por ter gritado com você. —Pedi sabendo que aquilo seria um monologo e que eu não receberia uma única palavra. Levei minha mão ao cabelo dela acariciando com carinho. Senti as lágrimas banhando meu rosto e a sensação de impotência voltou forte me deixando desesperada. Fechei meus olhos me permitindo lembrar de que também era assim no começo e que as coisas melhoraram, pelo menos um pouco mais melhoraram.
[...]
Ela tinha pegado no sono, provavelmente por causa do tranqüilizante que tinha sido inserido no soro dela. Os médicos ali já estavam acostumados com a nossa presença e já meio que sabiam como tinha que lidar com ela pra que ela não surtasse com eles e nem tentasse fugir como ela já tinha feito várias outras vezes. Observei a porta ser aberta e encarei o Edward passar por ela, ele claramente estava bem abatido, era visível o quanto ele tinha emagrecido e o descuido com a higiene pessoal era aparente.
—Oi. —Ele disse baixo não querendo acordar ela. Ele se aproximou e encarou minha filha com um amor evidente, um amor que me vazia de duvidar de tudo o que eu sabia e de tudo que ele tinha tido a coragem de fazer. —Como ela está?
—Do mesmo jeito de sempre e eu gritei com ela, não querendo a deixar ser injusta com você e eu comecei a gritar com ela. Eu quase não chego a tempo.
Ele bufou como se minha atitude fosse totalmente dispensável, mas eu sabia que não era, já tinha passado da hora dela parar de dizer aquelas coisas e já tinha passado da hora dele deixar ela fazer tudo que quisesse com ele.
—Você sabe que eu não me importo. —Eu sabia que ele só estava se culpando pelo que tinha feito com ela, por isso ele aceitava tudo que ela fizesse. —Discutir com ela nesse estado nunca é a melhor opção. —Ele me lembrou.
—Eu acho que estamos sendo benevolentes demais com ela, talvez se pegarmos mais pesado ela possa reagir. —Fui sincera, eu tinha ficado durante bons momentos sozinha pensando sobre como até então tínhamos lidado com ela e daquele jeito não estava funcionando talvez se fossemos mais enérgicos. Eu realmente não tinha idéia do que fazer. Ele olhou pra ela naquela cama como se aquilo fosse resposta suficiente, é de certa forma era. Como eu podia ser mais enérgica se apenas uma discussão pequena ela tinha tido uma crise de ansiedade daquele nível, ver ela naquele estado ficava claro que não aquele não era o melhor caminho.
—Vá pra casa descanse um pouco eu passo a noite com ela. —Ele propos.
—Eu vou deixar vocês sozinhos, mas estarei ali fora pro que precisar.
—Eu prometo que vou cuidar bem dela e isso não vai ser nada legal de se acompanhar, amanhã você volta. —Eu sabia que assim que ela visse ele ela desmoronaria. Quantas vezes já tinha acontecido, eu sabia que viria uma sessão de choro, depois ela gritaria e o acusaria de tudo, depois ela se acalmaria e apagaria, quando acordasse se ela se lembrasse de algo ela se sentiria ainda mais culpada e mais uma sessão choro. —Ela já vai estar melhor amanhã.
—Okay. —Dei um abraço nele antes de sair.
[...]
—Oi. —O Charlie se aproximou de mim assim que eu sai do quarto, ele pegou minha mão e apertou me passando a segurança que eu precisava naquele momento. —Ela falou com você?
—Não. Quando eu entrei ela até se moveu, mas depois ela estava como no começo, ela se quer me encarava, não se movia, ela nem viu o Edward entrar no quarto.
Ele suspirou.
—Será que ele vai conseguir trazer ela de volta?
—Eu espero que sim, não vou agüentar ver ela desse jeito de novo.
[...]
Notas Finais/Avisos
Eu só queria me desculpar pela atitude que eu tive ontem/hoje, exclui a fanfic foi uma ação movida a raiva por que eu estava muito magoada com uma mensagem que eu recebi me acusando de várias coisas e falando várias merdas sobre a história e sobre mim.Hoje eu pensei, pensei, repensei e cheguei a conclusão que eu não estava sendo justa. Recebi tanto amor em forma de mensagens (ainda nem consegui ler todas - mas obrigada pelo apoio) e tomei a decisão de trazer a fanfiction de volta eu não estava sendo justa em punir todo mundo por causa de um grupo.
Só que a parti de agora eu vou agir como agem comigo, se é legal eu sou legal, se eu me sentir ofendida eu vou ofender e ser grossa sem problema algum.
Avisos importantes
—Eu não odeio o personagem Edward, sei que ele fez muita merda e que alguns o amam e outros o odeiam, mas eu acho que ele cometeu erros graves e que vai ter que lidar com as consequências porém eu não o odeio.
—Essa é uma fanfic Beward e isso meio que dá um spoiler do que vai acontecer;
—A história já está escrita e eu não vou mudar nada por ninguém, se não está agradando. TCHAU!
—Eu demoro mesmo pra responder comentários, tenho coisas demais pra fazer, não sou muito boa em conciliar e respondo quando há tempo, se não quiser comentar não comentem vou lidar bem com isso.
—As atualizações serão uma vez por semana (deixem sugestões sobre qual é o melhor dia e horário).
Me desculpem por ter agido de forma impulsiva, mas tem momentos que não dá...
Espero que gostem desse capitulo e ♥ MUITO OBRIGADA ♥ por todo apoio e mensagens de apoio!
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