Isabella Swan
Meu coração disparava conforme íamos avançando pela cidade, o cemitério já estava distante e já nos encontrávamos no centro movimentado. Muita coisa tinha mudado em tão pouco tempo, novos prédios, novas ruas. Ainda bem que eu não resolvi dirigir se não eu me perderia facilmente. Os carros e o transito tornavam nosso trajeto mais demorado e eu queria muito que as coisas fossem do jeito mais simples só que eu tinha feito a maior confusão e já tinha passado da hora de assumir as coisas de frente não dava mais para manter ele no escuro e muito menos ficar escondida me apegando a possibilidade de que ela fosse esquecer tudo e me perdoar e que fossemos voltar a ser uma família feliz.
—Você vai me contar quem está no hospital? —Ele me direcionou um sorriso curioso e isso já foi o suficiente para aquecer meu coração. Desde que eu tinha entrado naquele carro o silencio era completo eu não fazia ideia do que fazer, de como começar aquele assunto de como contar a ele. E vê-lo sorrindo daquele jeito tão relaxada me acalmou.
Ele contornou pegando um atalho e começou acelerar ganhando mais velocidade aproveitando as ruas livres. Em alguns segundos estaríamos no hospital e não teria mais pra onde correr.
Meu estomago se contorcia em ter que entrar naquele lugar de novo, era muito para um dia e eu não precisava que minha psicóloga me dissesse isso. O mais certo seria parar respirar, mas diante de tudo aquilo eu não tinha alternativa. Há muito tempo eu tinha parado de fugir, pelo menos era o que eu gostava de me convencer.
—Muita coisa aconteceu quando eu sai daqui. —Fechei os olhos tomando coragem pra falar. —E se eu tomei coragem pra sair foi por um motivo bem especifico e o único que me daria coragem pra isso.
—Pare de enrolar e fale logo Isabella. —Observei-o atentamente entrar no estacionamento subterrâneo do hospital, apenas alguns segundos e tudo estaria exposto e além disso eu teria que lidar com aquele hospital mais uma vez. Meu coração já batia de forma apressada e eu sabia que se não começasse a me controlar eu acabaria tendo uma crise de pânico ali mesmo.
—O nome dela é Giovanna, quem está aqui. —Mordi meus lábios e falei o que estava entalado. —Ela tem quatro anos, quase cinco, e é minha filha. —Ele freou o carro com tudo e quase bati meu rosto no painel do carro apenas o cinto de segurança evitou aquilo. Era uma reação completamente esperada diante do que eu tinha acabado de revelar.
Eu não sabia explicar a paz que dizer aquelas palavras me trouxe, nada me deixava mais chateada do que ter escondido isso dele. Naquela época aquilo me pareceu o certo, eu não saberia lidar com o nosso rompimento e mais tudo aquilo que eu já estava passando. Então apenas fugi me agarrando a sensação de duvida que de certa forma me daria esperanças para o futuro.
Ele não disse nada, se recompôs mais rápido que eu poderia esperar e estacionou em uma vaga de qualquer jeito. —Bom chegamos. —Ele disse com raiva.
—Edward. —Tentei segurar o braço dele, mas ele apenas puxou pra si não permitindo que eu o tocasse.
—Saia do carro, sua filha deve está te esperando. —A forma que ele falou sua filha foi quase como se ele estivesse xingando alguém e aquilo bateu em mim de uma forma complexa. Eu queria xingar realmente ele por está se referindo a minha filha daquele jeito e ao mesmo tempo eu compreendia completamente o que ele estava sentindo e só queria abraçar ele e dizer o quanto eu sentia por tudo, me doía demais saber que eu era a responsável por causar ainda mais sofrimento a ele.
—Me deixa explicar.
—Eu fico muito feliz que você tenha refeito sua vida e peço desculpas por ter reentrado no seu caminho já que eu te faço tanto mal. —Eu quase chorei com aquelas palavras de como ele tinha visto as coisas e distorcido tudo.
—Me deixa explicar. —Pedi novamente. —Tem muito mais que eu acho que você deva saber antes de me julgar. —Não me importava nem um pouco como ele me visse eu só não queria que ele me odiasse, eu não saberia lidar com o ódio dele e se eu precisasse apelar eu o faria. Ele abaixou a cabeça encostando-se ao volante.
—Você não tem que se explicar. Os papeis para você dá entrada no divorcio vão está na sua casa no máximo até o inicio da próxima semana, na casa dos seus pais, sei lá e espero que você possa ser muito feliz com a sua nova família.
—Edward...
—Saia do meu carro, por favor. —Ele pediu ainda sem levantar a cabeça.
—Não temos que concluir essa conversa eu não vou deixar você fugir. —Algo na minha afirmação o fez reagir e ele se levantou e inclinou o copo para o meu lado abrindo a porta do meu lado com ignorância.
—Eu já mandei sair do meu carro. —Gritou a voz dele chegou a mim em um banque, não esperava que ele gritasse comigo daquela forma. —Não me faça ter que tirar você. —As palavras tremiam assim como seu corpo.
—Eu não vou deixar você sozinho nesse estado muito menos dirigindo. —Meu coração se apertava diante da possibilidade, se ele saísse dali naquele estado. Eu o amava demais pra isso. Amava demais pra deixar ele correr o risco.
Ele me encarou por segundos que pareciam intermináveis, ele me olhava como se não soubesse qual seria o próximo passo e isso me desarmou um pouco. Queria muito que as coisas seguissem por um caminho mais tranquilo e que ele ao menos escutasse o que eu tinha pra dizer, mas nada na minha vida era fácil e aquele acidente da Giovanna no parque tinha adiantado tudo, toda a conversa que eu imaginei ter com ele acabou sendo resumida dentro de um carro.
—Vamos subir eu preciso ver ela e assim posso te explicar tudo e também você pode conhecê-la. —Pedi. Inclinei-me tentando tocar nele e ele voltou a se afastar. Sabia que no momento em que ele encarasse minha princesinha ele entenderia que foi necessário, que eu precisava fazer aquilo.
—Eu nunca imaginei que você fosse tão cruel. Por mais que eu merecesse nunca imaginei que você pudesse fazer isso, mas eu vejo que estava errado você fez muita coisa que eu jamais imaginei que você faria e eu acabo de chegar à conclusão de que na verdade sou eu que não conheço você como achei que conhecia. —Ele não fez o menor esforço para esconder as lágrimas e eu não resisti chorando também por ele está confundindo tudo. —Pode ficar com o carro. —Ele abriu a porta e saiu, a porta ficou aberta enquanto ele dava passos apressados pra longe de mim. Eu abri minha porta pronta para ir atrás dele, meu celular vibrou era uma nova mensagem da Melissa que eu não consegui ignorar, abrindo lendo um pedido de socorro, algo que dizia que minha menininha não parava de chorar e se eu ainda demoraria muito e ali com os dois amores da minha vida precisando de mim eu tive que enterrar mais uma vez uma parte de mim e seguir pelo único caminho possível.
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Notas Finais/Avisos
Algumas perguntas foram respondidas e outras foram abertas?Beijos e nos vemos em breve!
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