Isabella Swan
Entrei no hospital desesperada, era minha filha e eu sabia o quanto ela podia ser manhosa quando queria e a culpa era completamente minha eu a “babava” demais. Minha mente estava vazia eu tinha trancado o assunto Edward no lugarzinho que ele ficava a maior parte do tempo dos últimos anos depois que eu tivesse certeza de que meu anjinho estava bem eu me voltaria ao Edward e a confusão que eu tinha criado ao não ser direta com ele e ter me explicado mesmo com ele se recusando.
—Melissa Swan Cullen. —Eu informei ao atendente. Tinha sido uma atitude bem ousada registrar ela com o nome Cullen, mas era meu sobre nome de qualquer forma e eu não queria deixar o nome pai vazio. Sabia que o Edward podia não aceitar aquilo muito bem e se ele quisesse eu tiraria, só que no dia em que eu registrei ela aquilo apenas me pareceu certo.
—A senhora é?
—Mãe dela. Ela estava no parque com a baba e acabou caindo.
—Seu nome, por favor? —O cara perguntou rindo do meu comportamento abobalhado.
—Isabella Swan Cullen. —Eu tinha me esquecido de que não era mais o hospital da minha família e que eu não era facilmente reconhecida. Foi claro quando eu disse meu nome que minha aparência poderia não ser reconhecida, mas meu nome ainda era.
—Senhora Cullen eu ..—Observei atenta ele se voltar ao computador digitando rapidamente. —Aqui. —Ele pegou o crachá que tinha acabado de ser impresso e entregado a mim.
—Pode me informar onde é a emergência? —Ele me indicou gentilmente que caminho seguir e eu agradeci antes de me aventurar por aquela nova parte do hospital. Não conseguia me lembrar de já ter estado naquela parte do hospital então fui seguindo como o recepcionista tinha me indicado e liguei para a Mirela perguntando onde ela estava. O cara da recepção tinha ficado tão desconsertado com a minha presença que nem se deu o trabalho de me dizer onde minha menininha se encontrava. Não precisei que a Mirela me dissesse, pois assim que virei o corredor o chorinho da minha princesa se fez presente. Não precisava que ninguém me dissesse que era ela, eu conseguiria identificar aquele choro em qualquer circunstância do mundo.
Entrei na salinha de emergência sem nem me dá o trabalho de bater. Caminhei até a minha princesinha e peguei-a do colo da Mirela sem nem me dá o trabalho de encarar o redor. Só conseguia focar minha atenção no rostinho dela vermelho e as lágrimas. Antes que eu conseguisse me acalmar eu percebi que eu também estava chorando.
—Fique calma meu amor a mamãe está aqui. Onde dói? —Perguntei passando a mão pelo corpinho dela tentando me certificar que estava tudo no lugar.
—Meu baço... —Ela mostrou o arranhão.
—O meu Deus! —Exclamei tentando me acalmar para conseguir acalmá-la.
—Bella eu sinto muito eu virei por um único segundo para comprar a pipoca pra ela e ela caiu do balanço. —Encarei a Mirela lembrando a mim mesma que eu precisava me acalmar e que tinha sido apenas um acidente que poderia acontecer com qualquer um, mas de um outro lado tinha minha cabeça listando tudo o que podia ter acontecido, ela podia ter machucado o pescoço e ficado paralisada ou até mesmo morrido.
—Irresponsabilidade. Se fosse para comprar algo tirasse-a do brinquedo e a levasse junto com você. E se alguém tivesse se aproveitado desse tempo e sequestrado ela ou ... —Parei quando eu vi os olhos da menina na minha frente se encherem de lágrimas, eu não queria fazer ninguém chorar eu devia me acalmar sabia que eu ficava irracional quando se tratava da Giovanna. Aquela menina tinha abdicado sua vida para se mudar comigo e continuar cuidando da minha filha, tinha sido bem difícil pra mim confiar em uma babá. Muitas tinham vindo antes dela. Mas quando ela surgiu com seus cabelos de fogo e seu jeito de menina me lembrou tanto a Victoria que eu apenas não consegui deixar ela ir. Ela era menor de idade na época e está comigo desde então. Quando eu disse que voltaria pra cá ela se candidatou para vir comigo assim ela poderia fazer a faculdade que sempre quis e como eu pagava um excelente salário ela apenas podia juntar o útil ao agradável. —Isabella. —Eu congelei ouvindo aquela voz que já fazia tempo eu não ouvia.
—A mamãe não gosta de Isabella. —Eu encarei minha filha rindo de sua frase, ela tinha toda a razão eu tinha desenvolvido uma incrível repulsa ao ser chamada de Isabella, gostava de Bella ou até mesmo Bells, mas Isabella me levava a memórias ruins.
—Desculpe princesa eu não sabia. —Encarei minha ex-sogra ali não entendendo o porque ela estava ali e muito menos atendendo crianças esse não era a especialização dela, pelo menos não era. O constrangimento bateu com força. Eu tinha fugido sem dá a menor explicação e sem nenhum tipo de contato e abandonando o filho dela. Confessava que eu estava completamente surpresa pela gentileza em que ela estava tratando a Giovanna mesmo depois de descobrir que ela era a minha filha.
—Bom já que a mamãe finalmente chegou será que agora podemos tratar desse bracinho. —Meu foco mudou, o medo da reação dela foi deixado de lado dando lugar a preocupação.
—Vai doii.
—Doer filha. —Corrigi mesmo que fosse fofo seu jeito de ainda confundir as letrinha.
—Eu prometo que se doer muito eu te dou um pirulito bem grandão. —Acidentalmente minha sogra tinha acertado em uma das preferências da minha pequena, pirulitos eram seus doces favoritos. —De luva? —Sobre o olhar atento da minha filha ela abriu uma gaveta e mexeu um pouco lá claramente procurando algo.
—Bom felizmente temos de uva. —Antes de entregar o pirulito ela me olhou claramente pedindo autorização, assenti com um gesto sabendo que aquilo seria de grande auxilio para conseguir lidar com ela. —Sente ela aqui. —Obedeci levando minha menininha para a maca, ela se manteve segurando minha blusa e a Esme teve que examinar o braço dela se espremendo para ganhar espaço. —Eu sinto muito. —Sabia que o momento não era propicio, mas ela estava sendo tão atenciosa com a minha filha e eu tinha sido uma cretina com o filho dela. Minhas desculpas não era só pelo passado, mas o que tinha acontecido a pouco ainda martelava tentando atrair minha atenção. Eu tinha detonado uma bomba em cima do Edward e o deixado sozinho para lidar com a explosão nem ao menos consegui me explicar tudo eu apenas tinha dito a ele que tinha tido fugido do lugar que ele me colocou para me curar e tinha voltado sete anos depois com uma filha, se eu tivesse na pele dele com certeza teria chegado a conclusões nada bonitas. —Eu só não vi alternativa naquele momento.
—Sei que você deve ter tido seus motivos. —Ela não tinha dito que me desculpa e nem que me entendia. Foi apenas uma resposta fria. —A muito a ser conversado, mas agora vamos apenas nos concentrar no bem estar dessa princesinha. —Não podia negar que ela estava repleta de razão.
—Okay. —Meus olhos foram atraídos para a Mirela que nos encarava com uma expressão confusa. Ela sempre queria saber o que eu escondia e do que eu fugia, porém mesmo sendo muito próxima dela eu preferi guardar aquilo pra mim e agora ela estava encarando de certa forma meu passado e sabia que ela teria muitas perguntas. —Ligue para minha mãe Mirela e avise que vamos nos atrasar um pouco e conte o que aconteceu, mas peça pra ela não vir até aqui já temos gente suficiente. —Odiava hospitais e odiava muito mais quando virava um grande acontecimento, isso me levou ao passado quando eu proibir a visita dos familiares ao Antony, abrindo uma exceção apenas os mais próximos: nossos pais, os irmãos dele e só, até mesmo os cunhados eu tinha pedido nada gentilmente que se mantivessem longe. Eu só tinha me recordado disso a alguns anos atrás, muita coisa só voltou quando eu tive que reviver meus dias no hospital para conseguir seguir em frente e eu cheguei a conclusão de que eu fui uma completa vadia com todo mundo que só queria me apoiar e ninguém foi corajoso o suficiente para apenas me dá uma sacudida e dizer que eu tinha que parar.
Toda a proteção que eu tinha com a Giovanna hoje em dia, que já era exagerada, em nada era comparado em como eu tratava o Antony. Ele era uma criança doente e eu o tornava ainda mais com todo o meu excesso de cuidado. Não fazia ideia de como a equipe médica não me expulsou do hospital, talvez porque você minha família que pagava o salário deles de certa forma, eu me lembrei de momentos em que eu quis dizer aos médicos como fazer o serviço deles e o mesmo se aplicava aos enfermeiros, a equipe de limpeza foi dispensada por mim e eu assumi a tarefa de forma obsessiva, eu limpava todo aquele andar (corredor) três vezes no dia e o quarto dele cinco. Eu conseguia entender porque o Edward foi se afastando cada vez mais. Quando ele chegava da rua, nas vezes que ele ia em casa ou trabalhar, eu o obrigava a tomar banho e estranhamente ficava vigiando o banho dele para garantir que ele tinha feito direito. No começo quando eu falei isso ele achou que eu estava brincando até perceber que eu falava sério. Quando eu me lembrei desse momento durante uma das sessões de hipnose depois que eu voltei ao normal eu ri horrores não acreditando que ele realmente tinha se prestado a isso. Mas eu parava um minuto para refletir e percebia que eu não dava chance para ser questionada e se ele quisesse não ser expulso como eu fazia com todos os outros ele devia tomar banho e vestir uma roupa lavada pelo hospital que estava perfeitamente esterilizada antes de se aproximar do corredor onde estava nosso filho, e se fosse para entrar dentro do quarto onde nosso filho estava os cuidados eram triplicados. Obvio que eu não fazia isso por louca, ele era muito fraco e qualquer vírus ou bactéria poderia ser o suficiente para matá-lo e eu só queria evitar isso, nem que fosse daquele jeito louco.
Conforme o estado do meu filho foi piorando eu ficava ainda mais chata com aproximação e como os outros não cediam como o Edward e não queriam fazer toda aquela preparação eu acabava pedindo para que eles não viesse e durante um tempo até houve uma insistência até que eles começaram a realmente não virem o que na época foi um alivio pra mim.
—Isabella. —Me sobressai com o quase grito da minha sogra.
—Desculpa. —Eu tinha me perdido em lembranças, mas era impossível está ali, mesmo que eu tivessem bem longe do sexto andar, sem me deixar levar por tudo aquilo que eu tinha vivido dentro daquele hospital.
Minha filha puxou o lacinho da minha blusa desamarando. —Não faça isso. —Pedi gentilmente.
—Eu estava dizendo que vamos precisar de alguns exames para garantir que ela não quebrou o braço. —Senti meu coração aperta só de imaginar os meses seguintes se ela tivesse realmente quebrado o braço. Minha filha era bem agitada para ficar com qualquer parte do corpo imobilizada. —Porém eu acho que foi apenas um mal jeito, mas quero exames pra confirmar.
—Okay. —Ela caminhou até a mesa pegando o tablet e digitando algumas informações. —Eu pensei que o hospital tivesse sido vendido? —Não resistir eu realmente não esperava encontrar ela ali. —Eu também. —Não entendi, ela era a dona do hospital como ela não... —Eu vendi depois que descobrir que o Edward ficava vindo aqui todo o dia pra ficar naquele andar. —Ela não conseguiu disfarça a raiva no tom de voz. —Eu ganhei de presente, mas o hospital ficou no nome dá família. O que significa que quem controla ele é o presidente da empresa. Eu era apenas a diretora do hospital. Meu filho era o meu chefe então ele mandava e desmandava no que quisesse nada do que eu ordenava era o suficiente para manter ele longe então eu decidir vender, ele pode ser o CEO, mas eu junto com meu marido ainda sou dona da maior parte das ações e eu vendi pela primeira oferta que apareceu. Alguns meses depois eu descobrir que ele usou uma outra pessoa para comprar o hospital no nome dele, ele usou o próprio patrimônio para continuar dono do hospital e continuar sua rotina. —Eu não sabia o que fazer com tudo aquilo, era bem mais do que eu esperava ouvir. Durante todo esse tempo eu apenas me convencia de que ele estava bem e de que tinha seguido a vida depois de alguns meses, mas a realidade era bem diferente disso e eu não sabia se estava pronta para continuar ali. —Eu vou pedir a uma enfermeira para acompanha-las a sala de exames.
Não consegui encarar ela e mantive meus olhos na minha princesinha que estava completamente distraída com seu pirulito. Senti uma lágrima escorrer pelos meus olhos sem que eu pudesse controlar usei as costas da mão para enxugar. Não podia fazer aquilo ali, não pelo lugar e nem por causa da testemunha. O único motivo que me fazia ser forte era aquele pequeno serzinho nos meus braços. [Cont...]
Notas Finais/Avisos
Os erros nas falas da personagem Giovanna são propositais devido a idade dela.Beijos e nos vemos em breve!
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