9/02/2019

Resenha: Cidade de vidro - Instrumentos mortais escrito por Cassandra Clare

Livro:  Cidade de vidro
Autor(a): Cassandra Clare
Editora: Galera 
Páginas: 640
Classificação:
Sinopse: 
Em busca de uma poção para salvar a vida de sua mãe, Clary deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras. Mas à medida que se aproxima de Ragnor Fell, o feiticeiro que pode curar a mãe, ela descobre segredos sobre seu passado e o de Jace - e o irmão não hesita em deixar claro que não a quer por perto. Isso Clary já entendeu, ela só não imagina que está prestes a participar de uma batalha épica, na qual Caçadores de Sombras e integrantes do Submundo terão que se unir se quiserem sobreviver.


Alerta prováveis spoilers.

Terceiro livro da série Instrumentos Mortais e até agora é o livro que eu mais gostei. Aqui a Clary finalmente sabe de basicamente tudo que sua mãe deu a vida para esconder e está correndo para conseguir acordá-la, descobre que um feiticeiro pode acordá-la e começa a busca por ele. Lidando também com a descoberta de que Jace, o garoto pelo qual estava apaixonada, é seu irmão. E também pelo fato de que Valentim, que é seu pai, tem planos nada agradáveis para o submundo e os caçadores das sombras que se opuserem a ele.

O Começo desse livro me deixou mais empolgada do que qualquer outro volume dessa série, talvez por está muito mais ambientada ou por muito mais ligada aos personagens, talvez seja devido ao claro amadurecimento dos personagens ou do amadurecimento da autora e a confiança em relação à história. Verdadeiramente não me importa o porquê nem como, apenas que sim, funcionou.

"As pessoas não nascem boas ou ruins. Talvez nasçam com tendências a um caminho ou outro, mas é a maneira como se vive a vida que importa."

Sobre o amadurecimento dos personagens eu deixo luz sobre todos eles, todos parecem mais seguros sobre seu lugar no mundo e a forma que lidam com seus problemas foi de grande agrado, principalmente a Clary que no começo me estressava muito com o comportamento dela. Nesse volume ela está mais contida e menos mimada, aceitando que nem tudo pode ser como ela quer, mesmo que ainda tem seus momentos. Ouviu algumas verdades e talvez isso tenha suavizado ela.
Malec está sobre alguma luz, mesmo que mínima, e isso serviu demais para me deixar satisfeita com a história levando em consideração que foi por eles que eu comecei isso daqui.

O complexo de herói do Jace ainda me incomoda um pouco, mesmo que claramente a Clary seja mais poderosa, ele ainda quer de toda a forma salvar o mundo e tem momento que isso fica cansativo e estressante – do tipo sério? Mais uma vez? Tirando o complexo de herói eu realmente gosto do personagem, a construção dele é bem linear e assim como qualidades ele possui alguns defeitos de uma forma bem real. O drama que ele está mergulhado o faz ainda mais real e isso é muito divertido de ler.

"Vá em frente e faça o que quiser, independentemente de quem possa machucar. É o que sempre faz mesmo, não é?"

A escrita da autora é boa, mas peca por dar muito foco sobre o casal Clare e deixar os outros personagens de lado, tem personagens bons contribuindo ativamente para as coisas acontecerem e que são completamente esquecidos/deixados de lado. Além de que diminuindo o foco sobre os principais talvez a história formasse mais pontos de conexão com o leitor, mas sobre os outros personagens fica muito para a imaginação e isso não é bom. Pensei que com o passar dos livros pudéssemos conhecer mais dos outros personagens, só que não tudo ainda gira em torno da Clary e do Jace. E se eu não tivesse realmente empenhada em continuar a leitura por Malec (o que eu conseguir pegar deles ali no meio) eu já teria desanimado e provavelmente deixado de lado.
O decorrer da história aqui e de desfecho e muita coisa está acontecendo, tudo voltado ao Valentim, mas com várias outros nichos abertos e possibilitando uma verdadeira enxurrada de conteúdo de um jeito bom, muito bom, e talvez isso tenha tornado essa leitura agradável.

"Você só gosta de mim porque sou seguro. Não há risco. E assim, nunca precisa tentar um relacionamento de verdade, pois pode me usar como desculpa."

Assim como alguns ciclos estão se fechando outros estão sendo criados, novos vilões já ficam evidentes prometendo a ação para os próximos livros (que eu já comecei). Mas é isso, tudo vai depender muito de como e porque você vai começar a leitura. Comecei por Malec e sempre sinto que está faltando algo. E de alguma forma confusa é uma história boa, mas escrita de um jeito não muito favorável (para mim que estou ali por um casal especifico) que torna meio...


18/08

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